Novidades

21 JAN
Impressões: Ford Mustang mais barato dos EUA custa menos que nosso Corolla

Impressões: Ford Mustang mais barato dos EUA custa menos que nosso Corolla

Versões de entrada do Mustang têm motor 2.3 EcoBoost (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

É isso mesmo. O Ford Mustang mais barato à venda nos Estados Unidos custa quase tanto quanto um Toyota Corolla no Brasil.

A marca pede US$ 26.670 pela versão inicial do esportivo, com motor quatro-cilindros 2.3 turbo, câmbio manual e um rádio simples. Mesmo com o dólar cotado a desfavoráveis R$ 4,22, dá R$ 112.640 na conversão direta.

Inteirando R$ 300 você pode comprar um Toyota Corolla XEi, de R$ 112.940. Tem câmbio automático e uma central multimídia decente, mas está longe de ter o mesmo motor do Focus RS.

As faixas pretas no capô fazem parte do High Performance Pack (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Preciso confidenciar que o carro que pudemos experimentar nas estradas sinuosas da Floresta Nacional de Los Angeles não estava puro.

Tinha o High Performance Pack, que custa US$ 6.990 e dá ao motor 2.3 EcoBoost um turbocompressor maior, nova junta do cabeçote e um radiador mais parrudo.

A Ford não esconde que o pacote surgiu quase por acaso, quando seus engenheiros resolveram instalar o motor 2.3 EcoBoost de 255 cv do Focus RS em um Mustang. Gostaram tanto do resultado que pleitearam sua produção.

Cor laranja é exclusiva do pacote esportivo (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A direção da marca aprovou e o “swap” passou a estar disponível na linha 2020, coincidindo com o 55º aniversário do Mustang.

Com alguns ajustes devido a instalação do motor na posição longitudinal (e não transversal como no RS, que ainda tem tração integral), a potência e o torque chegam aos 350 cv e 48,4 mkgf entre 2.500 e 5.300 rpm (no RS o pico é a 3.200 rpm). É um ganho substancial frente aos 314 cv e 44,3 mkgf do Mustang padrão.

Série HPP tem rodas aro 19 diamantadas (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Olhos mais treinados percebem que o High Performance Pack ainda se difere pelas rodas diamantadas aro 19, dutos de resfriamento de freio do Mustang GT, quatro saídas de escape, spliter dianteiro, faixas pretas no capô e discretos logotipos cromados nos para-lamas dianteiros destacando o motor mais potente.

Plaqueta indica a presença do High Performance Pack (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Por dentro, bancos concha da Recaro e uma plaquetinha identificando cada uma das 9.999 unidades que poderão ser produzidas. Estamos na de número 9.

Na terra dos motores V8 e câmbios automáticos, me entregaram um Mustang com motor quatro cilindros turbo fabricado na Espanha e câmbio manual alemão (Getrag) para retornar a Los Angeles.

Motor 2.3 EcoBoost veio do Focus RS, mas está instalado na longitudinal pois a tração é traseira (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

É um carro distante daquele conceito de muscle car que temos em mente, mas não é algo incomum na história do esportivo.

De 1984 a 1986, a Ford vendeu o Mustang SVO com um motor 2.3 turbo fabricado no Brasil, que era o mais potente entre todas as versões do esportivo.

E dá para dizer que os dois nasceram como alternativa ao preço dos combustíveis e às normas de emissões.

Mustang SVO conseguia unir desempenho, comportamento dinâmico e consumo menor que o dos V8 (Divulgação/Ford)

O 2.3 EcoBoost não te deixa sentir saudades do V6 3.7 de 309 cv e 38,7 mkgf abandonado em 2017.

Consegue entregar mais força em baixas rotações (mérito do turbo e da injeção direta) que o V8 5.0 de 466 cv e 56,7 mkgf da versão Black Shadow recém-lançada no Brasil (R$ 328.900). Contudo, o V8 diverte mais em altas rotações.

Em acelerações, mais percebe-se que o 2.3 vai perdendo o fôlego nas rotações mais altas.

Isso não ficaria tão evidente se a versão estivesse equipada com o câmbio automático de dez marchas opcional, mas o manual de seis, além de mais divertido, permite explorar as rotações mais altas sem interferências.

Para ficar melhor, poderia ter engates mais curtos.

O interior é simples: a tela colorida do rádio serve para ver as imagens da câmera de ré (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Não é necessário reduzir marcha se antecipando a cada uma das curvas, mas vale a pena. Até mesmo o ronco, bastante grave para um quatro-cilindros, graças a um controlador ativo, é recompensador.

É o convite para pisar com tudo ao entrar na próxima reta e deixar o corpo grudar contra o banco. E vai grudar mesmo, porque este Mustang está preparado para tocadas mais agressivas.

O pacote HPP ainda contempla barra anti-torção na torre dos amortecedores dianteiros, barras estabilizadoras mais rígidas e calibração específica para os controles de estabilidade e tração, e para os freios ABS.

O Mustang 2.3 tem suspensão mais comportada e adequada para o dia a dia (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Motos esportivas, donos de Toyota GT86, Camaro e alguns Porsche Taycan (que também faziam test-drive por ali) passam no sentido contrário enquanto tento pegar confiança para explorar mais o Mustang 2.3.

Me acostumo às respostas da direção, que precisam ser antecipadas por conta do eixo dianteiro avançado, mas não à suspensão, cujos amortecedores convencionais preservam o rodar mais confortável e alguma rolagem da carroceria.

 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

É o legado de versão básica que poderia ser evitado com mais um pacote extra.

Por US$ 1.995, o Mustang 2.3 recebe amortecedores MagneRide ajustáveis, diferencial traseiro torsen com deslizamento limitado, barras estabilizadoras ainda mais rígidas e pneus Pirelli P Zero Corsa.

Mas se a proposta é divertir por um preço acessível, o Mustang EcoBoost consegue. O motor menor não desmerece o carro, que ainda se comporta como um Mustang.

Além disso, o preço final de um High Performance Pack é de US$ 37.400, menos que os US$ 38.090 pedidos pelo Fusion Titanium AWD – aquele que no Brasil custa R$ 179.900.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

29 JAN
Onix Plus, Virtus, novo Versa e mais sedãs: motor, dimensões e porta-malas

Onix Plus, Virtus, novo Versa e mais sedãs: motor, dimensões e porta-malas

Comparamos dimensões e motorizações dos principais sedãs compactos do Brasil (Fernando Pires/Quatro Rodas)A gama de sedãs compactos em oferta no Brasil nunca foi tão vasta.Os números comprovam que a aposta das fabricantes no segmento faz sentido. Mesmo com preços mais elevados, as versões de três volumes dos hatches compactos figuram na lista dos carros mais vendidos do Brasil, disputando espaço com os SUVs.O antigo Chevrolet Prisma (hoje Joy Plus), VW Virtus e Ford Ka Sedã, por... Leia mais
28 JAN
Fracasso, Mercedes-Benz Classe X morrerá sem ter nem três anos de mercado

Fracasso, Mercedes-Benz Classe X morrerá sem ter nem três anos de mercado

Baixo desempenho nas vendas custaram a vida da picape média da Mercedes (Divulgação/Mercedes-Benz)A Mercedes-Benz Classe X, apresentada oficialmente na Europa em julho de 2017, já pode ser considerada o maior fracasso da marca alemã nos últimos anos.A fabricante comunicou o fim da produção da picape média na Espanha em maio, decisão que representa o fim da Classe X em nível global menos de três anos após sua apresentação.Sua morte, portanto, ocorrerá menos de três anos após o... Leia mais
28 JAN
Com morte da Weekend, VW Fox vira o novo ancião dos carros nacionais

Com morte da Weekend, VW Fox vira o novo ancião dos carros nacionais

VW Fox vendeu 38.487 unidades em 2019 e ficou à frente do Toyota Yaris hatch, por exemplo38.48738.487 (Divulgação/Volkswagen)A Fiat Weekend saiu de cena no Brasil.Mas, além de colocar fim às peruas compactas por aqui, a aposentadoria da veterana – lançada em 1997 – deixou o VW Fox em maus lençóis: feito desde outubro de 2003, o hatch se tornou o automóvel nacional mais antigo à venda.Aqui vale a observação: quando fala mos em “automóvel”, estamos levando em conta apenas... Leia mais
28 JAN
Nissan terá SUV menor que o Kicks com motor 1.0 turbo e plataforma de Kwid

Nissan terá SUV menor que o Kicks com motor 1.0 turbo e plataforma de Kwid

– (Divulgação/Nissan)A Nissan confirmou em um evento em Nova Déli (Índia), que irá fabricar um SUV de entrada de até 4 metros de comprimento, utilizando como base o Renault Kwid.Vale lembrar que Renault e Nissan possuem uma aliança na área automotiva e, por isso, utilizará a plataforma CMF-A.Dessa forma, a marca japonesa entra na concorrência do segmento de SUVs compactos com até quatro metros. Atualmente, a Hyundai lançou o Venue e a Renault trabalha em um projeto de crossover... Leia mais
28 JAN
Impressões: Kia Rio é um Hyundai HB20 com roupagem mais discreta

Impressões: Kia Rio é um Hyundai HB20 com roupagem mais discreta

Constantes adiamentos causaram um atraso de 20 anos e três gerações na chegada do Rio (Christian Castanho/Quatro Rodas)Em 2000, a Kia chegou a ter no Brasil uma unidade hatch e outra sedã do Rio para testes. Àquela época, o modelo era um estreante no mercado externo.Mas só agora, já na quarta geração, ele recebe a luz verde: a estreia oficial finalmente foi marcada para o fim de janeiro.Tanto tempo de incubação acabou fazendo mal para o Rio. Acontece que ao longo dos últimos anos... Leia mais
28 JAN
Quebra-sol inteligente promete não deixar o sol cegar seus olhos nunca

Quebra-sol inteligente promete não deixar o sol cegar seus olhos nunca

Sistema projeta sombra na região dos olhos do motorista (Bosch/Divulgação)A Bosch criou um quebra-sol que bloqueia a luz com eficiência e somente na região onde é necessário.O sistema consiste de uma tela LCD que controla a passagem da luz de modo seletivo. Para isso, ele conta com tem uma câmera que rastreia e acompanha os movimentos dos olhos do motorista.Uma câmera rastreia a posição dos olhos do motoristas (Bosch/Divulgação)A tela LCD escurece uma área de sua superfície de... Leia mais