Novidades

31 MAR
Lei Ferrari: como a legislação interfere na compra do seu carro novo

Lei Ferrari: como a legislação interfere na compra do seu carro novo

Velhas parceiras, Hyundai e Caoa entraram num impasse contratual (Caoa/Divulgação)

Nova ela não é. Publicada em 28 de novembro de 1979, a lei número 6.729, apelidada de Lei Ferrari, tem a função de regulamentar a concessão comercial para o mercado automotivo nacional.

Na prática, essa lei define como deve ser a relação entre fabricantes e concessionários, e moldou o mercado automotivo brasileiro do jeito que ele é hoje.

QUATRO RODAS destrinchou a lei para esclarecer os detalhes desta relação.

Quando uma concessionária é estabelecida, recebe o direito de usar a marca que representa, mas também o dever de comercializar os veículos dessa marca, prestar assistência técnica e realizar atendimentos e revisões.

O contrato entre as duas partes pode, ou não, vedar a comercialização e a representação de veículos de outro fabricante.

O concessionário também pode escolher se participará de ações de venda promovidas pelo fabricante, como sorteios, planos de financiamento e consórcios, e estar resguardado de interferência do fabricante em sua gestão.

Ao fazer a concessão dos produtos, a fabricante deve limitar a área de atuação do concessionário, de modo que não haja duas concessionárias atuando na mesma região.

Abre-se exceção se ficar comprovada a necessidade de expansão do mercado automotivo naquele local, ou quando há extinção de determinada concessão.

Contudo, o consumidor é livre para comprar um veículo ou realizar serviços em qualquer concessionário, independentemente de onde more.

A quota de produtos que o concessionário terá direito deve ser ajustada entre as partes obedecendo critérios como capacidade empresarial, desempenho de comercialização e capacidade do mercado da área demarcada.

O ajuste pode ser anual, em função da rotatividade do estoque. 

Somente em alguns casos. Para administração pública ou corpo diplomático, a venda pode ser realizada sem passar pela rede de concessionárias.

Já para clientes especiais, como pessoas com deficiência por exemplo e frotistas, a venda deve passar pela rede de distribuição, que lucrará com a margem de comercialização do produto.

Ou seja: se o fabricante realiza ou participa de um evento, as vendas ali só poderão ser feitas por concessionários.

O artigo 8º da lei determina que todo concessionário fica obrigado a adquirir pelo menos 75% das compras anuais de componentes diretamente de seus concedentes – a fabricante dos automóveis.

Entretanto, caso o concedente deixe de fornecer os componentes necessários, o concessionário fica livre para adquirir as peças junto a outros fornecedores, sem afetar o índice de fidelidade.

A fabricante, por sua vez, pode exigir que o concessionário mantenha estoque proporcional à rotatividade dos produtos novos.

Mas o concessionário pode limitar seus estoques de componentes ao valor dos comercializados nos últimos três meses. 

A lei estabelece igualdade do preço de venda de veículos e peças aos concessionários, e também das condições de pagamento.

Mas cabe ao concessionário definir o preço de venda ao cliente, trabalhando suas margens. E isso não vale apenas para bens e peças, como também para serviços.

Até 1990, porém, o preço de venda era determinado pelo fabricante, que já considerava a margem do concessionário – e era proibido reduzir essa margem.

O prazo estabelecido para o contrato pode ser indeterminado ou, então, determinado pelo mínimo de cinco anos.

A lei ainda diz que, em caso de rescisão ou não renovação do contrato, o concedente deve recomprar todo o estoque e materiais do concessionário.

Por outro lado, se for o concessionário a rescindir o contrato, este deve arcar com uma multa de 5% sobre o valor de todos os produtos adquiridos nos últimos quatro meses.

A regra geral é não. Mas há duas exceções. A primeira é para concessionários da mesma rede, desde que seja obedecida a cota de até 15% para caminhões e 10% para demais veículos.

A segunda exceção é para vendas voltadas ao mercado externo.

Não é por causa da fabricante de Maranello. O nome foi dado em reconhecimento ao seu relator, o advogado Renato Ferrari. Seu nome sobrenome não poderia ser mais apropriado…

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

04 MAR

Longa Duração: Toyota Prius passa por recall; será que reparo deu certo?

Concessionária Sorana: recall executado em duas horas (Eduardo Campilongo/Quatro Rodas)Há duas maneiras de interpretar um recall: enxergando no chamamento de correção um rigor por parte da fábrica, que detectou uma falha num produto que já havia vendido ou uma desatenção que poderia ferir ou até matar alguém. Seja lá qual for o seu pensamento, o fato é que nenhum automóvel no mundo está livre de ser alvo de um recall. Veja só o Toyota Prius. Fruto de um projeto moderno e... Leia mais
04 MAR

Fiat sobe, Toyota despenca no ranking de carros mais vendidos de fevereiro

Corolla ficou abaixo da média no mês: 19º lugar (Divulgação/Divulgação)Fevereiro foi um mês positivo para a indústria automotiva brasileira, com 327.149 emplacamentos de automóveis e comerciais leves – crescimento de 25,2% em relação ao mesmo período de 2018.Quem também teve o que comemorar foi a GM, que viu o Chevrolet Onix registrar 18.392 unidades vendidas, apesar da sequência de seu polêmico plano de reestruturação local.São mais de 10 mil veículos de vantagem sobre o... Leia mais
04 MAR
Especial Óleo Lubrificante: quando vale a pena comprar o óleo a granel

Especial Óleo Lubrificante: quando vale a pena comprar o óleo a granel

Troca de óleo por sucção (ou à vácuo): prós e contras  (Christian Castanho/Quatro Rodas)O óleo a granel é comprado sempre na quantidade exata de que o cárter precisa (Acervo/Quatro Rodas)Quando se pensa em troca de óleo, logo vem à mente a clássica embalagem de 1 litro, que pode ser comprada em mercados, postos de gasolina, oficinas ou mesmo na concessionária. Pouca gente sabe, porém, que o óleo também pode ser adquirido a granel, isto é, vindo de um grande tanque. Isso é... Leia mais
04 MAR

Correio técnico: os bicos de injeção direta e indireta são iguais?

Os bicos dos motores com injeção direta são semelhantes aos utilizados em motores com injeção indireta? – William Veríssimo Ribeiro, São Paulo (SP)Os bicos de injeção indireta (azul) pulverizam o combustível no coletor de admissão; os de injeção direta (vermelha) fazem isso diretamente dentro do cilindro (Reprodução/Internet)O conceito é o mesmo, mas são componentes distintos.O bico injetor é uma válvula do tipo solenoide que libera uma quantidade precisa de combustível... Leia mais
04 MAR

Chevrolet Cruze sai de linha nos EUA menos de um ano após reestilização

A linha de montagem do Cruze foi encerrada na sexta (2) (Reprodução/Internet)A Chevrolet encerrou na última sexta-feira (1º), simultaneamente, a produção do Chevrolet Cruze nos Estados Unidos e no México.O modelo havia sido reestilizado em abril do ano passado, mas foi incluído no agressivo pacote de redução de custos da GM para a América do Norte.O Cruze foi reestilizado nos EUA em 2018 (Divulgação/Chevrolet)No México a saída do Cruze permitirá à marca aumentar a produção... Leia mais
03 MAR

Cápsula da SpaceX chega à Estação Espacial Internacional

A cápsula Crew Dragon, da SpaceX, conseguiu chegar com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS) às 7h51 (horário de Brasília) deste domingo (3). A informação foi confirmada pela Nasa, a agência espacial americana, e pela própria SpaceX. A Crew Dragon é a primeira nave construída e operada comercialmente capaz de ter uma tripulação a bordo. "Captura suave confirmada", confirmou a Nasa em seu Twitter neste domingo. Capture confirmed! After making 18 orbits of... Leia mais