Trilha da Torre Digital, em Brasília (DF): depois da terra, morro com erosões radicais (Péricles Malheiros/Quatro Rodas)
Assim como o C4 Cactus foi fazer uma revisão em Brasília (DF), o Outlander também deu uma passada na capital do Brasil no último mês. E, igualmente, o Mitsubishi saiu de São Paulo com uma missão a cumprir por lá: encarar uma trilha sob olhares de quem vive se divertindo nelas.
Nosso passeio pela Trilha da Torre Digital foi acompanhado por integrantes do CJ5 – Clube do Jeep de Sobradinho (DF). Antes do trecho mais radical, um deslocamento de cerca de 6 quilômetros por estrada de terra.
O editor de Longa Duração, Péricles Malheiros, conta: “Logo notei que eles não andam colados uns aos outros. Além da questão da segurança, muitos jipes de trilha nem sequer têm vidros. Então, é preciso rodar a uma boa distância do carro da frente para não ficar em meio à nuvem de poeira levantada pelas rodas.
“Quando chegamos à trilha propriamente dita, levei um susto. Era uma subida íngrime e acidentada, com erosões profundas. Bastava um movimento descoordenado de volante e pedais para causar um dano ao carro. Pensei em voltar”, diz Péricles, que acabou seguindo adiante, após ser tranquilizado pelos jipeiros.
“Agora, quem praticamente vai dirigir o carro é o Marcelo Esdras, o zequinha mais experiente do DF. Você só vai executar as manobras que ele indicar”, disse Marcelin Barros, presidente do CJ5, apontando para o colega, que já estava à frente do Outlander e de costas para a ladeira – zequinha é como são chamados os superassistentes dos jipeiros.
Esdras não ficava a mais do que 4 metros de distância, escolhendo por onde as rodas deveriam passar. Com a tração 4×4 reduzida ativada, os pneus (para asfalto!) raramente giraram em falso – mérito também da suspensão, competente na missão de manter as rodas em contato com o solo.
Obediente, o Outlander avançou com conforto até o trecho em que Esdras decretou: “Daqui pra frente, sem chance. Somente os jipes muito mais altos conseguirão passar. O caminho fica estreito e acidentado demais”. Não chegamos ao mirante do morro, mas ouvimos muitos elogios na despedida dos aventureiros.
“Incrível como um carro desse porte, sem nenhuma preparação, chegou até aqui”, disse Marcelin. “Passei a respeitar o Outlander como um legítimo 4×4. Não fazia ideia de que ele poderia vencer a trilha com tamanha facilidade”, comentou Esdras.