A Renault apresentou nesta terça-feira (29) a nova geração do trio Sandero, Logan e Stepway, ainda sob a marca romena Dacia. Os modelos ficaram mais sofisticados e ganharam uma motorização flex a gasolina e gás GLP. A versão Renault, que chegará ao Brasil até 2022, poderá ter visual diferenciado.
Visualmente, os modelos adotaram traços mais modernos e agressivos, com os faróis afilados unidos à grade. Para todos, os faróis de LED que simulam letras Y horizontais na função de luz diurna são de série. Na traseira, as lanternas repetem o mesmo efeito.
Em relação ao Sandero, o Stepway tem adereços plásticos no entorno da carroceria, para-choques exclusivos e rack de teto, tudo para reforçar sua vocação aventureira. As barras do teto podem alternar entre as posições horizontal e vertical e suportam até 80 kg.
Além disso, ele é 41 mm mais alto do que o modelo convencional, com 174 mm de distância do solo.
Por dentro, os modelos também foram totalmente redesenhados e ganharam elementos que remetem ao novo Duster, embora com menos refinamento. O volante de 4 raios é novo, a parte central do painel tem textura diferente do restante e a central multimídia tem uma tela "flutuante".
Cresceu pouco
A nova geração do Sandero tem 4,09 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,5 m de altura e porta-malas de 328 litros. Em comparação com o atual modelo vendido pela Dacia na Europa, ele ficou 2 centímetros maior e 12 cm mais largo. O porta-malas ganhou 8 litros.
No Stepway, o comprimento é de 4,1 metros e a altura é de 1,53 m. Porta-malas e largura são os mesmos da versão "civil".
O Logan passa a ter 4,4 metros de comprimento e generosos 528 litros — 2 centímetros e 18 litros a mais do que o atual.
Segundo a Dacia, os modelos ficaram até 40 kg mais leves.
Sempre a gasolina
Os modelos deixaram de ter motorizações a diesel no mercado europeu e, a partir de agora, serão equipados exclusivamente com motores a gasolina. Esqueça motores híbridos ou elétricos por enquanto.
Por lá, a versão mais barata de Sandero e Logan terão um 1.0 de três cilindros com 65 cavalos de potência e câmbio manual de 5 marchas. Em seguida, há o 1.0 de três cilindros turbo com 90 cv, que pode ter câmbio manual de 6 marchas ou automático CVT.
Por fim, os modelos poderão ter um 1.0 turbo de 100 cv flex, que funciona com gasolina ou GLP (gás liquefeito de petróleo) e tem sempre o câmbio manual de 6 marchas.
Tecnológicos, mas ainda baratos
A família Sandero estreia equipamentos de segurança e tecnologia até então inéditos para o modelo, que estarão nas versões mais caras, como monitoramento de pontos cegos, frenagem automática de emergência, teto solar e freio de estacionamento eletrônico.
Há também 6 airbags de série, direção elétrica, câmera de ré, stopestart de série, assistente de partida em rampas, ar-condicionado com mostradores digitais, volante multifuncional, piloto automático e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
A central multimídia Media Display tem tela de 8 polegadas, 4 alto-falantes, bluetooth e conexão com Android Auto e Apple CarPlay. Na mais completa, a Media Nav, há GPS nativo, 6 alto-falantes e conexão sem fio com as plataformas Android e Apple.
A versão mais barata dos modelos, porém, dará a cara ao baixo custo substituindo o sistema multimídia pelo celular do motorista. Assim como já foi feito pela Volkswagen e pela Fiat, o smartphone se transformará na central do veículo. É o sistema Media Control.
O suporte fica ao lado de uma entrada USB para manter o celular sempre carregado.