Novidades

28 FEV
Morre o Chevrolet Impala, carro que ajudou a dar vida ao nosso Opala

Morre o Chevrolet Impala, carro que ajudou a dar vida ao nosso Opala

Primeiro Impala foi uma versão de luxo do Bel Air (Reprodução/Internet)

Completando 63 anos de sua estreia no mercado norte-americano, o Chevrolet Impala deixou as linhas de produção em Detroit, Estados Unidos, nesta sexta-feira (28).

O modelo é um dos mais vendidos dos Estados Unidos e teve três fases de produção: a primeira, de 1958 a 1985; a segunda, de 1994 a 1996; a terceira, de 2000 até hoje.

Sua estreia aconteceu logo quando a fabricante completava 50 anos de atividade, sendo uma versão de luxo do lendário Bel Air.

No início de sua fabricação, as seis lanternas eram características do modelo (Reprodução/Internet)

Junto com o novato, outros modelos também chegavam ao mercado: Cadillac Eldorado Seville, Buick Roadmaster Riviera, Oldsmobile, etc.

No entanto, o Bel Air Impala se diferenciava pelo conjunto duplo de faróis na frente e as seis lanternas traseiras.

Adotando o “life style” norte-americano, o veículo alcançou a marca de 180.000 unidade vendidas em seu primeiro ano de venda – número equivalente a 15% da produção total da marca estadunidense.

Ele podia ser encontrado com o propulsor Blue Flame de seis-cilindros em linha e 3.8 litros de 145 cv, compartilhado dos primeiros Corvette, ou com um V8 Turbo Fire de 4,6 litros que podia ser encontrado nas variações de 185, 230 e 250 cv.

O propulsor mais potente disponível para o veículo era um V8 Turbo Thrust de 5,7 litros, com calibrações de 250, 280, 300 e 315 cv de potência.

Dois anos se passaram e chegou a década de 1960. A data marcou a independência do sedã luxuoso, que deixou de ser uma versão do Bel Air e se tornou um modelo independente com configurações cupê, perua e conversível.

A traseira asa de gaivota é a mais querida entre os fãs do modelo (Reprodução/Internet)

O veículo passou a ter seus próprios traços. Na parte frontal, a dupla de faróis ainda era compartilhada do Bel Air, porém a grade alinhada ao conjunto óptico e o pára-choque em linhas retas, davam uma nova personalidade ao modelo.

O veículo trocou as linhas arredondadas de seu passado e passou a abusar dos vincos.

A traseira era o que mais chamava a atenção no modelo. As seis lanternas ainda estavam lá e ficavam entre o para-choque cromado e as asas de gaivota – formato originado dos vincos do tampão traseiro.

Porém as mudanças ainda não chegavam ao cofre do motor e o Impala seguia com os motores de quando era uma versão luxuosa do Bel Air.

Observando o sucesso que a Nascar fazia entre os norte-americanos, a Chevrolet criou uma versão esportivada do Impala: a SS – foi aí que surgiu a sigla que está presente até hoje nos veículos da marca.

Assim como aconteceu com o Opala SS aqui no Brasil – aliás, o nosso Opala teve seu nome e algumas partes de seus traços inspiradas no Impala, além de herdar a base do motor seis-cilindros, embora sua carroceria tivesse como base o Opel Rekord –, a versão mantinha a motorização que já estava no catálogo, porém ganhava alguns itens exclusivos.

O câmbio deixou de ser na coluna de direção e foi colocado no túnel central do veículo. O conjunto de rodas e pneus eram novos, bem como os freios, a suspensão e o sistema de direção com assistência.

Mas com o sucesso do SS, a empresa resolveu dar uma nova opção de trem de força para a versão: V8 de 6,7 litros e 431 cv de potência.

Veículo perdeu vincos mais agressivos para se adequar a tendência do mercado (Reprodução/Internet)

O Impala ainda tinha poucos anos de vida quando recebeu sua segunda geração. Com a tendência de mercado voltada à veículos com visuais mais simples, a Chevrolet logo deu novas linhas ao modelo.

O veículo ainda lembrava a geração anterior por conta da grade frontal, alinhada aos duplos faróis nas extremidades, e da traseira, que seguia com as seis lanternas.

No entanto, a carroceria passou a adotar o estilo fastback, deixando para trás todo o estilo do modelo anterior e, consequentemente, o glamour dos rabos de peixe na traseira.

Começou aí o declínio do sedã. A chegada dos muscles cars em meados da década de 1960 ganhou o mercado automotivo norte-americano.

Menores e motores mais ajustados, os veículos tinham desempenho melhor que os modelos anteriores comercializados nos EUA. O golpe foi forte e logo de início a versão SS do modelo entrou em extinção.

Modelo do meio da década de 1960 era ameaçado pelos muscle cars (Divulgação/Chevrolet)

Na virada para a década de 1970, o Impala teve o seu pior momento no mercado.

Com a chegada de veículos europeus, novos segmentos de mercado foram instalados e as fabricantes norte-americanas passaram a repensar o uso de seus motores big blocks, que perdiam prestígio entre os compradores por serem gastões e de potência limitada.

Foi então que veio quarta geração do modelo. A reestilização deu ao veículo um visual mais clássico e atualizado (para época), as grade frontal seguia lá, porém, não eram mais conectadas aos faróis, o capô era inédito e as novas linhas somada as quatro portas, deixavam o carro com aspecto mais familiar.

No entanto, ele não abandonou o motor V8, que era ainda maior e tinha 7.4 litros e 390 cv de potência.

Ele parecia ter a receita ideal para ganhar novamente o mercado dos Estados Unidos, era grande e confortável e contava com opcionais como ar-condicionado e toca fitas.

Porém, os planos da marca norte-americana foram por água abaixo depois de dois fortes golpes. O primeiro foi em 1972 com as novas normas de emissão de poluentes e um ano depois veio a crise do petróleo.

Com isso, a potência do grande V8 foi reduzida para apenas 270 cv e o consumo de combustível foi elevado, porque era necessário mais combustão para arrastar os 5,6 metros de aço do Impala.

Não deu outra, os compradores passaram a buscar veículos menores e de consumo mais baixo.

O projeto tinha tudo para dar certo, mas mudanças nos Estados Unidos prejudicaram o sucesso do modelo (Divulgação/Chevrolet)

A medida encontrada pela Chevrolet, no final da década de 1970, foi dar uma nova geração ao veículo, desta vez 300 kg mais leve, mas sem perder o grande motor.

O visual antigo do modelo havia entrado em extinção e apenas o nome era levado adiante. Os faróis e lanternas agora eram retangulares na horizontal, abandonando os últimos detalhes arredondados que marcaram época no início da década de 1960.

A reestilização deu mais oito anos de vida ao sedã, que teve a produção interrompida pela primeira vez em 1985.

Impala tinha design distinto de seus ancestrais e não durou mais que dois anos (Divulgação/Quatro Rodas)

Nove anos depois, a Chevrolet tentou um retorno e ofereceu um novo Impala que não carregava nenhuma lembrança de seus antecessores, a não ser a motorização: V8 de 260 cv.

Porém, não obteve sucesso e, após dois anos de fabricação, saiu de linha pela segunda vez.

A saída precoce do mercado na década de 1990 deu espaço para o sedã retornar ao catálogo de veículo da GM nos Estados Unidos em 2000.

Ele não esbanjava torque e potência como os grandes “vêoitões”, mas ganhou dignos motores V6 de variantes 3.4 e 3.8.

O Impala durante muitos anos foi viatura da polícia norte-americana (Reprodução/Internet)

O veículo já pertencia a um novo nicho no mercado, porém não deixou de ganhar sua versão mais esportiva. Em, 2004 o SS foi relançado, mas sem V8. Desta vez, viria equipado com o mesmo motor V6 de 3,8 litros já disponível na gama GM.

Dois anos depois, chegou uma nova geração. Ainda prestigiada, foi apresentada no Salão de Los Angeles daquele ano e apresentava nova plataforma e também novos motores V6 de 3,5 e 3,9 litros, além da volta de um V8 de 5,3 litros destinado ao SS.

A última geração do Impala foi reestilizada em 2014 (Divulgação/Quatro Rodas)

A última atualização antes do adeus foi em 2014. O modelo passou a se adequar a filosofia de design da marca e ganhou linhas iguais ao dos outros modelos da GM, deixando de lado a personalidade das décadas de 1960 e 1970.

Embaixo do capô, os motores seguiram as tendências atuais. Os grandes propulsores ficaram para trás e deram (muito) espaço para os pequenos quatro-cilindros de 2,4 (182 cv) e 2,5 (195 cv) litros, além de um V6 3.6 de 303 cv.

Neste ano, o veículo deixa pela terceira vez de ser produzido, desta vez devido à queda acentuada das vendas anuais e sem muita perspectiva de que .

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

07 FEV
Nova Fiat Strada confirma cabine dupla e lanternas de Toro

Nova Fiat Strada confirma cabine dupla e lanternas de Toro

Silhueta e detalhes remetem à irmã maior Toro (Divulgação/Fiat)A nova Fiat Strada deverá ser apresentada no mês de abril. Mas, enquanto isso não acontece, a marca aproveitou para divulgar a primeira imagem oficial da picape – que confirma a opção de cabine dupla com quatro portas e as lanternas com estilo de Toro.Apesar elementos emprestados do Mobi, como portas dianteiras e para-lamas, a impressão (ao menos nessa prévia) é de que a novidade se inspirou na irmã maior para... Leia mais
07 FEV
Contra o Golf, novo Renault Mégane RS tem motor de 300 cv e versão híbrida

Contra o Golf, novo Renault Mégane RS tem motor de 300 cv e versão híbrida

– (Divulgação/Renault)Longe do Brasil, o Renault Mégane chegou à quarta geração na Europa e recebeu uma atualização tanto de visual quanto de motorização.O objetivo é alinhar o modelo ao Euro 7, que permite apenas 95 gramas de emissão de CO2 por quilômetro rodado – que entrará em vigor em 2021.Além disso, a empresa francesa busca uma forma de concorrer com o Volkswagen Golf.Ambos os veículos disputam a mesma categoria no velho continente e, em sua oitava geração, o modelo... Leia mais
07 FEV
Flagra: novo Renault Sandero chega em 2022 e terá família com 4 carros

Flagra: novo Renault Sandero chega em 2022 e terá família com 4 carros

Flagra da nova geração do Renault Sandero na Europa (Auto Express/Reprodução)A Renault lançou em julho do ano passado a reestilização de meia-vida da segunda geração de Sandero e Logan.Apesar das mudanças discretas na dianteira – apenas a traseira do hatch recebeu uma repaginação mais destacável –, a introdução do câmbio CVT na configuração 1.6 deu à família de compactos fôlego para seguir no mercado por mais alguns anos.É claro, porém, que a fabricante francesa já... Leia mais
07 FEV
Novo Audi Q3: veja todos os preços, versões e itens de série do SUV

Novo Audi Q3: veja todos os preços, versões e itens de série do SUV

Opção mais barata do Q3 está à venda por R$ 179.990 (Divulgação/Audi)O novo Audi Q3 chegará às lojas neste mês em três versões – e preços a partir dos R$ 179.990. Só que, diferentemente da geração anterior, feita no Brasil, agora o SUV será importado da fábrica de Györ, na Hungria. Pelo menos até 2021.Em comum, todas as configurações do modelo terão motor 1.4 TFSI turbo a gasolina com 150 cv de potência e 25,5 mkgf de torque, sempre associado ao câmbio automático de... Leia mais
06 FEV
Salão de SP tenta contornar saída de marcas com app e prêmios a visitantes

Salão de SP tenta contornar saída de marcas com app e prêmios a visitantes

Até o momento, 14 marcas já desistiram da participação no Salão do Automóvel (Salão do Automóvel/Divulgação)Apesar das recentes desistências para o Salão do Automóvel de São Paulo deste ano – até agora, 14 marcas estão fora –, a Reed Exhibitions, organizadora do evento, dará até prêmios para aumentar a participação do público na próxima edição.Segundo apuração da QUATRO RODAS, os visitantes terão um aplicativo para celular e poderão visitar os estantes para... Leia mais
06 FEV

Vídeo: novo Nissan Versa é rival à altura do Chevrolet Onix Plus?

A nova geração do Nissan Versa chegará ao Brasil em junho. Maior e mais equipado, o sedã será importado do México apenas nas versões mais caras.O motor 1.6 16V deverá ser o mesmo do anterior – e igual àquele do Kicks –, mas há recursos como frenagem de emergência e alerta de tráfego cruzado.Quer conhecer todos os detalhes do mini-Sentra? QUATRO RODAS já foi conhecer de perto a novidade e também dirigiu o modelo que virá ao nosso país.Não esqueça de ativar as notificações... Leia mais