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30 MAR
Estes Fiat 0 km ficaram 30 anos presos na loja e só agora foram vendidos

Estes Fiat 0 km ficaram 30 anos presos na loja e só agora foram vendidos

Duas das unidades do Tipo que ficaram paradas por quase três décadas (Kaskote Calcos/Divulgação)

Quando se vai negociar um carro com bons anos de mercado, a baixa quilometragem é um diferencial na hora de precificá-lo. O que dizer, então, de um veículo que tem 30 anos de vida, mas ainda é zero-quilômetro?

É o que acontece com alguns Fiat encontrados na cidade de Avellaneda, província de Buenos Aires (Argentina).

Veja como ficou a pintura deste Uno após tanto tempo abandonado (Kaskote Calcos/Divulgação)

Só que tem um agravante: diferentemente do BMW Série 7 conservado numa bolha, eles na verdade passaram quase três décadas abandonados em uma revenda abandonada e só agora ganharam um dono.

Será que o motor deste Tempra vai funcionar após tanto tempo sem uso? (Kaskote Calcos/Divulgação)

A loja em questão se chamava Ganza Sevel e era uma das mais importantes revendedoras Fiat da região até o começo dos anos 1990.

Caso o nome não lhe seja tão estranho, Sevel é uma subsidiária do grupo FCA dedicada à fabricação de automóveis, motores e componentes, que tinha uma filial na Argentina.

Um Tempra todo empoeirado antes… (Kaskote Calcos/Divulgação)

O mesmo Tempra após passar por uma bela lavagem (Kaskote Calcos/Divulgação)

Sua divisão hermana foi responsável por montar e comercializar modelos de Fiat, Peugeot e Alfa Romeo no país entre 1980 e 99, além de motores.

É por isso que muitos Fiat nacionais do período usavam um propulsor 1.6 conhecido como Sevel: tal usina vinha justamente da Sevel argentina.

Veículos foram resgatados de guincho (Kaskote Calcos/Divulgação)

Mas voltemos a falar da revendedora Ganza: segundo consta, ela era uma operação relativamente grande e saudável na região até o princípio da década de 90.

Este Duna (Prêmio) também foi recuperado (Kaskote Calcos/Divulgação)

Até hoje não se sabe ao certo o motivo pelo qual ela deixou de existir, mas diz-se à boca miúda que era gerida por pai e filho e ambos morreram em um intervalo muito curto de tempo. Depois disso, ninguém da família quis seguir com o negócio.

Hodômetro deste Tipo marca apenas 75 km rodados (Kaskote Calcos/Divulgação)

Desde então, a operação deixou de funcionar e os carros do estoque ficaram parados, juntando poeira.

As imagens divulgadas nas redes sociais mostram a presença de unidades do hatch médio Tipo, do sedã médio Tempra, dos compactos Uno e Duna (nome que o nosso Prêmio recebia no país vizinho) e até de um Peugeot 405 e de um Alfa Romeo 33 na extinta revenda.

Havia até um Peugeot 405 no local (Kaskote Calcos/Divulgação)

As relíquias foram redescobertas por um dos herdeiros do galpão. Ele pretende vender o espaço e, para isso, achou melhor se livrar antes dos automóveis ali parados.

Como os carros ficaram fechados, cabine deste Tipo está até muito bem conservada (Kaskote Calcos/Divulgação)

Por isso mesmo, achou que o melhor fosse vendê-los e encontrou um comprador disposto a comprá-los: a Kaskote Calcos, loja de Buenos Aires especializada em comercialização de automóveis usados.

Alguns carros ainda tinham plásticos na cabine… (Kaskote Calcos/Divulgação)

…Ou nos bancos (Kaskote Calcos/Divulgação)

O valor pago por cada unidade não foi divulgado, mas foi a Kaskote quem teve a iniciativa de “dar um tapa” nos veículos e tornar a história pública.

O decalque da extinta concessionária Ganza grudado na tampa do porta-malas do Uno (Kaskote Calcos/Divulgação)

Funcionários da empresa estão responsáveis por lavar, tirar toda a camada de poeira e fazer os reparos mecânicos necessários para que os veículos, todos com menos de 100 km registrados no hodômetro, voltem a funcionar.

O que será feito com esses carros? Sua nova proprietária ainda não sabe. Você estaria disposto a comprar um carro com uma história peculiar dessas? Se sim, quanto pagaria?

Fonte: Quatro Rodas

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