Novidades

23 SET

CNH, cadeirinha, farol: veja mudanças aprovadas na lei de trânsito e que vão à sanção de Bolsonaro

Diversas mudanças na lei de trânsito foram aprovadas pelo Congresso e seguiram para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Dentre as alterações estão a ampliação de 20 para até 40 pontos do limite para a suspensão da Carteira Nacional de Trânsito (CNH) e o aumento da validade do documento para até 10 anos.

Desde que foi apresentado pelo próprio presidente, em 2019, o texto passou por diversas mudanças na Câmara e no Senado. Bolsonaro tem direito de vetar um ou mais itens. Após a sanção, as novas regras passam a valer dali a 6 meses.

O projeto original foi criticado por entidades de segurança viária, que pediram, na época, diálogo e estudos técnicos para embasar as futuras regras. O Congresso manteve ampliação do limite de pontos para a suspensão da CNH, mas acrescentou um escalonamento, conforme o nível de gravidade das infrações cometidas, e a exigência de não constar infrações gravíssimas na carteira do motorista.

Da mesma forma, as normas para o transporte de crianças, onde o governo propôs a troca da multa por advertência por escrito, em caso de não cumprimento, acabaram sendo endurecidas pelos parlamentares.

Veja as principais mudanças, como está na lei atual e como era a proposta do governo:

Suspensão da CNH por pontos

Como deve ficar: haverá uma escala com três limites de pontuação, para que a CNH seja suspensa:

  • 20 pontos, se o condutor tiver duas ou mais infrações gravíssimas em um período de 12 meses;
  • 30 pontos, se tiver apenas uma infração gravíssima no mesmo período;
  • 40 pontos, se não constar entre as suas infrações nenhuma infração gravíssima nesse intervalo.

No caso de motoristas profissionais, a medida foi flexibilizada; eles poderão atingir o limite de 40 pontos independente da natureza das infrações cometidas.

Como é atualmente: a suspensão ocorre quando o condutor atinge 20 pontos em 12 meses ou por transgressões específicas.

Como o governo queria: a suspensão ocorreria quando o condutor atingisse 40 pontos em 12 meses ou por transgressões específicas.

Renovação da CNH

Como deve ficar: estipula o prazo de dez anos para renovação dos exames de aptidão física e mental para a renovação da habilitação de condutores , de acordo com as seguintes situações:

  • 10 anos para condutores com menos de 50 anos;
  • 5 anos para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos;
  • 3 anos para condutores com 70 anos ou mais.

O texto prevê, ainda, que, em caso de indícios de deficiência física ou mental ou de progressividade de doença que diminua a capacidade de condução, o perito examinador pode diminuir os prazos para a renovação da carteira.

Como é atualmente: o artigo 147 do CTB diz que o exame é renovável a cada 5 anos ou, no caso de idosos acima de 65 anos, a cada 3 anos.

Como o governo queria: que o exame de aptidão física e mental seria renovável a cada 10 anos. No caso dos idosos, acima de 65 anos, a renovação seria a cada 5 anos.

Cadeirinha para crianças

Como deve ficar: o dispositivo de cadeirinhas ou assento de elevação será obrigatório para crianças de até 10 anos que não atingiram 1,45 metro de altura, e elas devem ser transportadas no banco traseiro. Segue mantida a penalidade de infração gravíssima para quem descumprir a obrigatoriedade.

Como é atualmente: o CTB diz que as crianças com idade inferior a 10 anos devem ser transportadas nos bancos traseiros. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de 2008 determina o uso de dispositivos de retenção no transporte de crianças de até 7 anos e meio. Entre 7 anos e meio e 10 anos, a criança deve usar o cinto de segurança.

O artigo 168 do CTB diz que o descumprimento dessas regras é infração é gravíssima, com multa e retenção do veículo até a regularização da situação.

Como o governo queria: até 7 anos e meio, crianças deveriam ser transportadas nos bancos traseiros e com cadeirinha adaptada ao tamanho e peso. Entre 7 anos e meio e 10 anos, seriam "transportadas nos bancos traseiros" e utilizariam cinto de segurança.

Ainda segundo a proposta do governo, a violação às regras seria punida apenas com advertência por escrito. Ou seja, a advertência poderia substituir a multa e a medida administrativa (retenção do veículo) aplicadas até então.

Veja as diferenças entre usar e não usar as cadeirinhas:

Exame toxicológico (categorias C, D e E)

Como deve ficar: exame toxicológico é mantido como está no CTB. Ele serve para verificar o consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção.

Quem tem menos de 70 anos também terá que se submeter ao exame a cada 2 anos e meio, independentemente da validade da CNH. Objetivo é impedir que eventual mudança do prazo da carteira implique em alteração na periodicidade do exame.

Como é atualmente: condutores das categorias C, D e E, como caminhoneiros, motoristas de van e ônibus, com CNH com validade de 5 anos devem fazer o exame no prazo de 2 anos e meio. Para condutores idosos o prazo é 1 ano e meio. Se reprovado, tem suspenso o direito de dirigir pelo período de 3 meses.

Como o governo queria: eliminar a obrigatoriedade do exame.

Luz diurna nas estradas

Como deve ficar: segue o projeto do governo de manter obrigatório o uso de faróis acesos durante o dia em rodovias de pista simples. Porém, retira a obrigatoriedade do uso quando essas vias estiverem em perímetros urbanos. Se sancionada, a medida só vai valer para veículos que não possuem luz de rodagem diurna (DRL).

Como é atualmente: uma norma de 2016 diz que o condutor é obrigado a manter o farol aceso de noite e dia “nos túneis providos de iluminação pública e nas rodovias”, sejam essas de pista sumples ou não — em caso de descumprimento, a infração é média.

Como o governo queria: o texto dizia que os veículos sem DRL deveriam manter acesos os faróis mesmo durante o dia, em rodovias de pista simples, túneis e sob chuva, neblina ou cerração.

O projeto afirmava ainda que a infração para quem não acendesse a luz seria leve. No entanto, seria aplicada apenas "no caso de o proprietário ser pessoa jurídica e não haver identificação do condutor".

Moto no corredor

Como deve ficar: haverá regras para a circulação de motocicletas, motonetas e ciclomotores quando o trânsito estiver parado ou lento. Motociclistas devem transitar com velocidade compatível com a segurança dos pedestres e demais veículos nessas situações.

A proposta cria ainda uma “área de espera” para motociclistas junto aos semáforo. Ela será delimitada por duas linhas de retenção, destinada exclusivamente à espera destes veículos próximos aos semáforos, imediatamente à frente da linha de retenção dos demais veículos.

Como é atualmente: o CTB não proíbe, e também não regulamenta, o uso de motocicletas entre as faixas de trânsito. Em 1997, o artigo 56 restringiria o uso das motos no corredor, porém, foi vetado pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso.

No entanto, existem relatos de motociclistas enquadrados no artigo 192 do CTB, que fala que o condutor de qualquer veículo não pode "deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais"

Como o governo queria: no projeto original não havia alteração quanto à circulação de motos no corredor.

Multa mais branda para capacete sem viseira

Como deve ficar: a proposta altera trecho do Código de Trânsito que trata da obrigatoriedade do uso do capacete, retirando a menção sobre a viseira - o que, atualmente, é considerado infração gravíssima. O não uso viseira no capacete ou dos óculos de proteção ganhou um artigo separado na lei, tornando-se infração média;

Como é atualmente: o artigo do CTB sobre regras para motociclistas obriga o uso de capacetes sempre com viseira ou óculos de proteção — a multa atual é gravíssima e há suspensão do direito de dirigir.

E também existe uma resolução específica sobre o uso incorreto da viseira; ela diz que que o motociclista não pode conduzir o veículo com a viseira levantada, nem com óculos de proteção fumê. Nesse caso, seria aplicado o artigo 169 do CTB, com aplicação de multa leve.

Como o governo queria: o projeto estabeleceria uma punição específica para quem usasse capacete sem viseira ou óculos de proteção. O ato se tornaria uma infração média, com multa e retenção do veículo até que a situação fosse regularizada. Andar com a viseira levantada também seria uma infração média.

Documento em carro com recall

Como deve ficar: o projeto torna o recall uma condição para o licenciamento anual do veículo a partir do segundo ano após o chamamento.

Como é atualmente: não há impedimento para emissão do CRLV caso o veículo não tenha passado por algum recall.

Como o governo queria: a proposta era impedir que o CRLV fosse emitido na venda de um veículo se o proprietário anterior não tivesse realizado algum recall.

Veja todos os vídeos de carros

Fonte: G1

Mais Novidades

31 JUL

Toyota Prius ganha novo visual para sobreviver ao Corolla híbrido

Desenho ficou mais conservador após a reestilização – (Divulgação/Toyota)O Toyota Corolla híbrido flex está prestes a chegar, mas isso não significa que o Prius morrerá (ao menos agora). E olha que o modelo até ganhou visual atualizado no Brasil por R$ 128.530.Lá fora, nos EUA, o notchback foi mostrado com essa carroceria no Salão de Los Angeles, no fim de 2018. Só que, além do banho de loja, havia tração integral – que não veio para nós.Lanternas traseiras agora têm... Leia mais
31 JUL

Correio Técnico: por que óculos polarizados escurecem a tela multimídia?

As lentes polarizadas escurecem as telas de alguns sistemas multimídia (Arte/Quatro Rodas)Por que óculos com lentes polarizadas dificultam a visualização de alguns sistemas multimídia e HUD? – Daniel Tomiate, São Paulo (SP)Porque há uma polarização cruzada entre a lente dos óculos e a da tela do carro, fazendo com que a imagem escureça a ponto de ser quase impossível enxergá-la.Segundo a fabricante Ray Ban, óculos polarizados bloqueiam os raios de luz orientados na horizontal,... Leia mais
31 JUL
Audi vai repor de graça peça de R$ 850 que é alvo de furtos no Brasil

Audi vai repor de graça peça de R$ 850 que é alvo de furtos no Brasil

A Audi implantou uma ação inusitada no Brasil. A fabricante alemã vai dar parte inferior da grade frontal dos modelos A3, A4 e Q3 para clientes que tiverem a peça furtada. A iniciativa é uma tentativa de reduzir o índice de furtos. A lógica é que, oferecendo a substituição gratuita, não haverá mais mercado para este item. A Audi diz que cada peça sai, em média, por R$ 850. Na internet, é possível encontrar o item sendo vendido entre R$ 450 e R$ 900. Novos A4 e Q3... Leia mais
30 JUL

Quer acelerar um supercarro na pista? Chegou a sua grande chance

Jaguar F-Type é um dos carrões que estarão no evento (Acelerados/Divulgação)Seu sonho é acelerar um carro dos sonhos num circuito fechado, tal qual um piloto profissional? Sua grande chance enfim chegou!Os parceiros do Acelerados estão organizando, nos próximos sábados (3) e domingo (4), o FAST powered by Shell, que vai te dar a oportunidade de dar uma voltinha em modelos de marcas como Lamborghini, Maserati, Jaguar, Audi, Mercedes-Benz e até um Stock Car... Leia mais
30 JUL

Impressões: novo Mercedes-AMG A 45 S é um Classe A para brincar de drift

AMG A 45 S ano-modelo 2020: de malas prontas para o Brasil, chega em março do ano que vem (Divulgação/Mercedes-Benz)O tratamento estético com para-lamas alargados, rodas grandes, suspensão rebaixada, vários apêndices aerodinâmicos e, claro, a pintura especial Sun Yellow, são de encher os olhos.Mais do que um mero pacote visual, tais itens servem para valorizar estética e dinamicamente tudo o que a linha 2020 trouxe de novo para o Mercedes-Benz Classe A preparado pela AMG.Enfim, a... Leia mais
30 JUL

Melhor Compra: vale a pena comprar um Volkswagen T-Cross?

Quando a VW apresentou o SUV T-Cross, em março deste ano, a expectativa era de que o modelo chegasse rapidamente às primeiras posições nas vendas.Além da novidade, o T-Cross trazia atributos próprios e a força da marca. No lançamento, o presidente da VW Pablo Di Si disse que o objetivo da empresa era ficar em primeiro ou segundo lugar no segmento.– (Divulgação/Volkswagen)No primeiro semestre deste ano, o T-Cross ficou em nono no ranking de vendas da Fenabrave, associação que... Leia mais