Novidades

20 MAR
Clássicos: FNM 2150, o sedã brasileiro refinado pelo toque da Alfa Romeo

Clássicos: FNM 2150, o sedã brasileiro refinado pelo toque da Alfa Romeo

Receita das pistas que rejuvenesceu um velho projeto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Primeira indústria automobilística do Brasil, a FNM (Fábrica Nacional de Motores) foi fundada em 1942 e em 1950 deu início à parceria com a também estatal Alfa Romeo.

Dez anos depois surgiu o FNM 2000 JK, nosso mais avançado automóvel de passeio. Rápido, veloz e muito estável, fez grande sucesso em nossos autódromos e foi sucedido pelo FNM 2150 em 1969.

A primeira aparição do FNM 2150 foi no Salão do Automóvel de 1968, ano em que a Alfa Romeo adquiriu o controle da FNM.

O mesmo estilo básico desde 1960 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Foi a ocasião perfeita para apresentar aperfeiçoamentos técnicos e estéticos capazes de mascarar a idade do projeto (que era dos anos 50) e assim garantir sua sobrevida até a chegada do Alfa Romeo 2300.

O elemento de estilo mais marcante do FNM 2150 era o capô baixo, inspirado na versão esportiva TIMB (Turismo Internacional Modelo Brasileiro) do FNM 2000.

Sob ele, estava o novo motor com 125 cv (10 a mais que o FNM 2000), graças à cilindrada aumentada de 1.975 cm³ para 2.132 cm³ e à nova taxa de compressão, que subiu de 7,25:1 para 8,25:1.

Essa receita foi desenvolvida pela equipe de competições da FNM e aprovada por grandes nomes das pistas, como Christian Heins e Chico Landi.

Cabeçote com duplo comando de válvulas e fluxo cruzado (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A escuderia encerrou suas atividades em 1962, mas equipes independentes continuaram se beneficiando do motor de alumínio e seu exclusivo cabeçote com duplo comando de válvulas e câmaras de combustão hemisféricas.

Outro avanço do FNM 2150 foi o servofreio, suavizando o acionamento dos enormes tambores ventilados nas quatro rodas em altas velocidades.

Os pneus radiais Pirelli colaboravam substancialmente para a elogiada estabilidade: a tendência ao subesterço nas entradas de curva era facilmente corrigida com uma pisada no acelerador.

Em destaque, o conta-giros é o maior dos instrumentos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Um dos opcionais mais interessantes era a alavanca de câmbio no assoalho, acompanhada do console central e dos bancos dianteiros individuais.

A vantagem desta configuração era melhorar o acionamento das cinco marchas e, assim, aproveitar melhor os altos regimes de rotação do motor: o conta-giros se destacava no painel por ser o único instrumento circular.

O novo fôlego do motor fazia do FNM 2150 um carro mais rápido que seu antecessor: a aceleração de 0 a 100 km/h caiu de 19 para 16 segundos, bom número para um grande sedã de 1.360 kg.

Imitação de jacarandá no painel (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A velocidade máxima de 154,21 km/h era alcançada em quinta marcha e podia ser mantida por várias horas sem superaquecimento ou queda na pressão de óleo.

O consumo médio de 9,4 km/l na estrada a 100 km/h era bom, considerando seu porte e desempenho, mas o FNM 2150 também tinha seus pontos fracos.

A direção era pesada em baixas velocidades; a vedação da carroceria, ineficiente; a qualidade de construção, precária; e a alta taxa de compressão exigia o uso da cara gasolina azul.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A idade do FNM 2150 foi realçada pela chegada de rivais como Dodge Dart e Chevrolet Opala, que, apesar de não terem o mesmo refinamento técnico, garantiam performance superior devido à elevada cilindrada de seus motores.

A hegemonia da escola norte-americana entre os automóveis de luxo havia sido estabelecida em 1967 com o lançamento do Ford Galaxie.

O velocímetro de escala horizontal foi abandonado no modelo 1970, que recebeu sistema de direção com acionamento mais leve e a opção dos freios dianteiros Girling a disco.

Um legítimo Alfa Romeo, mesmo sem ser (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O para-choque traseiro tornou-se uma única peça, a ponteira do escapamento foi reposicionada e o espelho retrovisor interno passou a ser fixado no teto e não mais no painel.

Vendido nas versões “normal” e “luxo”, esse foi o ano de maior sucesso do 2150, com 1.209 unidades produzidas.

O modelo 1971 adotou um novo volante de três raios, para-choque dianteiro inteiriço e teve a taxa de compressão reduzida para 7,5:1, possibilitando o uso da gasolina comum amarela.

O modelo 1972 das fotos é um dos últimos a serem produzidos, já com o icônico emblema salientando a presença do freio a disco, da câmara de combustão hemisférica e do câmbio de cinco marchas à frente.

Foram produzidas 3.070 unidades entre 1969 e 1972, número proporcionalmente superior ao alcançado pelo FNM 2000 JK..

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

28 AGO
Volkswagen confirma novo Golf para este ano e mostra primeira imagem

Volkswagen confirma novo Golf para este ano e mostra primeira imagem

A Volkswagen divulgou nesta quarta-feira (28) a primeira imagem oficial do novo Golf - porém, ainda camuflado. Ao mesmo tempo, a marca confirmou que a oitava geração do modelo será apresentada ainda em 2019. “Neste momento, não divulgaremos todos os detalhes do novo Golf, mas já é possível perceber suas proporções elegantes", disse o chefe de design da Volkswagen, Klauss Bischoff. O designer apontou ainda que os "detalhes mais refinados" do hatch estão escondidos. De... Leia mais
28 AGO
Citroën convoca recall do Jumpy por problema em cinto de segurança

Citroën convoca recall do Jumpy por problema em cinto de segurança

A Citroën anunciou um recall para unidades do Jumpy produzidas entre 2017 e 2019 pela possibilidade de liberação involuntária do cinto de segurança do passageiro lateral. Em maio, o furgão teve um chamado por problemas na suspensão. De acordo com a fabricante, o risco existe apenas quando o banco central dianteiro está ocupado. Isso porque o corpo da fivela do cinto central pode ter contato com o botão de liberação do cinto de segurança do passageiro ao lado. Para... Leia mais
28 AGO
Peugeot Expert tem recall por problema em cinto de segurança

Peugeot Expert tem recall por problema em cinto de segurança

A Peugeot anunciou um recall para unidades do Expert produzidas entre 2017 e 2019 pela possibilidade de liberação involuntária do cinto de segurança do passageiro lateral. Em maio, o furgão teve um chamado por problemas na suspensão. De acordo com a fabricante, o risco existe apenas quando o banco central dianteiro está ocupado. Isso porque o corpo da fivela do cinto central pode ter contato com o botão de liberação do cinto de segurança do passageiro ao lado. Para... Leia mais
28 AGO
Melhor Compra 2019: hatches usados a partir de R$ 14.000

Melhor Compra 2019: hatches usados a partir de R$ 14.000

Todos os anos, QUATRO RODAS seleciona as melhores compras de cada segmento para você levar para casa o carro ideal. É o Melhor Compra.A seguir, os melhores hatches usados do Brasil. Eles estão separados em categorias: até R$ 15.000; até R$ 20.000; até R$ 25.000; até R$ 30.000; acima de R$ 30.000. Consideramos custos de peças, seguro e revisões:1 – Peugeot 207 1.4 XR 2010 – R$ 14.000Ele já está fora de linha, mas tem de longe o melhor custo/benefício do trio: é o mais equipado... Leia mais
28 AGO
Ranking QUATRO RODAS: os carros mais econômicos e rápidos até agosto/2019

Ranking QUATRO RODAS: os carros mais econômicos e rápidos até agosto/2019

 Honda Civic SI (Leo Sposito/Quatro Rodas)*Consumo urbano (em km/l)Porsche 911 GTS (Leo Sposito/Quatro Rodas)**0 a 100 km/h (em segundos)Chevrolet Camaro SS (Leo Sposito/Quatro Rodas)*** Frenagem de 120 a 0 km/h (em metros)Aceleração: no 0 a 100 km/h, fazemos seis passagens (três em cada sentido da pista), descartamos a melhor e a pior e publicamos  a média dos quatro tempos válidos. Nos esportivos com controle de largada, fazemos todas as medições com o dispositivo... Leia mais
28 AGO
Impressões: novo BMW Série 1 na encruzilhada entre emoção e racionalidade

Impressões: novo BMW Série 1 na encruzilhada entre emoção e racionalidade

Nova geração do BMW Série 1 tem tração dianteira ou integral (Divulgação/Quatro Rodas)O BMW Série 1 passou pela mudança mais importante justamente nessa terceira geração: em vez da tração traseira, agora o hatch será movido pelas rodas dianteiras.Essa alteração pode desagradar potenciais clientes e ser positivo para outros. Mas é certo que alguns compradores sequer perceberão diferenças no caráter do carro.Tudo bem que ele ganhou mais espaço interno e está mais barato de... Leia mais