Novidades

17 OUT
Mercedes-Benz Classe S, conforto de primeira classe

Mercedes-Benz Classe S, conforto de primeira classe

A reestilização foi tão sutil que é difícil notar os novos faróis e o para-choque redesenhado (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Até quem não gosta de carros sabe identificar um Mercedes-Benz. Essa fama mundial se deve em grande parte ao Classe S. A nomenclatura adotada desde 1972 (quando o W116 chegou às ruas) vem do alemão “Sonderklasse”, ou “classe especial”, em português.

Esse nome nunca fez tanto sentido quanto em sua sexta geração, cuja reestilização estreia no Brasil neste mês.

Com 5,26 metros, o Classe S reúne o que há de melhor na Mercedes-Benz (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Não perca tempo procurando-as do lado de fora. Se antes o Classe S ditava as referências de estilo da linha Mercedes, agora falta personalidade ao sedã. As alterações visuais são tão sutis que apenas um especialista na marca poderá identificá-las rapidamente.

Os faróis ganharam três fileiras de led com intensidade variável, e a clássica grade frontal foi redesenhada, assim como os para-choques. Retoques ainda mais leves foram feitos na traseira, embora as lanternas ainda lembrem (e muito) o estilo adotado no Classe C.

Faróis preservaram o formato do modelo anterior, mas ganharam fileiras de leds (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Desenho das lanternas lembra muito as do Classe C (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Abro a porta e me deparo com duas enormes telas de 12,3 polegadas cada, uma atrás do volante, outra no centro. Por meio delas é possível visualizar as informações do computador de bordo, escolher entre os quatro modos de condução e selecionar a temperatura do ar-condicionado em qualquer uma das quatro zonas da cabine.

São 64 cores de iluminação interna, inclusive algumas de gosto duvidoso (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Tela de 12,3 polegadas substitui o painel analógico convencional (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Usuário pode personalizar disposição dos mostradores e as informações exibidas na tela (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Lembra da antiga alavanca do piloto automático posicionada abaixo da chave de seta? Finalmente ela foi substituída por um grupo de botões posicionados do lado esquerdo do volante.

Se era hora de mudar, então a Mercedes poderia ter investido em comandos mais práticos para a central multimídia – ou uma simples tela sensível ao toque. Navegar pelos menus demanda tempo e habilidade para se acostumar tanto ao botão giratório quanto ao touchpad.

Nada de alavanca: agora o piloto automático (adaptativo) é ativado por botões no volante (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Vários botões e alavancas são compartilhados com os modelos inferiores da linha, um pecado para um carro da estirpe do Classe S. Já o painel combina detalhes tradicionais, como os apliques em madeira e o clássico relógio analógico da suíça IWC, com toques de ousadia (leia-se extravagância) incomuns para o mais clássico dos Mercedes-Benz.

Interior tem predominância de materiais nobres, como madeira, alumínio e couro (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

É o caso do filete de led percorrendo toda a extensão do painel e das portas, cuja cor da iluminação pode ser alterada ao toque de um botão.

Ninguém na montadora admite, mas detalhes como esse foram criados pensando em clientes de mercados altamente rentáveis para a marca, como o Oriente Médio e sobretudo a China – onde o modelo responde por incríveis 33% das vendas locais.

Sistema de som tem 1.520 Watts de potência e alto-falantes por toda a cabine (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Goste ou não, a ambientação interna faz parte de um sistema de relaxamento a bordo chamado pela marca de Energizing. São seis programas que sincronizam os sistemas de climatização (que exalam fragrâncias especiais), som e massageadores dos bancos dianteiros por dez minutos.

Quem viaja atrás tem poltronas reclináveis e acesso aos principais comandos (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

O Classe S pode não desfrutar do mesmo charme de antes, mas ainda é o modelo mais tecnológico da gama. Essa geração dá um importante passo rumo ao futuro da condução autônoma trazendo novos sistemas.

Se equipado com o pacote opcional Driving Assistance, o Classe S aproveita as informações do GPS para estudar o percurso e evitar surpresas. O sedã reduz a velocidade para contornar uma curva fechada e volta a acelerar para retomar a velocidade programada. Curiosamente, a condução semiautônoma segue o modo de condução selecionado.

Escolha o modo Comfort e o Classe S andará tranquilamente. Se mudar para o modo Sport, o carro freia mais tarde e acelera de forma mais vigorosa.

Banco traseiro tem refrigerador entre os assentos e sistema de entretenimento atrás dos bancos dianteiros (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Bancos individuais possuem comandos elétricos e massageador (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Precisa mudar de faixa? Basta acionar a seta para o veículo se encarregar do resto. Caso haja um automóvel se aproximando em um cruzamento, as câmeras e sensores do Classe S calculam a velocidade do outro carro, desacelerando ou freando o sedã para evitar a colisão.

Na hora de estacionar, o motorista não precisa frear nem selecionar as marchas necessárias para completar a manobra. Aliás, dá até para ficar do lado de fora do veículo, já que tudo pode ser controlado por um aplicativo de smartphone.

E, caso o motorista permaneça muito tempo sem colocar as mãos no volante, o sistema interpreta a falta de interação como uma situação de emergência. Assim, o veículo para de forma gradual, destrava as portas, aciona o pisca-alerta e faz uma ligação para o serviço de resgate.

Rodas de liga leve de 18 polegadas são bonitas de ver (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Das dez versões disponíveis na Europa, apenas três serão importadas para o mercado brasileiro: a inédita S 560 e as AMG S 63 e S 65. Ambas possuem entre-eixos alongado e um motor 4.0 V8 biturbo, preparado para render 475 cv no S 560 e 620 cv no caso da AMG S 63. Na AMG S 65, o motor 6.0 V12 entrega 630 cv.

Motor 4.0 V8 biturbo rende 475 cv na versão S 560 (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Quem estiver atrás do volante não se decepcionará com o rodar extremamente suave do S. Praticamente não se ouve o som dos oito cilindros trabalhando nas acelerações, tanto pelo ótimo isolamento acústico quanto pelo rodar silencioso.

A história só muda se o motorista selecionar um dos modos esportivos. Aí o silêncio é irrompido por um ronco mais grave, principalmente no modo Sport+. As respostas, porém, são sempre imediatas, independente de qual seja o modo selecionado.

Piloto automático se ajusta à velocidade do carro à frente a até 210 km/h (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Ágil para um carro de 5,26 metros de comprimento, o sedã transmite uma grande sensação de segurança nas curvas, sobretudo pela atuação do sistema que inclina a suspensão em 2,65 graus para o lado interno da curva. A intenção é amenizar a rolagem da carroceria.

Versão preparada pela AMG tem para-choques exclusivos (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Motor da versão S 63 AMG é V8 biturbo como no S 560, mas com 612 cv (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Marca também oferece a versão S 65 L, com 630 cv (Dieter Rebmann/Mercedes-Benz)

Diante de tantas novidades, só uma coisa nunca mudou nas seis gerações do Classe S: a exclusividade. O sedã é caro até para os padrões europeus, onde o modelo começa em 88.476 euros e pode passar dos 200.000 euros na ultraluxuosa versão Maybach S 650.

A Mercedes-Benz oferece três versões do sedã no Brasil, todas com entre-eixos alongado: a S 560 L sai por R$ 769.900, a AMG S 63 L V8 custa R$ 974.900 e a AMG S 65 L V12  é oferecida pela bagatela de R$ 1.166.900. Sorte de quem pode ter um.

Ficha técnica

Mercedes-Benz S 560

Preço: R$ 769.900

Motor: gas., diant., longit., V8, 3.982 cm3, 32V, 83,0 x 92,0 mm, 10,5:1, 475 cv a 5.250 rpm, 71,4 mkgf a 2.000 rpm

Câmbio: aut., 9 marchas, tração integral

Suspensão: ind. multilink (diant.e tras.)

Freios: discos ventilados(diant. e tras.)

Direção: elétrica

Rodas e pneus: 245/50 R18

Dimensões: comp., 525,5 cm; largura, 189,9 cm; altura, 149,4 cm; entre-eixos, 316,5 cm; peso, 2.070 kg; tanque, 80 l; porta-malas, 530 l

Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,7 s, vel. máx., 250 km/h

Veredicto

Requinte e exclusividade são as palavras de ordem do S, um carro que (quase) anda sozinho.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

13 SET
Chefão da GM confirma: Chevrolet estuda picape rival para a Fiat Toro

Chefão da GM confirma: Chevrolet estuda picape rival para a Fiat Toro

Picape compacta-média da GM terá visual inspirado no conceito FNR-X (Du Oliveira/Quatro Rodas)Quem lê QUATRO RODAS já sabe há alguns meses que a GM prepara uma picape compacta-média para rivalizar com a Fiat Toro.Pois durante o evento de lançamento do Chevrolet Onix Plus, o sucessor do Prisma, e de apresentação da nova geração do Onix hatch, o presidente da empresa para a América do Sul, Carlos Zarlenga, confirmou que a fabricante tem mesmo planos de ingressar no segmento.Em... Leia mais
13 SET
Longa Duração: freios do Renault Kwid chegam ao fim. Pela terceira vez

Longa Duração: freios do Renault Kwid chegam ao fim. Pela terceira vez

Kwid teve os freios checados por nosso consultor técnico Fabio Fukuda: “De novo, as pastilhas dianteiras chegaram ao fim. E os discos foram danificados” (Silvio Gioia/Quatro Rodas)O editor de arte, Fabio “Black” Paiva, voltava do interior de São Paulo quando, ao frear, ouviu o chiado típico da chegada ao fim de material de atrito. Experiente ao volante, Black conta: “Sei que, normalmente, da primeira manifestação de ruído ao fim da vida útil da pastilha é preciso poupar os... Leia mais
13 SET
Novo Renault Captur: o que deve ser trazido do SUV europeu ao Brasil

Novo Renault Captur: o que deve ser trazido do SUV europeu ao Brasil

Esse é o “stand” da Renault em Frankfurt (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)O Salão de Frankfurt ainda é considerado um dos maiores do mundo, mas já não é tão grande como no passado.Neste ano a BMW abriu mão de seu pavilhão exclusivo para compartilhar o mesmo teto com Land Rover, Opel, Hyundai e Alpina. Aston Martin, Toyota, Suzuki e Mazda abriram mão do evento.Nova geração do Captur tem faróis em forma de C e luzes de neblina maiores (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)A Renault... Leia mais
13 SET
Confirmado para o Brasil, Audi Q3 Sportback se destaca pela agressividade

Confirmado para o Brasil, Audi Q3 Sportback se destaca pela agressividade

Audi mostra a receita perfeita para transformar um SUV em SUV cupê (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)Audi mostra a receita perfeita para transformar um SUV em SUV cupê (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)Desde que que surgiu, em 2011, a coluna C com inclinação acentuada dá personalidade ao Audi Q3. Tanto que é um elemento de design que sobreviveu à nova geração, revelada há pouco mais de um ano.Mas a moda dos SUVs cupês fez a Audi explorar ainda mais esse lado ousado do Q3. Esticaram o... Leia mais
12 SET
SP tem maior inadimplência por falta de licenciamento de veículos em 4 anos, diz Detran

SP tem maior inadimplência por falta de licenciamento de veículos em 4 anos, diz Detran

Os motoristas do estado de São Paulo fizeram menos licenciamentos de carros e motocicletas no primeiro semestre deste ano, na comparação com os três últimos anos, de acordo com dados do Detran-SP. Os números também revelam que a quantidade de multas referentes a essas infrações também caiu. O licenciamento é feito a partir de abril. Na comparação de abril a julho, este ano apenas 51,6% dos veículos de São Paulo foram licenciados. No ano passado, este índice foi de... Leia mais
12 SET
O homem que tem carrinhos a pedal de até R$ 40.000

O homem que tem carrinhos a pedal de até R$ 40.000

Ronaldo com um dos seus xodós: a Ferrari American Retro Race da década de 60 (Fernando Pires/Quatro Rodas)Executivo de uma grande empresa de soluções de impressão 3D, Ronaldo Prado, 53 anos, é um apaixonado por carros. Seu trabalho consiste em tirar do papel criações da indústria automotiva e transformá-las em realidade. “Aqui fazemos protótipos de modelos que serão lançados daqui a cinco anos”, explica ele. Mas seu hobby são veículos bem menores e mais antigos do que está... Leia mais