O cancelamento de um contrato de exportação de 15 mil veículos produzidos em São José dos Campos (SP) pela General Motors foi o motivo apontado pela montadora ao Sindicato dos Metalúrgicos para a adoção de férias coletivas na planta a partir da próxima segunda-feira (13). A montadora disse em nota não reconhecer a informação divulgada nesta quinta (9) pela entidade.
As férias coletivas em São José dos Campos vão durar até 26 de fevereiro - os 2,2 mil trabalhadores afetados pela medida devem retornar ao trabalho após o feriado prolongado de carnaval, no dia 2 de março.
O sindicato informou que em reunião nesta quarta-feira (8), a direção da multinacional teria apontado que a política comercial adotada pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao México – que deve passar por um período de instabilidade comercial - causou o cancelamento do contrato.
Ainda de acordo com a entidade, as vendas para o México representam 27% da produção da GM em São José dos Campos, onde são fabricados os modelos S10 e Trailblazer.
O sindicato também sinaliza, caso a suspensão das importações for permanente, risco aos empregos da unidade - que emprega atualmente 5 mil pessoas.
A planta de São Caetano também vai adotar férias coletivas para 6 mil trabalhadores entre 25 de fevereiro e 27 de março.
Reunião
Uma nova reunião entre a entidade e a GM acontece na próxima quarta-feira (15). O Sindicato vai pedir uma audiência pública com os ministros da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, e com das Relações Exteriores, José Serra, para debater o tema.