Quem corre no Autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP), nem faz ideia das raridades escondidas a poucos metros dali. Formada por 30 veículos, uma coleção combina clássicos japoneses com símbolos da época dos fora de série nacionais. O acervo é dominado por veículos Mitsubishi e Suzuki, mas há uma ala dedicada aos veículos transformados pela SR Veículos Especiais, divisão do grupo de revendas Souza Ramos fundada em 1979. Uma das criações é o Del Rey Executivo, uma versão alongada do sedã da Ford em 35 cm com telefone, frigobar e ar-condicionado. Limousine era baseada no Del Rey e tinha até telefone a bordo (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) No fim de 1983, a SR aproveitou o sucesso da Lotus na Fórmula 1 para lançar o Escort JPS. A versão especial do Escort XR3 tinha pintura preta com detalhes dourados (como no bólido pilotado por Ayrton Senna), faróis escamoteáveis e um aerofólio duplo imitando o Escort Cosworth europeu. O motor 1.6 CHT recebia uma turbina Garrett, que aumentava a potência dos 83 cv originais para 100 cv. Série especial feita pela Souza Ramos usava as cores da Lotus de Ayrton Senna (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Curiosamente, dois dos projetos mais famosos nasceram antes da fundação da SR. O primeiro nasceu em 1957: uma bela perua baseada no Volvo P445, produzido de 1949 a 1953. Perua baseada no Volvo P445 foi feita de forma praticamente artesanal (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) A outra criação foi uma perua Maverick. A partir da versão sedã, a empresa fazia uma nova traseira de fibra de vidro e reforços estruturais. De tão bom, o projeto recebeu aval da própria Ford para ser produzido. Pena que ela não conseguiu atingir o sucesso esperado: o modelo saiu de linha depois de menos de 100 unidades produzidas. Produzida pela Souza Ramos, a perua Maverick foi aprovada até pela Ford (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) No espaço dos japoneses, destaque para o Suzuki Jimny LJ20 ano 1975. Em sua primeira geração (lançada em 1970), o jipinho tinha um motor de 360 cm3 com 28 cv, quase tão pequeno quanto seus 2,99 m de comprimento. O Jimny 1975 é o único exemplar existente no Brasil (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) A ala da Mitsubishi tem SUVs, minivans e sedãs. Quem gosta de velocidade provavelmente já pensou no Lancer Evo. O mito está bem representado na coleção com dois exemplares totalmente distintos. Lançado em 1973, o Lancer 1600 GSR (que já apareceu nas páginas de QUATRO RODAS) tinha um motor 1.6 de 100 cv e logo deu sinais de que seria um campeão dos ralis ao vencer logo na estreia o Safari Rally, disputado no Quênia. O Lancer Evo VII foi apresentado no começo de 2001. Seu motor 2.0 turbo de 280 cv era o mesmo da geração anterior, assim como o sistema de tração integral e o câmbio manual de cinco marchas. Uma importante novidade foi o seletor de modos de bloqueio do diferencial, cuja intenção era que o motorista ajuste o controle eletrônico de acordo com o piso — os modos são Tarmac (asfalto), Gravel (cascalho) e Snow (neve). A sétima geração do Lancer Evo marcou a volta da Mitsubishi ao WRC (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Não poderia faltar um dos símbolos da marca: a picape L200. Entre os vários exemplares nacionais e importados, há uma cabine simples fabricada no Japão em 1992. O motor 2.4 a diesel produzia modestos 72 cv e torque máximo de 15 mkgf. Primeira geração da L200 foi vendida no Brasil, mas apenas com carroceria de cabine dupla (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Mas é uma dupla de esportivos cobiçados nos anos 90 é que chamam atenção. Equipado com um motor 2.0 turbo de 213 cv, o Eclipse GS 1995 virou celebridade mundial graças ao filme “Velozes e Furiosos” (2002), no qual o ator Paul Walker usa um modelo verde para participar dos rachas. O Eclipse voltou à cena no começo dos anos 2000, quando o filme “Velozes e Furiosos” explodiu nos cinemas do mundo todo (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Já o 3000 GT VR-4 extrapolou as fronteiras do Japão e foi vendido até nos Estados Unidos como Dodge Stealth. O exemplar da coleção tem um motor 3.0 biturbo com intercooler, entregando 325 cv e torque máximo de 43,6 mkgf a 2.500 rpm. Mitsubishi 3000GT (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) A boa notícia é que, ao contrário de outras coleções, o acervo pode ser visitado, desde que você seja convidado a um dos eventos realizados pela Mitsubishi ou Suzuki.
Fonte:
Quatro Rodas
O galpão dos sonhos escondido em um autódromo em São Paulo
Mais Novidades
27 JUN
Hyundai Azera de nova geração chega ao Brasil por R$ 269.900
A nova geração do Hyundai Azera, prometida no ano passado durante o Salão do Automóvel de São Paulo, já está à venda no Brasil. Disponível em versão única, o sedã mais caro da marca parte de R$ 269.900. O modelo é sempre equipado com motor 3.0 V6 a gasolina de 261 cavalos de potência, 31 kgfm de torque e câmbio automático de 8 marchas. De acordo com a marca, ele vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. Entre os itens de série, há piloto automático adaptativo,...
Leia mais
27 JUN
Longa Duração: Citroën C4 Cactus sobrevive o ritual de iniciação da frota
Múltiplos tipos de marcação: blindagem antifraude (Fernando Pires/Quatro Rodas)Quem acompanha o Longa Duração já está acostumado com as duas primeiras missões de cada novo carro que é incorporado à frota: a marcação das peças e o teste inicial completo.O primeiro ato ocorre sempre no mesmo local: a oficina Fukuda Motorcenter, onde nosso consultor técnico, Fabio Fukuda, aplica um múltiplo serviço de identificação das peças.“Faço marcações de posição de parafusos e...
Leia mais
27 JUN
Uma versão é o que restará ao Chevrolet Cobalt antes da aposentadoria
Chevrolet Cobalt LTZ é a única versão do sedã disponível para qualquer pessoa (Divulgação/Chevrolet)O Chevrolet Cobalt já está na linha 2020. Mas não há mudanças no visual ou no pacote de equipamentos.A grande novidade é o corte de sua versão topo de linha Elite 1.8, em detrimento da versão LTZ 1.8, que costuma responder por quase 70% das vendas do sedã.Com preço inicial de R$ 75.790, o Cobalt LTZ 1.8 passa a ser a única versão que qualquer consumidor pode comprar. Além do...
Leia mais
27 JUN
Correio Técnico: Qual é o melhor método para fazer o balanceamento?
O balanceamento na máquina é o mais comum nas oficinas e concessionárias (Silvio Goia/Quatro Rodas)É melhor balancear o pneu com a roda instalada no carro ou na máquina? – Wagner Ribeiro, São Paulo (SP)Não há diferença entre os processos. O balanceamento com os pneus instalados em uma máquina, porém, é mais comum nas oficinas. “O importante é fazer o serviço a cada 5.000 km, quando o carro cai em um buraco profundo e/ou quando o motorista sentir uma vibração no volante”,...
Leia mais
27 JUN
Fiat Toro 2020 custa entre R$ 92.990 e R$ 159.990; veja todos os preços
Três semanas depois de ter sido anunciada, a Fiat Toro 2020 finalmente teve os preços definidos. O configurador do site da marca já mostra os valores da picape. Veja abaixo: Endurance 1.8 flex manual - R$ 92.990Endurance 1.8 flex automática - R$ 98.990Freedom 1.8 flex automática - R$ 109.990Volcano 2.4 flex automática - R$ 122.990Endurance 2.0 diesel 4x4 automática - R$ 129.990Freedom 2.0 diesel 4x4 automática - R$ 140.990Volcano 2.0 diesel 4x4 automática - R$ 152.990Ranch 2.0...
Leia mais
26 JUN
Acha o Hyundai Azera usado barato? Pois um novo custa R$ 270.000
Novo Hyundai Azera (Divulgação/Hyundai)Quem nunca leu um comentarista de internet bradar que, pelo preço de um modelo qualquer zero-quilômetro, seria muito mais negócio comprar um Hyundai Azera usado?O sedã grande coreno chegou ao Brasil primeira vez em 2007, na sua quarta geração. Em 2012, trocou de plataforma e parou de ser importado em 2017.Nesse curto período, tornou-se referência em custo-benefício no mercado de usados.Traseira do novo Hyundai...
Leia mais