Novidades

27 MAR
Novo Chevrolet Tracker: motor 1.2 aproveita muito do 1.0, mas o que muda?

Novo Chevrolet Tracker: motor 1.2 aproveita muito do 1.0, mas o que muda?

Novo Tracker tem dois motores que são muito parecidos entre si – e de propósito (Arte/Quatro Rodas)

A família de motores CSS Prime, que equipa os novos Chevrolet Onix e Onix Plus, e agora também o novo Tracker, é novinha. E segue estratégias interessantes para simplificar a produção e também as futuras manutenções.

Criados a partir de um motor usado pela Opel (falaremos mais disso adiante), os CSS Prime não têm injeção direta nem árvore contrarrotativa (usada para atenuar as vibrações típicas dos motores de três cilindros).

Mas tanto a versão 1.0 como a 1.2 (ambas de três cilindros) têm correia dentada imersa em óleo (em vez de corrente com dentes invertidos da versão original).

Além disso, o centro dos pistões foi deslocado do centro do virabrequim, a fim de reduzir o atrito e as vibrações em seus movimentos. Sem abandonar o turbocompressor nas versões mais potentes, claro.

Não poderia ser diferente: os dois compartilham o mesmo bloco, que é de alumínio.

Motor 1.0 Turbo gera 116 cv de potência e 16,8 mkgf de torque (com etanol) (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Enquanto o 1.0 tem diâmetro do pistão de 74 mm e o curso de 77,5 mm, o motor 1.2 recebe novas camisas dos cilindros, que aumentam o diâmetro dos pistões para 75 mm.

Já o curso passa a 90,5 mm com moentes do virabrequim maiores, assim como as bielas. E assim chega-se ao deslocamento de 1.199 cm³.

O turbo usado no 1.2 também tem especificações diferentes do componente usado na versão turbo. A Chevrolet  fala ainda em diferenças entre os cabeçotes.

Com tantas semelhanças, os dois motores também conseguem compartilhar boa parte de seus periféricos, o que facilita a produção em escala dos componentes – e que também reduzirá, futuramente, os custos de manutenção.

A Chevrolet diz que um Tracker, seja 1.0 ou 1.2, terá os custos de manutenção equivalentes aos de um Onix Turbo. Mas estes valores ainda não foram divulgados.

Por fora o novo motor 1.2 é praticamente igual ao 1.0 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

É possível ver a evolução dos números destes dois motores claramente. O 1.0 aspirado usado no Brasil é flex e tem 78/82 cv e 9,6/10,6 kgfm de torque, com gasolina e etanol, respectivamente.

Em outros mercados da América do Sul, as versões de entrada do Chevrolet Onix recebem o 1.2 de três cilindros aspirado com 90 cv e 11,7 kgfm de torque.

O 1.0 turbo flex gera, por sua vez, 116 cv e 16,3/16,8 kgfm de torque. Enquanto isso, o motor 1.2 turbo do novo Tracker tem 132/133 cv e 19,4/21,4 kgfm.

Já no México e em mercados dos Emirados Árabes, todos os Chevrolet Onix terão a versão a gasolina do motor 1.2 turbo, com 132 cv e 19,5 kgfm.

Seria muito insolente dizer que os CSS Prime vieram da fábrica de motores de Joinville (SC).

Eles são derivados de uma outra família de motores da General Motors, conhecida como SGE (small gasoline engine ou “motor a gasolina pequeno”, na tradução literal do inglês).

O motor 1.4 Ecotec do Cruze (e do antigo Tracker) e o 1.5 Ecotec do Equinox fazem parte dela. Mas o motor que nos interessa desta vez é o menor e único três cilindros da família.

Motor 1.0 3 cil. Ecotec da Opel tem coletor de escape na frente e de admissão atrás, ao contrário do CSS Prime (Divulgação/Opel)

Trata-se de um 1.0 extensamente utilizado pela Opel em Corsa, Karl, Adam e Astra.

A versão aspirada mais potente tem 75 cv e 9,7 kgfm, enquanto o turbo e a injeção direta o fazem chegar a até 115 cv e 17,3 kgfm. A presença deles é trunfo importante frente às duras regras de emissões europeias.

Curiosamente, as medidas internas do motor 1.2 da GM são exatamente as mesmas do três-cilindros 1.2 PureTech da PSA Peugeot Citroën, assim como o deslocamento total de 1.199 cm³. Hoje a Opel pertence à Peugeot, mas o Astra segue usando apenas motores da General Motors.

E foi a Opel quem usou pela primeira vez o motor 1.2 da família CSS Prime. Mas em uma versão que faz jus ao sobrenome “Prime”.

No Astra, atualizado em agosto de 2019, o motor 1.2 turbo tem injeção direta desde a versão de entrada, com 110 cv e 19,9 kgfm, até a mais potente, que gera 145 cv e 22,9 kgfm de torque.

Depois foi a vez do Chevrolet Trailblazer (o SUV médio chinês, não o grandalhão brasileiro derivado da S10) e do Buick Encore GX receberem este motor, mas com 138 cv e 22,4 kgfm.

Embora os Chevrolet Onix e Tracker tenham sido em grande parte desenvolvidos na China com a fabricante local Saic, eles vieram para o Brasil com motores diferentes.

Motores usados na China por Onix e Tracker são completamente diferentes (Divulgação/Chevrolet)

Na China, os dois compactos usam versões dos motores SGM, completamente diferentes em suas especificações internas e que combinam a injeção multiponto (no coletor de admissão) com a direta (dentro da câmara de combustão).

Não por acaso, seus números levam certa vantagem. Neste caso, o 1.0 turbo do Onix (o sedã, que por lá não precisa do sobrenome Plus) tem 125 cv e 18,3 kgfm.

Já o Tracker chinês usa um 1.3 turbo (1.349 cm³) nas versões mais caras. Ele entrega 165 cv e 24,5 kgfm. E o câmbio automático de seis marchas é trocado por um CVT.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

03 JUN

VW Virtus bate recorde de vendas em maio; Chevrolet Onix chega perto disso

Virtus nunca vendeu tanto no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)Maio foi o melhor mês de 2019, pelo menos para a indústria automotiva.Os 245.466 veículos emplacados no período representam uma alta de 21,6% sobre as 201.864 unidades de maio de 2018. Na comparação com abril, o crescimento foi de 5,83%.Considerando o acumulado do ano, as 1.084.975 unidades emplacadas nos primeiros cinco meses do ano representam alta de 12,47%.Onix segue líder de vendas no Brasil (Christian... Leia mais
03 JUN

Contra acidentes, França analisa lei que regula uso da patinete

A Assembleia Nacional francesa analisa, a partir desta segunda-feira (3), a lei que deverá regular a circulação das patinetes elétricas na França. Diante do aumento do número de acidentes, algumas medidas já foram tomadas. No início de maio, a ministra francesa dos Transportes , Elisabeth Borne, anunciou que a circulação de patinetes elétricas na calçada seria passível de uma multa de € 135 (cerca de R$ 591). A medida integra um conjunto de novas regras, incluídas em... Leia mais
03 JUN

Veja os 50 carros mais vendidos em maio de 2019 no Brasil

O mês de maio registrou alta de 21,6% nas vendas de veículos novos. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (3) pela Fenabrave, a associação das concessionárias. O Chevrolet Onix foi o veículo mais vendido do país, com mais que o dobro dos emplacamentos do segundo colocado, o Hyundai HB20. O hatch da Chevrolet emplacou 22.279 exemplares, contra 10.111 Hyundai HB20 e 9.484 Ford Ka. Completam o "top 10", Renault Kwid (8.661), Volkswagen Gol (8.317), Chevrolet... Leia mais
03 JUN

JAC traz ao Brasil caminhão elétrico com mais torque que motor V12 biturbo

Segundo a JAC, o iET 1200 é capaz de recarregar suas baterias em modo rápido em 2 horas (Divulgação/JAC)A ofensiva elétrica da JAC do Brasil anunciada pelo seu presidente, Sérgio Habib, à imprensa brasileira em Xangai já começou.Além do iEV40, que segue em pré-venda por R$ 153.990, a marca começou a oferecer em seus concessionários o caminhão elétrico iET 1200, por R$ 259.900. O utilitário tem PBT de 5,8 toneladas e exige CNH de categoria C.Seu motor elétrico de 177 cv e 122,4... Leia mais
03 JUN

Venda de veículos sobe 21,6% em maio, diz Fenabrave

A venda de veículos novos subiu 21,6% em maio, informou a associação das concessionárias, a Fenabrave, nesta segunda-feira (3). Foram emplacados 245.466 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no período, contra 201.864 unidades no mesmo mês de 2018. O desempenho mensal foi o melhor de 2019 até agora. Comparado a abril, quando 231.939 emplacamentos foram registrados, a alta foi de 5,83%. No acumulado do ano, o setor tem 1.084.975 unidades vendidas, o que... Leia mais
03 JUN

Nissan diz que vai rever aliança com a Renault em caso de fusão com a Fiat

A Nissan disse nesta segunda-feira (3) que a possível fusão entre Fiat Chrysler (FCA) e Renault pode afetar a sua atual aliança com a marca francesa. "Acredito que o potencial acréscimo da FCA como um novo membro da Aliança poderia expandir o campo de atuação para colaboração e criar novas oportunidades para novas sinergias", disse Hiroto Saikawa, CEO da Nissan, em comunicado. Aliança Volkswagen-Ford: o que se sabe até agora No final de maio, a ítalo-americana FCA... Leia mais