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Desde que a Fiat Weekend foi aposentada no Brasil, já não resta nenhuma perua nacional à venda. E, pior que isso, não há opções abaixo dos R$ 213.950 – o Volvo V60 é o modelo mais barato da categoria atualmente.

Para os fãs desses veículos familiares (que não cederam aos SUVs) e não querem levar o modelo sueco a casa, sobram apenas quatro alternativas: Audi A4 Avant e RS 4, Mini Clubman e Porsche Panamera Sport Turismo.

Confira os detalhes de cada “sobrevivente”:

O modelo atual estreou por aqui em 2016 e deverá ganhar atualizações no visual nos próximos meses, considerando que a reestilização já está disponível nas lojas europeias há quase um ano e ainda não chegou aqui.

A A4 Avant foi a perua (entre as que continuam à venda) mais emplacada em 2019: apenas 252 unidades no acumulado do ano. Para ter ideia, o Porsche 911, que é mais caro e menos prático, vendeu 259 carros no período.

Disponível em apenas uma configuração, o representante da Audi oferece rodas aro 18, faróis full-led, quadro de instrumentos digital, teto solar panorâmico e bancos dianteiros esportivos. Já o motor 2.0 turbo tem 190 cv.

Neste caso, vale até uma licença poética, já que o RS 4 é perua por mera coincidência do destino. Independentemente da carroceria, o grande destaque desse modelo é o desempenho esportivo – e descendência do RS2 Avant.

O antigo motor V8 4.2 aspirado foi trocado nesta geração pelo V6 2.9 biturbo com os mesmo 450 cv de potência de antes. Só que o torque saltou de 43,8 kgfm a 61,2 kgfm na mudança. Na pista, chegou aos 100 km/h em 4,2 s.

Se considerarmos o modelo independente do A4 Avant (como de fato é tratado pela Audi), ele é praticamente o único sem equivalente de outra carroceria – a exceção é o esportivo Mini John Cooper Works Clubman All4.

Talvez por já saber que as peruas representam apenas um nicho do nosso mercado nos dias atuais, a marca decidiu trazer o Clubman somente na opção topo de linha – e mais agressiva ­– com meta de vender só 100 por ano.

Com motor 2.0 turbo de 306 cv de potência e 45,8 kgfm de torque, sempre associado ao câmbio automático de oito marchas e sistema de tração integral, a marca garante que o (quase) familiar chega aos 100 km/h em apenas 4,9 s.

Ainda que não haja tanto espaço interno (o porta-malas, por exemplo, tem 360 litros como o antigo BMW Série 1), a perua oferece itens como teto solar panorâmico e ar-condicionado de duas zonas para agradar toda a família.

Por incrível que pareça, o Panamera Sport Turismo mais barato não é aquele de pior desempenho: se quiser “economizar”, acabará levando o 4 E-Hybrid com motor V6 2.9 biturbo associado a outro elétrico capazes de render 462 cv.

Com pacote de equipamentos e porte praticamente iguais às versões tradicionais, a perua se destaca pela maior capacidade de carga, que salta de 405 l a 520 l, e pelo acesso facilitado ao porta-malas graças à tampa traseira maior.

Para quem procura (ainda mais) esportividade, há até a configuração topo de linha – Panamera Turbo S E-Hybrid Sport Turismo, que concorre ao maior nome de carro – com V8 4.0 biturbo em conjunto com elétrico que somam 680 cv.

Volvo V60 T5 Momentum: motoristas da marca sueca foram os mais bem avaliados da Inglaterra (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A perua da Volvo detém o título de perua mais barata à venda no Brasil. E se ainda está longe de ser acessível a boa parte dos consumidores, ao menos é mais em conta que o SUV XC60, que parte de R$ 259.950 na opção T8 Momentum.

Linha descendente do teto garante o visual esportivo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Com a relação custo/benefício jogando a favor do modelo, ele chega bem equipado e também aposta na esportividade como principal aliado na hora de convencer quem estiver interessado, com bom fôlego e posição baixa para dirigir.

Pena que, por estar disponível em configuração única no país e sem opcionais, como câmera de ré e teto solar panorâmico. Só que a lista de equipamentos já inclui piloto automático adaptativo e alerta de mudança de faixa que atua na direção.