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A Ford negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos a adoção do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal, na planta de Taubaté (SP). Em uma reunião na sede da entidade, neste sábado (28), os trabalhadores foram informados que o assunto está sendo discutido para 2016.

O programa, que prevê redução de salários e jornada em troca de estabilidade no emprego, é um dos mecanismos usados pelas empresas para evitar as demissões durante a crise econômica.  Para ser aprovada pelos funcionários, a proposta precisa ser aprovada em assembleia, mas não há data definida.

A montadora, que emprega cerca de 2 mil funcionários, produz transmissões e motores Sigma 1.5, modelo utilizado no novo Ka Sedan e no New Fiesta.

Por meio de nota, a empresa informou que tem atualmente um excedente de 300 empregados em Taubaté. Por isso, além do PPE, a empresa não descarta suspender os contratos de trabalho 'layoff' no ano que vem.

Medidas
Para reduzir os impactos da crise na produção, a Ford vem adotando medidas para adequar a produção ao mercado neste ano. Em julho, 1,2 mil operários dos setores de motores e transmissões foram colocados em férias coletivas.

A empresa também suspendeu temporariamente os contratos de trabalhode 800 pessoas em setembro. Nesta semana, a montadora informou que vai antecipar as férias coletivas para a partir de 14 de dezembro. Eles voltam ao trabalho no dia 4 de janeiro.

No Vale do Paraíba, a Volkswagem foi a única montadora que adotou o programa pró-emprego.

Ford Camaçari e ABC
Nesta última quarta-feira (25), a Ford anunciou o encerramento de produção noturna em Camaçari (BA), mas não informou se funcionários desta unidade serão demitidos.

Segundo a empresa, os funcionários da planta de São Bernardo também estão em férias coletivas. Em setembro, trabalhadores aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), com isso, a montadora cancelou 203 demissões previstas para a planta do ABC Paulista