Novidades

27 MAR
VW Kombi faz 70 anos e ainda é o carro que mais ficou em linha no mundo

VW Kombi faz 70 anos e ainda é o carro que mais ficou em linha no mundo

A Kombi foi produzida em Wolfsburg, junto com o Fusca, até 1956 (Divulgação/Volkswagen)

Em 8 de março de 1950 saía da fábrica de Wolfsburg o Volkswagen Typ 2, que chegaria naquele mesmo ano ao Brasil, onde o modelo ficaria mais conhecido como Kombi.

E foi aqui no Brasil onde o furgão estabeleceu um recorde que tão cedo não será batido: o de maior tempo em produção sem grandes mudanças.

Volkswagen Plattenwagen: o motorista ficava atrás da carga (Divulgação/Volkswagen)

A ideia de Ben Pon, importador dos Volkswagen para a Holanda, era criar uma van baseada no chassi do Typ 1 (o Fusca). A inspiração teria sido os Plattenwagen usados no transporte de carga dentro da fábrica de Wolfsburg.

Esboço da Kombi feito por Ben Pon (Reprodução/Internet)

Mas, embora tenha dado origem a vários outros carros ao longo da história, o chassi do Fusca não era adequado para aquela proposta. Criaram, então, uma carroceria monobloco compatível com o conjunto mecânico do Fusca.

Pátio da Volkswagen, na Alemanha, com as várias versões da Kombi (Volkswagen/Divulgação)

Tudo começaria com o 1.1 boxer refrigerado a ar de 25 cv e com câmbio de quatro marchas não sincronizadas.

E o fim seria com um quatro-cilindros em linha 1.4 flex com injeção eletrônica de 80 cv, 63 anos e nove meses mais tarde, na fábrica da Volkswagen em São Bernando do Campo (SP).

1953: a primeira feita aqui (Divulgação/Volkswagen)

Foi a Brasmotor, empresa que também representava a Dodge, Chrysler, De Soto, Plymouth e Fargo no Brasil, a responsável pela importação da Kombi.

Ela iniciaria a montagem local, com peças importadas da Alemanha, em 1953 – um ano antes de fundar uma tal de Brastemp.

Esta Kombi 1950 é a única existente nas Américas com espaço para passageiros e carga (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

A fabricação nacional, de fato, só começaria em 1957 pelas mãos da própria Volkswagen.

As primeiras unidades tinham 50% de conteúdo nacional. O motor, agora 1.200 de 36 cv, ainda era importado e tinha manivela de partida, e o sistema elétrico era de 6 volts.

Linha de montagem da Kombi na Volkswagen, em 1958 (Acervo/Quatro Rodas)

Uma série de mudanças foram feitas na Kombi brasileira até seu fim, em 2013, vítima da lei que obrigava freios ABS e airbags dianteiros em carros novos.

Kombi Last Edition, a última produzida no mundo (Divulgação/Volkswagen)

Mas ela ainda preservava características da Kombi original (como a produção quase artesanal) enquanto a Europa já comprava a quinta geração do VW Transporter, completamente irreconhecível.

Morgan 4/4 tinha chassi com madeira e carroceria de alumínio (Arquivo/Quatro Rodas)

Um carro poderia quebrar o recorde da Kombi em breve. Ainda que tenha sido vendido sob encomenda, o roadster inglês Morgan 4/4 esteve em produção ininterrupta de setembro de 1955 até o final de 2019 com chassi de madeira e carroceria de alumínio. Foram 63 anos e quatro meses, ficando a apenas cinco meses de superar a Kombi. 

Os próximos candidatos ao título são modelos um tanto obscuros.

UAZ 452 Bukhanka (UAZ/Divulgação)

O UAZ-452 Bukhanka não tem apenas o formato em comum com a Kombi, como também o apelido (Bukhanka é “pão” em russo).

Está em produção há 55 anos, desde 1965, e tem motor 2.7 a gasolina de 112 cv dianteiro com tração 4×4 e caixa de transferência de duas velocidades.

Zamyad Z24, a avó perdida da Nissan Frontier (Zamyad/Divulgação)

Outro que tem grandes chances é o Zamyad Z24, em produção no Irã desde 1970. Trata-se da Nissan Junior, lançada no Japão no mesmo ano, e que bem mais tarde acabaria dando origem à Frontier.

Uma curiosidade é que o nome Z24 vem do motor 2.4 da lendária família Z, que, por sinal, deixou de ser produzida no Japão em 1989.

Uaz Hunter (Uaz/Divulgação)

Já o UAZ Hunter é nada mais que o UAZ-469, criado em 1971 para ser o jipe soviético com toque de modernidade na carroceria.

Além do motor do Bukhanka, esse jipe de meia idade também está disponível com um 2.2 diesel de 114 cv e tem opção de teto rígido ou de lona.

Lada Niva segue vivo na linha 2020 (Divulgação/Lada)

Outro russo na corrida é o Lada Niva, feito desde 1977 pela AvtoVAZ com a mecânica simples e o acabamento espartano de sempre.

Xodó dos russos e um autêntico 4×4, ele oferece atualmente a versão hatch (três portas) e wagon (cinco portas), mas já teve picapes de duas e quatro portas e até van.

Caterham Seven 275 S (Caterham/Divulgação)

Mas não podemos nos esquecer do Caterham 7, lançado em 1973 e que segue em produção ininterrupta até os dias atuais. Mas ele não tem apenas 47 anos.

Esse esportivo levinho é baseado no Lotus Seven projetado por Colin Chapman (fundador da equipe de Fórmula 1) e fabricado em sua empresa entre 1957 e 1972.

Quando Chapman decidiu interromper a produção do modelo, a Caterham, até então revendedora da Lotus, comprou os diretos. A produção foi retomada em 1973, mas com a terceira fase do Seven, que havia deixado de ser produzida em 1970.

Lotus 7 1968 (Lotus/Divulgação)

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

14 DEZ

É isso o que acontece quando se usa muita pressão no turbo

Motor seis cilindros 6.7 Cummins explodiu com os 10 bar de três turbos (Reprodução/Youtube) Não é só de motores V8 com compressor mecânico que vivem as corridas de arrancada nos Estados Unidos. Também existe uma vertente que usa grandes motores diesel capazes de gerar mais de 2.000 cv. Mas nem sempre a preparação dá certo. Os motores favoritos dessa turma são os seis cilindros da F-350 e da RAM 3500. É fácil extrair mais... Leia mais
14 DEZ
Multa será de R$ 1.467 para quem parar em vaga de idoso ou PCD

Multa será de R$ 1.467 para quem parar em vaga de idoso ou PCD

5% das vagas em estacionamentos públicos são destinadas a idosos– (Paulo de Tarso Campos/Quatro Rodas) Estacionar em vagas reservadas para idosos ou deficientes físicos de forma indevida pode gerar uma autuação de R$ 293,47, além da inclusão de sete pontos no prontuário da CNH pela infração gravíssima. Projeto do deputado Pedro Vilela (PSDB-AL) propõe majoração de cinco vezes o valor atual. De acordo com Vilela, essa... Leia mais
14 DEZ
Fiat convoca mais de 150 mil carros; Argo, Mobi e Uno envolvidos

Fiat convoca mais de 150 mil carros; Argo, Mobi e Uno envolvidos

Argo, Mobi e Uno convocados e 151.480 unidades no total (Christian Castanho/Quatro Rodas) A Fiat anunciou um recall que envolve 151.480 unidades de três modelos diferentes – o chamado é o décimo da marca em 2017. Desta vez, o motivo é uma falha no comando da chave de setas. De acordo com a fabricante, uma eventual falha do componente poderá resultar no não funcionamento das luzes das setas sem a ciência do motorista. Uno... Leia mais
14 DEZ
Adeus, DSG: novo Volkswagen Jetta terá câmbio de oito marchas

Adeus, DSG: novo Volkswagen Jetta terá câmbio de oito marchas

Sedã tem plataforma nova e segue nova tendência de estilo da Volks (Divulgação/Volkswagen) A nova geração do Volkswagen Jetta está pronta. O sedã será apresentado oficialmente no Salão de Detroit, em meados de janeiro, e deverá desembarcar no Brasil em meados de janeiro. Mas o segredo começou a acabar. A Volks adiantou o visual do seu novo sedã médio em desenhos – e eles confirmam flagra publicado em agosto. ... Leia mais
14 DEZ
Longa duração: O preço das peças de consumo natural

Longa duração: O preço das peças de consumo natural

Palheta dianteira, pastilha de freio, disco de freio, bateria, filtro de cabine, lâmpada e pneu: peças de consumo natural (Dulla/Quatro Rodas) Mais cedo ou mais tarde, uma lâmpada queima, uma bateria deixa de acumular carga ou o pneu fica careca. É só uma questão de tempo. E, quando isso acontece, toda a sua programação de gastos com o carro, pode ficar comprometida. Preparamos uma cesta de peças de desgaste natural e partimos para... Leia mais
14 DEZ
Lançar um modelo só na versão mais cara também tem seus riscos

Lançar um modelo só na versão mais cara também tem seus riscos

Equinox estreou na versão topo de linha Premier (Christian Castanho/Quatro Rodas) Na vida, aprendemos desde cedo que devemos começar por baixo para evoluirmos com o tempo. Na indústria automobilística, porém, essa regra é desrespeitada. Cada vez mais modelos estreiam só na versão cara e, tempos depois, ganham configurações mais baratas. O Kicks é um bom exemplo. Chegou em julho de 2016 na versão top, SL, seis meses mais tarde, em... Leia mais