Novidades

01 SET

Volkswagen retira máquinas, e fornecedora demite em SP

A Volkswagen retirou na última terça-feira (30) as máquinas que mantinha nas duas fábricas da Keiper em SP. No início de agosto, a montadora decidiu rescindir o contrato com o grupo Prevent, dono de fábricas de autopeças, inclusive a Keiper, alegando que não recebia as peças. Uma liminar deu à Volks o direito de retirar os equipamentos.

Sem as máquinas nas unidades de Mauá, na Grande SP, e Araçariguama, no interior do estado, a fabricante de peças começou a demitir  funcionários nesta quinta (1º).

Ao todo, a Keiper tem cerca de 800 trabalhadores. "Com a retirada das ferramentas, a empresa não tem mais o que fazer e terá que demitir todos os funcionários, por falta de receita, visto ter dependência total da VW", disse a nota enviada ao G1.

Segundo o sindicato dos metalúrgicos de Santo André e Mauá, onde a Keiper tem 420 funcionários, não há débitos trabalhistas na unidade. "Mas a grande preocupação é que (com o rompimento do contrato com a Volks) a empresa tem alegado não ter recursos para as verbas rescisórias", diz o diretor da entidade, Adilson Torres dos Santos.

Na nota desta quinta, a ex-fornecedora da Volks afirmou que a retirada dos equipamentos "ocorreu de forma desrespeitosa e amedrontadora". Porém, de acordo com Santos, a ação foi acompanhada pela polícia, por decisão do oficial de Justiça, mas ocorreu de forma tranquila.

'Última alternativa'
A montadora divulgou nota, alegando que rescindir os contratos e recorrer à Justiça para reaver os ferramentais de sua propriedade foi a última alternativa, "após o descumprimento de 11 acordos comerciais estabelecidos com o Grupo Prevent desde março de 2015, quando tiveram início as interrupções de fornecimento que geraram a perda de produção de aproximadamente 140 mil veículos em mais de 150 dias de paralisação nas fábricas da empresa".

Além da Keiper, mais recentemente a Volkswagen denunciou falhas no fornecimento de outra empresa adquirida há pouco tempo pelo grupo Prevent, a Fameq, que faz peças para carroceria.

Com a rescisão, anunciada no último dia 8, a montadora decidiu adiantar para este mês as férias coletivas que estavam programadas para agosto em todas as fábricas.

'Decisão unilateral'
Na ocasião do rompimento do contrato, a Keiper declarou que a decisão era  arbitrária e unilateral. A empresa disse ainda que não foi levado em consideração "o fato da Keiper aos longos destes anos ter suportado o desequilíbrio econômico, incorrendo em grandes prejuízos, mantendo a relação com a mesma qualidade, desempenho e expertise".

Sobre as falhas no fornecimento, alegou que "todas as paradas ocorridas na produção da Volkswagen recentemente foram sempre precedidas de diversos comunicados de aviso e de alertas, no estrito cumprimento dos contratos, os quais também exigiram da montadora Volkswagen de honrar com a compra das quantidades mínima de peças que são exigidas para produção dos lotes econômicos".

A montadora também teve uma queda de braço com o grupo na Alemanha, mas conseguiu chegar a um acordo. Os fornecedores buscavam compensação por dezenas de milhões de euros em receita perdida depois que a Volkswagen cancelou um contrato.

No Brasil, a Keiper também chegou a interromper o fornecimento de bancos para a Fiat, que parou a maio fábrica de carros do país, em Betim (MG), em maio.

VW fez acordo contra demissões
A baixa nas vendas de veículos tem levado as montadoras a reduzir a produção.

No último dia 3, a Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC anunciaram um  acordo para evitar a demissão de cerca de 3,6 mil funcionários considerados excedentes na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

A empresa abrirá um Plano de Demissão Voluntária (PDV), adotará lay-offs (suspensões temporárias dos contratos) e renovará a redução da jornada e dos salários por meio do Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Fonte: G1

Mais Novidades

18 JUN

Teste: Renault Kwid Life, o mais barato de todos

Mesmo sem rádio, versão Life tem antena e até dois alto-falantes (Leo Sposito/Quatro Rodas)O desenho das calotas aro 14 entrega: este é o Renault Kwid Life, a tal versão básica de R$ 32.490. Se tivesse sido lançada há dez anos, ela nem sequer teria calotas, para-choques pintados e as rodas seriam de 13 polegadas, com pneus mais baratos. Mas são outros tempos.As calotas aro 14 são exclusivas (Leo Sposito/Quatro Rodas)A Renault foi esperta. Preferiu não mudar o design do Kwid, seu... Leia mais
18 JUN

Motorista que atropelou e matou em SP paga fiança de R$ 4,7 mil e responde a processo em liberdade

A motorista Claudia Lemes de Souza, 45 anos, que atropelou quatro pessoas e matou duas delas no dia 24 de maio, na Avenida Heitor Antônio Eiras Garcia, na Zona Oeste de São Paulo, pagou fiança de R$ 4.770 para responder ao processo em liberdade e teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) retida. O caso está em segredo de Justiça. Na última semana, outros dois casos de atropelamento com morte aconteceram na cidade, e os motoristam estavam embriagados, de acordo com a polícia. ... Leia mais
18 JUN

Delegado do DF liberou motorista embrigado que atropelou ciclista um mês após novas regras da Lei Seca

A Polícia Civil do Distrito Federal desconsiderou as novas regras da Lei Seca um mês após a norma começar a valer, com mais rigor para o motorista que provocar acidentes com vítimas. Um jovem de 21 anos que estava embrigado atropelou um ciclista no dia 19 de maio e foi indiciado por um artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que sequer faz referência a lesões corporais. Levantamento do G1 mostra que punições mais severas não impediram motoristas de misturar álcool e... Leia mais
18 JUN

Família cobra cumprimento da Lei Seca a motorista solto no mesmo dia em que matou universitário atropelado em MT

O motorista que atropelou e matou o universitário Marcos Dourado, de 29 anos, no dia 7 de maio, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, está solto. A vítima estava em uma motocicleta e morreu no local do acidente. Daniel de Deus Pereira, de 33 anos, que dirigia uma caminhonete, foi preso no mesmo dia do acidente depois de ter fugido e teve a liberdade concedida pela Justiça, também no mesmo dia, porque não havia espaço no sistema prisional. Autuações pela Lei... Leia mais
18 JUN

Brasil é um dos poucos países com tolerância zero para álcool e direção

A “Lei Seca” brasileira, que tem tolerância zero para concentração de álcool no sangue de qualquer motorista, está entre as mais rígidas no mundo, ao lado de países, como Hungria, Romênia, Eslováquia, República Tcheca, Marrocos, Paraguai e Uruguai – sem contar os países que baniram o álcool por motivos religiosos. Essa regra é mais exigente que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de limites menores que 0,5 g/L no sangue para motoristas em geral e... Leia mais
18 JUN

Lei Seca ficou mais rígida nos últimos anos; veja o que pode e o que não pode

Antes mesmo do novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997, a legislação já proibia dirigir depois de beber álcool, embora a fiscalização fosse frágil e sem métodos de comprovação. Em 1997, essa história mudou, mas foi só em 2008 que entrou em vigor a chamada “Lei Seca”, que reduziu a tolerância para a quantidade de álcool no organismo. Desde então, mais de 1,7 milhão de autuações foram feitas no país, segundo um levantamento do G1. No entanto, essa lei... Leia mais