Novidades

06 MAR
Clássicos: Mazda RX-7 arrancava suspiros dos japoneses nos anos 90

Clássicos: Mazda RX-7 arrancava suspiros dos japoneses nos anos 90

Nelson Piquet foi um dos ilustres donos do RX-7 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A década de 90 foi marcada pela intensa disputa entre o mundo e a indústria automobilística japonesa.

Chevrolet Corvette, Porsche 964, Ferrari 348 e Lotus Esprit sentiram o peso da concorrência formada por Honda NSX, Mitsubishi 3000 GT, Nissan 300 ZX e Mazda RX-7.

A história do RX-7 começa em 1961, quando a Mazda firmou contrato com a alemã NSU para aprimorar o motor rotativo criado por Felix Wankel.

O conceito consiste em um rotor triangular que gira no interior de uma carcaça oval, movimento contínuo e suave devido à ausência do sobe e desce presente nos motores a pistão.

Após o encerramento da produção do sedã NSU Ro 80, em 1977, a Mazda tornou-se o único fabricante de larga escala a produzir automóveis com motor Wankel.

Maçanetas embutidas na moldura dos vidros: estilo e aerodinâmica (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em função do menor número de componentes, o Wankel é bem menor e mais leve que um motor convencional, ponto de partida para o desenvolvimento do RX-7.

Chamado Savanna RX-7 no Japão, ele foi apresentado em março de 1978.

Desenhado por Matasaburo Maeda, era um dos esportivos mais leves do mercado, com pouco mais de 1 tonelada distribuída igualmente entre os eixos (50/50).

Os 105 cv do motor 12A com dois rotores e 1,1 litro bastavam para levá-lo de 0 a 100 km/h em 9,5 s.

A máxima de 190 km/h era favorecida pelo bom perfil aerodinâmico. O câmbio manual de quatro marchas era de série, com opção manual de cinco marchas ou automática de três.

O sucesso no Japão foi imediato: sua alta potência específica contornava a política tributária do país, que penalizava motores com mais de 1,5 litro.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Com injeção eletrônica, o motor 13B de 1,3 litro e 135 cv foi adotado em 1983. Para conter o desempenho, as quatro rodas aro 14  receberam discos de freios ventilados e pneus 205/60.

Pouco depois, veio o Savanna RX-7 Turbo: com 165 cv, o revitalizado motor 12A antecipou o nível de performance que estava por vir.

Nitidamente inspirada no Porsche 944, a segunda geração apresentada em 1986 foi desenvolvida em torno das preferências do mercado norte-americano.

Nesse período, o RX-7 tornou-se consideravelmente mais pesado, mas incorporou avanços importantes como a caixa de direção com pinhão e cremalheira e a suspensão traseira independente.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O motor era sempre o 13B, aspirado (146 cv) ou turbo (182 cv). Ambos ficaram mais potentes após a reestilização de 1989: ganhou coletor de admissão variável para atingir 162 cv.

Os 203 cv faziam a versão Turbo ir de 0 a 100 km/h em 6,3  s e a máxima de 240 km/h deu uma ideia do que a Mazda guardava para a terceira geração.

O mais belo RX-7 surgiu em 1992, com linhas fluidas e atemporais. Sua maior novidade era o motor 13B-REW de 255 cv com dois turbos sequenciais desenvolvidos em parceria com a Hitachi.

Com 1.300 kg, a terceira geração foi testada pela QUATRO RODAS: chegou a 239,6 km/h após acelerar de 0 a 100 km/h em 6,12 s.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

“O que mais impressionou foi o tamanho do motor 13B-REW, pouco maior que uma caixa de sapatos”, conta o jornalista Douglas Mendonça, responsável pelo teste na pista de Viracopos.

“O RX-7 usava o que havia de melhor, mas infelizmente a Mazda não eliminou os problemas do motor Wankel, mesmo após vencer as 24 Horas de Le Mans com o protótipo 787B.

Devido ao alto consumo e às normas de emissões cada vez mais rígidas, o RX-7 deixou o mercado americano e britânico em 1996. Chegou até os 280 cv, limite definido por acordo entre as marcas japonesas.

A produção foi encerrada em 2002, para tristeza dos fãs dos motores Wankel.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

06 FEV

Indústria de carros brasileira teve déficit de R$ 100 bilhões em 10 anos

A Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou nesta quinta-feira (6) um balanço de evolução do mercado brasileiro na última década, entre 2010 e 2019.De acordo com o órgão, a indústria automotiva nacional registrou um déficit de US$ 24 bilhões no período, o que, na atual conversão entre dólar e real, equivaleria a R$ 102 bilhões.Em seu cálculo, a Anfavea leva em conta, com dados do Banco Central do Brasil, o balanço entre aportes financeiros... Leia mais
06 FEV
Novo Chevrolet Equinox ganha faróis divididos e versão esportivada

Novo Chevrolet Equinox ganha faróis divididos e versão esportivada

A nova grade divide os faróis em dois andares (Divulgação/Chevrolet)Os chineses acabaram com o segredo, mas os norte-americanos serão os primeiros a receber o novo Chevrolet Equinox no segundo semestre, já como linha 2021.Essa atualização de meia-vida garantiu uma mudança completa na dianteira do SUV médio, que passa a ter faróis divididos como manda uma tendência de design também vista em outros fabricantes. Mas no caso do Equinox é a grade que divide os conjuntos ópticos: a... Leia mais
06 FEV
Teste de produto: pulverizador promete economizar até 60% de combustível

Teste de produto: pulverizador promete economizar até 60% de combustível

O Auto Flexx é instalado na mangueira de combustível (Paulo Bau/Quatro Rodas)Em época de recessão, economia para o bolso soa como um deleite aos nossos ouvidos, sobretudo com o combustível, o principal vilão para quem usa automóvel. Aproveitando-se desse apelo, o economizador Auto Flexx seduz seus potenciais clientes com a promessa de diminuir o consumo de etanol ou gasolina entre 20 e 60%.Fabricado em Manaus (AM), o dispositivo é um tubinho plástico de 14 cm, que funciona como um... Leia mais
06 FEV
Raio X: manter um Honda Fit pode não ser tão barato quanto parece

Raio X: manter um Honda Fit pode não ser tão barato quanto parece

Espaçoso e versátil, o Fit consegue atender aos mais diversos perfis de consumidores (Divulgação/Honda)O Honda Fit é um carro curinga: seu espaço interno e de porta-malas atende os mais diversos perfis de compradores.E periga todos eles se sentirem satisfeitos com o motor 1.5 de 116 cv e com o câmbio CVT que simula sete marchas.Tabelada em R$ 85.400, a versão EXL está bem longe se ser considerada barata, mas já tem faróis full-led (que não são caros), controles de estabilidade e... Leia mais
06 FEV
China rejeita motores de Onix e Tracker, e faz GM voltar aos 4-cilindros

China rejeita motores de Onix e Tracker, e faz GM voltar aos 4-cilindros

Na China também tem Onix sedã, mas ele chama apenas Onix (Reprodução/Internet)A General Motors já trabalhava em seu plano de levar para o mercado chinês apenas modelos com motor três-cilindros.Também por conta dessa decisão, a marca norte-americana viu 2019 entrar para a sua história com o amargo mote de “o pior desempenho na China desde 2012”.Traduzindo em números: ao vender 3,09 milhões de veículos no gigante asiático, a GM viu um encolhimento de 15% em relação a 2018.De... Leia mais
05 FEV
VW Virtus russo tem cara de Jetta e faróis de led, mas base de Polo antigo

VW Virtus russo tem cara de Jetta e faróis de led, mas base de Polo antigo

Frente do novo Polo lembra o Jetta (Divulgação/Volkswagen)O Volkswagen Virtus foi criado exclusivamente para mercados latino-americanos, mas tem origem nobre: o Polo europeu, com plataforma MQB A0. Mas não se pode dizer o mesmo do novo VW Polo russo.Vendido há quase 10 anos no país, o sedã compacto deixará de ser baseado na geração anterior do Polo para se tornar uma versão Volkswagen do Skoda Rapid.Tampa do porta-malas se abre junto com o vidro traseiro (Divulgação/Volkswagen)Na... Leia mais