Novidades

21 JUL

Governo define critérios para adesão ao Programa de Proteção ao Emprego

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, assinou nesta terça-feira (21), em Brasília, a regulamentação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado no dia 6 de julho pelo governo federal.

A regulamentação define os critérios de adesão e funcionamento do programa, criado com o objetivo de frear as demissões no país. Para participar, as empresas terão que comprovar 'índice' de geração de empregos e precisarão esgotar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas.

As regras devem ser publicadas no "Diário Oficial da União" de quarta-feira (22).

O PPE permitirá a diminuição temporária de 30% das horas de trabalho, com redução proporcional do salário pago pelo empregador, para empresas de todos os setores em dificuldades financeiras.

A diferença do salário será parcialmente compensada pelo governo, que vai pagar 50% da perda com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Essa compensação está limitada a R$ 900,84, que corresponde a 65% do maior benefício do seguro-desemprego, em R$ 1.385,91. Os recursos serão repassados às empresas pela Caixa Econômica Federal.

Adesão
Para aderir ao programa, as empresas terão que comprovar com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), estar dentro de um indicador chamado Indicador Líquido de Emprego.

Esse índice será calculado levando em conta a diferença entre as admissões e os desligamentos acumulados nos últimos 12 meses, contados a partir do mês anterior ao da solicitação de adesão, sobre o total de funcionários da empresa. No resultado, o indicador não poderá ultrapassar 1% (positivo).

No exemplo fornecido pelo MTE, uma empresa que contrata 100 trabalhadores e demite outros 120 em um período de 12 meses teria uma geração negativa de 20 postos de trabalho. Dividindo esse número (-20) pelo estoque de mil trabalhadores, o indicador será -2%, habilitando a participação.

EFEITOS ESPERADOS DO PPE

Manutenção de cerca de 50 mil empregos com salário médio de R$ 2,2 mil.

Redução de gastos das empresas com demissões e contratações.

Redução dos custos da folha de pagamento em até 30%.

Corte de gastos com seguro-desemprego, layoffs e intermediação de mão de obra.

Custo estimado da medida está em torno de R$ 110 milhões em 2015.

Na prática, todas empresas que no período já tiverem demitido mais trabalhadores do que contratado estarão aptas a ingressarem no programa.

Mas pelas regras, uma empresa com 100 trabalhadores, que contratou 10 e demitiu 9 nos últimos 12 meses, também estaria apta a participar do programa.

Adesão mediante acordo coletivo
Para participar do programa, as empresas, em dificuldades econômico-financeiras terão também de esgotar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas.

Para aderir ao PPE, as empresas terão ainda que celebrar um acordo coletivo específico com os empregados, prevendo a redução de jornada e salário.

As empresas que aderirem ficam proibidas de dispensar, arbitrariamente ou sem justa causa, os funcionários que tiveram jornada reduzida enquanto durar a inscrição no programa e, após o término, pelo prazo equivalente a um terço do período de adesão.

Realidade desfavorável
Após a assinatura da regulamentação, em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho reconheceu que a realidade econômica do país é desfavorável, mas mostrou otimismo.

“O Brasil vive um momento de dificuldade, mas entendemos que nós podemos superá-las com facilidade (...) Os indicativos da nossa economia, os investimentos programados para esse ano, tanto por parte do governo como por parte dos empresários, são locações de recursos altamente representativas”, afirmou Manoel Dias.

Presente à cerimônia de assinatura, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, elogiou a medida. “Tudo que possa proteger o nível de emprego vai ter o nosso apoio como entidade, como setor, porque nós entendemos que esse é o caminho. O caminho da empregabilidade é o caminho da recuperação do nível de confiança do consumidor e, portanto, do nível da atividade econômica”, disse.

Representando os trabalhadores, José Calixto Ramos afirmou o PPE tem o apoio das centrais sindicais e confederações. “Entre demitir sumariamente e reduzir um pouco, conforme está explicito no programa e nas regras para a entrada da empresa no programa, acho que é preferível nós darmos um passo atrás para depois tentarmos dar dois passos adiante (...). As centrais sindicais assim entenderam”, afirmou.

Regras
As empresas terão até o final do ano para aderir ao programa. Segundo o governo, o objetivo é manter os empregos e preservar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) do trabalhador, preservando todos os benefícios trabalhistas, inclusive o seguro-desemprego. O período de validade para a utilização do programa não poderá ultrapassar 12 meses.

Estima-se que o programa vai gerar um custo de R$ 112,5 milhões em 2015 e preservar o emprego de 50 mil trabalhadores com salário médio de R$ 2,2 mil. Conforme o governo, a medida estimula a produtividade com o aumento da duração do vínculo trabalhista e fomenta a negociação coletiva.

O governo espera que as empresas gastem menos com demissões, contratações e treinamento, reduzindo os gastos da folha salarial em até 30%. O PPE é uma alternativa ao layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho para requalificação profissional), em que o trabalhador perde o vínculo empregatício.

Em junho, o Brasil fechou 111.199 vagas formais de trabalho, no pior resultado para o mês desde pelo menos 1992. No semestre, a demissão líquida chegou a 345.417 trabalhadores, segundo dados com ajuste do Caged.

Fonte: G1

Mais Novidades

20 DEZ

CNH digital: agora você enfim pode gerar documento sem sair de casa

CNH digital foi disponibilizada gratuitamente a partir desta quinta-feira (20) (Reprodução/Internet)Se você é um dos mais de 26 milhões de brasileiros com a versão mais recente da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que tem o QR Code impresso no verso e passou a ser emitida desde de maio de 2017, poderá gerar gratuitamente a versão digital do documento em tablets ou smartphones, anunciou o Ministério das Cidades nesta quinta-feira (20).A medida elimina a necessidade de ir até... Leia mais
20 DEZ

IPVA tem redução média de 3,18% em Pernambuco, diz governo

O valor do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) tem uma redução média de 3,18% em 2019, em comparação ao ano de 2018. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE). Os contribuintes que desejam pagar em cota única, em fevereiro, têm um desconto de 7% no valor. Os proprietários que optam por parcelar em até três vezes pagam a primeira parcela em fevereiro, quitando o imposto nos meses... Leia mais
20 DEZ

Governo do RS divulga prazo para pagamento do IPVA e calendário de licenciamento

O prazo para pagamento do IPVA 2019 vai até o dia 28 de dezembro, com descontos de 3%, ou abril de 2019, conforme a placa. Confira as datas abaixo: 1º de abril - final 13 de abril - final 25 de abril - final 38 de abril - final 410 de abril - final 512 de abril - final 615 de abril - final 717 de abril - final 822 de abril - final 924 de abril - final 0 O pagamento pode ser feito no Banrisul, Bradesco, Santander, Sicredi, Caixa (loterias) e Banco do Brasil (somente para clientes).... Leia mais
20 DEZ

McLaren cria versão especial do P1 GTR em homenagem a Ayrton Senna

Versão do P1 GTR foi feita sob medida para um cliente em homenagem a Senna (Divulgação/McLaren)A McLaren Special Operations, divisão da McLaren que prepara projetos especiais, desenvolveu sob encomenda de um cliente uma versão do P1 GTR para comemorar o 30º aniversário do primeiro título de Fórmula 1 do piloto brasileiro Ayrton Senna, em 1988.O modelo foi pintado com os mesmos padrões do MP4/4 com que Senna disputou – e venceu – o campeonato há 30 anos: cores vermelha e branca... Leia mais
20 DEZ

Como fazer para carregar a bateria de seu carro híbrido

São muitas as vantagens de optar por um carro híbrido, desde redução de danos ao meio ambiente ao silêncio do motor elétrico, além da possibilidade de usar o motor de combustão quando é necessário mais potência. Há, porém, quem tenha algum receio de migrar para esse tipo de modelo por uma questão de praticidade. Só que carregar a bateria desse tipo de carro tem se tornado cada vez mais fácil. Pontos de carregamento têm se popularizado, incluindo novos condomínios... Leia mais
20 DEZ

Os mitos que você precisa derrubar sobre carros híbridos

Carros híbridos têm dois motores, um tradicional movido a combustível e outro elétrico. Os dois podem funcionar separadamente, ou juntos, conforme o desejo do motorista e a necessidade do local. Não é ótimo? Sim, carros híbridos têm muitas vantagens, sendo que uma das principais é a redução de cerca de 90% nas emissões de gases poluentes. Mas eles ainda sofrem com alguns mitos. Veja abaixo: 1) Potência É verdade que o motor elétrico é menos potente do que o de... Leia mais