Novidades

10 ABR
VW Kombi brasileira quase trocou base do Fusca pela do Gol bolinha

VW Kombi brasileira quase trocou base do Fusca pela do Gol bolinha

Com base de Gol da segunda geração, a nova Kombi levaria sete pessoas. “Degrau” no para-choque indica duas sugestões distintas de design dianteiro (Internet/Reprodução)

A Volkswagen Kombi se manteve praticamente igual durante 63 anos e nove meses. Mas você sabia que a “Velha Senhora”, considerada o carro que ficou mais tempo em produção, quase teve um substituto desenvolvido no Brasil – e com plataforma emprestada do Gol?

“Desenvolvemos várias propostas para substituir a Kombi, mas o programa nunca foi além dos modelos em escala 1/1. Isso porque a matriz na Alemanha nunca aceitou um veículo adaptado com peças de carros feitos no Brasil”, explica Luiz Alberto Veiga, ex-designer da VW.

SUV derivado do Fox foi apenas um dos projetos descartados pela matriz. Pouco tempo depois, surgiria o Kia Soul com características bem similares (Internet/Reprodução)

Responsável pela criação de Gol bolinha (a segunda geração), Fox, Logus, Polo Sedan e Pointer, Veiga também foi pai de diversos projetos que não saíram do papel – como Voyage “bolinha” e um SUV médio derivado do Fox –, além da minivan com influências de Polo e Touran.

A única foto do protótipo criado pela Volkswagen pode ser encontrada com facilidade, mas há poucas informações do modelo. Mas alguns detalhes foram denunciados pela placa, que tem a sigla da cidade alemã de Wolfsburg, sede da empresa, e ainda indica o ano de 1998.

Lupo já tinha a identidade dos faróis redondos em 1998 (Divulgação/Volkswagen)

Considerando que a identidade visual dos faróis duplos arredondados foi aplicada pela marca no fim da década de 1990, quando o subcompacto Lupo ganhou vida, é possível deduzir que a minivan começaria a ser feita por aqui (caso tivesse luz verde) no início dos anos 2000.

O projeto remetia à veterana Kombi, mas não conseguia reproduzir algumas das características que fizeram a fama do modelo. Isso porque a plataforma do Gol de segunda geração não teria a mesma posição do motorista e nem mesmo as qualidades para transporte de carga.

Na Kombi original, o motorista fica sobre o eixo dianteiro (Marco de Bari/Quatro Rodas)

“O modelo original tem um aproveitamento de espaço incomparável, já que o motorista está sentado praticamente em cima do eixo dianteiro. Em termos de aproveitamento de espaço, é a melhor disposição. Porém, em termos de segurança, é catastrófico”, explica Veiga.

Àquela época, até mesmo o hatch tinha problemas de aproveitamento do espaço interno por conta do motor longitudinal, aposentado somente na terceira geração (G5), revelada em 2008. Entretanto, o protótipo prometia fazer milagres, com capacidade para até sete pessoas.

Batizado G3, o Gol de segunda geração, já reestilizado, serviria de base ao projeto (Divulgação/Quatro Rodas)

Considerando as características do Gol vendido aqui cerca de 20 anos atrás, é provável que a “nova Kombi” tivesse airbags e freios com ABS, oferecidos na primeira atualização da segunda geração (apelidada G3), assim como pedais deslocados à esquerda e volante à direita.

“O baixo volume de vendas sempre foi a razão pela qual não se criou um substituto da Kombi. Afinal, investimentos altos para segmentos pequenos não funcionam. Sem dizer que a matriz jamais aceitaria algo que não fosse totalmente seguro e funcional”, diz o ex-designer.

Transporter, a sucessora da Kombi, está na sexta geração (Divulgação/Volkswagen)

Não há informações sobre quais conjuntos mecânicos a Kombi derivada do Gol teria, mas a imagem sugere que o projeto preservaria o motor longitudinal dianteiro do hatch, trazendo ainda portas laterais com abertura tipo suicida.

Se já não é mais possível desenvolver um projeto com as características da “Velha Senhora”, que foi aposentada no Brasil no fim de 2013 por não se adequar às normas de segurança que passariam a valer no ano seguinte, lá fora o furgão original rendeu mais três gerações.

Desconsiderando o Transporter comercializado na Europa, que já não remete à Kombi lançada em 1950 – o visual está alinhado aos veículos de passeio atuais e o motor é dianteiro –, a marca estuda o retorno do modelo com jeitão retrô e conjunto elétrico ao nosso mercado em 2023.

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da edição de abril da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.

 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

25 JUL
Nissan anuncia corte de 12.500 empregos em todo o mundo

Nissan anuncia corte de 12.500 empregos em todo o mundo

A Nissan anunciou nesta quinta-feira (25) a demissão de 12.500 funcionários em todo o mundo. O corte chega depois da a empresa apresentar fraco desempenho nos Estados Unidos e Europa, além de enfrentar a crise causada pela prisão de Carlos Ghosn, ex-presidente da marca. O atual presidente da empresa, Hiroto Saikawa, disse que os trabalhadores de fábricas serão os mais afetados pelas demissões, porém, não apontou em quais localidades, de acordo com informações da AP. "A... Leia mais
25 JUL
Mercedes lança Classe C cupê e conversível renovados no Brasil

Mercedes lança Classe C cupê e conversível renovados no Brasil

A Mercedes-Benz lançou nesta quarta-feira (24) os Classe C Coupé e Cabriolet renovados no Brasil. Oferecidos exclusivamente na motorização 300, custam R$ 289 mil e R$ 313,9 mil, respectivamente. A dupla traz motor 2.0 de 4 cilindros com 258 cavalos e 37,7 kgfm. Eles são comandados por um câmbio automático de 9 marchas. Segundo a Mercedes, o Coupé acelera de 0 a 100 km/h em 6 segundos, marca 0,2 s mais rápida do que o Cabriolet. Classe A Sedan chega ao Brasil a partir de R$... Leia mais
25 JUL

Carros elétricos usados em Noronha podem poluir mais que uma van a diesel

Elétricos em Noronha: ecológicos, pero no mucho (Divulgação/Renault)No último mês a Renault cedeu por comodato à administração de Fernando de Noronha (PE) seis veículos elétricos, sendo um Kangoo Z.E., dois Twizy e três Zoe.A iniciativa ocorreu no momento em que a região decretou o banimento da compra de veículos a combustão a partir de 2022, e visa tornar a mobilidade local sustentável. Só faltou combinar com a Celpe.A empresa pernambucana é responsável por gerar energia... Leia mais
25 JUL

Top Ten: carros nacionais que inovaram com itens que rivais nem sonhavam

O Saga não tinha o vinco lateral típico dos Miura (Acervo/Quatro Rodas)Na aridez de tecnologia que era o mercado fechado aos importados dos anos 80 e 90, o fora de série Miura Saga arrasava: portas com controle remoto, freios ABS e bancos e coluna de direção com ajuste elétrico. A expressão “só faltava falar” nem caberia, pois o esportivo gaúcho trazia um sintetizador de voz que dispunha de sete alertas falados.Chevrolet Chevette Junior: esta versão depenada do Chevette foi uma... Leia mais
25 JUL

Correio Técnico: como funciona o ajuste automático de altura do farol?

O ajuste automático de altura é obrigatório em alguns mercados europeus dependendo da tecnologia do farol (Divulgação/Volkswagen)Como funciona a regulagem automática de altura do farol? –  Yana Garcia, Curitiba (PR)Um sensor compensa a mudança na atitude do carro para evitar o ofuscamento dos outros motoristas.A lógica é simples: quando o veículo está mais pesado, sobretudo no porta-malas, a suspensão traseira afunda mais que a dianteira. Isso faz com que os faróis apontem... Leia mais
24 JUL

Esclarecimento: Caoa Chery divulga anúncio incorreto com QUATRO RODAS

Caoa Chery Tiggo 7 (Caoa Chery/Divulgação)A Caoa Chery iniciou nos últimos dias uma campanha publicitária na televisão em que citou um comparativo feito por QUATRO RODAS envolvendo o SUV médio Tiggo 7.O texto do informe afirma que o modelo “ultrapassou Toyota RAV 4, Honda CR-V, e venceu o Jeep Compass no comparativo da revista QUATRO RODAS”.De interpretação dúbia, a frase levou espectadores a acreditarem que QUATRO RODAS promoveu um comparativo múltiplo entre o Tiggo 7 e os... Leia mais