Novidades

20 FEV
Grandes Brasileiros: VW 1600, o carro que herdou o apelido de Zé do Caixão

Grandes Brasileiros: VW 1600, o carro que herdou o apelido de Zé do Caixão

VW 1600 ganhou o malfadado apelido “Zé do Caixão” (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

Texto da edição nº 493 – agosto de 2001

Mesmo dominando a paisagem brasileira com seus carros, capitaneados pelo Fusca, a Volkswagen não dormia no ponto.

Enquanto a Willys – e depois a Ford, que assumiu seu controle acionário -, tocavam o projeto do futuro Corcel, a Volks já estava trabalhando no seu carro médio com a intenção de perpetuar a hegemonia no mercado.

Em 1966 começaram os estudos do B-135. Esse código escondia os planos de um modelo quatro portas que seria o antídoto para o bote da concorrência.

 (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

Teria basicamente a “indestrutível” mecânica do Fusca 1300, com o motor traseiro refrigerado a ar e uma suspensão dura e resistente.

E sairia com maior conforto e espaço interno que o irmão mais velho, além de ser equipado com um motor mais potente, de 1600 cilindradas (exatos 1584 cc, com 60 cv de potência).

Depois de aprovado nos testes de túnel de vento da matriz alemã e de vários protótipos rodarem mais de 300.000 km por aqui, o carro ficou pronto no final de 1968.

 (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

Confiante no seu design, a campanha de lançamento afirmava que não era necessário abrir mão da tradicional mecânica só por causa de linhas mais bonitas.

Enquanto o Corcel disparava nas vendas, o sedã 1600 empacou na dificuldade do público de enxergar a beleza que a fábrica anunciava.

E o que é pior: ganhou um apelido que enterrou de vez as expectativas nele depositadas pela VW. Graças às linhas retas, ou às três grandes alças que tinha junto ao teto, foi chamado de “Zé do Caixão”.

 (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

Esse é o nome artístico de José Mojica Marins, na época um jovem criador de filmes de terror que ficou internacionalmente conhecido entre os apreciadores do gênero como “Coffin Joe” e que, infelizmente, morreu na última quarta-feira (19), em São Paulo, em decorrência de uma broncopneumonia aos 83 anos.

Não é necessário dizer que a carreira do “Zé” (o carro, não o diretor) teve a duração de um curta-metragem.

Em 1970 saiu de linha, rejeitado pelos consumidores mas aclamado pelos taxistas, que viam nele uma opção ao Fusca com mais portas e capacidade de carga. Mas igualmente confiável.

 (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

É fácil entender o sucesso que ele fez na “praça”. Basta uma volta no sedã 1600 para entrar no mundo dos velhos VW refrigerados a ar.

Ao dar a partida, ouve-se o clássico som do motor de quatro cilindros trabalhando suave. Com a primeira engatada, uma leve pressão no acelerador é suficiente para o 1.600 sair e ganhar velocidade.

 (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

As trocas de marcha são precisas e o curso da alavanca é curto. O motor, elástico, não pede freqüentes reduções de marcha. Mesmo sem ser assistida, a direção é fácil de manejar e o acabamento do volante, de empunhadura fina, é uma referência até hoje.

Em compensação, o painel é muito simples, com um revestimento plástico imitando jacarandá. Devido à grande área envidraçada, sua visibilidade é ótima em todas as direções. E atrás o espaço é bom para dois adultos.

 (Sérgio Berezovsky/Quatro Rodas)

O 1600 quatro portas avaliado foi comprado por José Olimpio Viani em 1988 e sua quilometragem atual mal chega aos 30.000 km. Suas portas fecham com a precisão do dia em que saiu da fábrica.

Não se ouvem ruídos de suspensão, mesmo rodando em ruas de paralelepípedos como as de São Sebastião do Paraíso, onde o José e o “Zé” desfrutam da mesma popularidade na pequena cidade do Sul de Minas.

São poucos os VW 1600 sobreviventes. Em sua breve existência, o sedã deixou filhotes: a perua Variant e o TL, modelo hatch de duas e quatro portas. E dessa linhagem nasceu em 1973 a Brasília, o mais famoso representante da dinastia 1600.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

17 JUL
Fiat inaugura laboratório para testes de colisão de veículos na montadora em Betim, na Grande BH

Fiat inaugura laboratório para testes de colisão de veículos na montadora em Betim, na Grande BH

A Fiat Automóveis inaugurou nesta quarta-feira (17) o "Safety Center FCA Latam" em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O investimento para construção do laboratório foi de R$ 40 milhões e mais de 50 engenheiros estiveram envolvidos no projeto. "O Safety Center vem coroar, vem fechar o ciclo que começou em 2003", disse o diretor de Desenvolvimento de Produto da FCA Latam, Márcio Tonani. O local vai permitir que a Fiat faça testes de segurança em seus... Leia mais
17 JUL

Flagra: JAC T60, SUV chinês rival do Compass, será elétrico ou a gasolina

JAC T60 tem porte similar ao do Jeep Compass (Allyne Antoni/Quatro Rodas)Vivendo uma situação delicada no Brasil, a JAC vai apostar pesado na renovação e na eletrificação de seu portfólio, a fim de garantir sobrevida no país. Um dos modelos a serem apresentados ainda este ano será o SUV intermediário T60.Inicialmente ele chegaria às ruas apenas em 2020, mas o grupo SHC, representante da marca no país, corre para tentar antecipar o lançamento para o último trimestre deste ano,... Leia mais
17 JUL
Ford cria primeiro emoji de picape e mostra 'produção' do modelo

Ford cria primeiro emoji de picape e mostra 'produção' do modelo

A Ford anunciou que vai lançar uma nova picape. Mas não trata-se de um veículo convencional, que poderá ser encontrado em concessionárias. Caso seja aprovada, ela estará disponível nos celulares espalhados pelo mundo. Sim, o novo modelo é, na verdade, um emoji, o primeiro já feito com a silhueta de uma picape. A iniciativa é uma homenagem ao dia mundial do emoji, comemorado nesta quarta-feira (17). Atualmente, há emojis de carros, caminhões, ônibus, aviões e até... Leia mais
17 JUL
Mitsubishi convoca recall para ASX, Outlander e Lancer; motor pode desligar sozinho

Mitsubishi convoca recall para ASX, Outlander e Lancer; motor pode desligar sozinho

A Mitsubishi anunciou nesta quarta-feira (17) um recall envolvendo unidades de Lancer, ASX e Outlander por possível desligamento involuntário do motor. O problema está no tensionador da correia do alternador dos veículos. De acordo com a marca, há a possibilidade de quebra do suporte do tensionador. Com isso, a correia pode se soltar e causar o descarregamento da bateria - com consequente desligamento do motor. Os proprietários devem contatar a rede de concessionárias da... Leia mais
17 JUL
Google Maps lança serviço com informações em tempo real de bicicletas compartilhadas

Google Maps lança serviço com informações em tempo real de bicicletas compartilhadas

O Google Maps começa a oferecer nesta quarta-feira (17) informações em tempo real do compartilhamento de bicicletas em 24 cidades de todo o mundo, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro. VÍDEO: 10 dicas para andar de bicicleta Com o sistema, o usuário pode localizar as estações de bicicletas e identificar quantas estão disponíveis próximo a ele. Também é possível descobrir se há um espaço vazio em uma estação perto do destino onde a bicicleta será deixada,... Leia mais
17 JUL
Lotus Evija, hiperesportivo elétrico de 2.000 cavalos, é o carro de rua mais potente do mundo

Lotus Evija, hiperesportivo elétrico de 2.000 cavalos, é o carro de rua mais potente do mundo

A Lotus entrou com tudo na onda da eletrificação com o Evija (pronuncia-se "Eviya"), hiperesportivo elétrico que chega em 2020 como o carro de rua mais potente do mundo: são 2.000 cavalos de potência. Sua produção será limitada a 130 unidades. O preço de cada uma? 1,7 milhão de libras (ou R$ 8 milhões em conversão direta). O modelo é feito sobre um chassi monocoque de fibra de carbono construído de forma idêntica a um carro da Fórmula 1, e tem peso total de 1.680... Leia mais