Novidades

20 FEV
Impressões: BMW M235i Gran Coupé xDrive é bom, mas tem preço de Série 3

Impressões: BMW M235i Gran Coupé xDrive é bom, mas tem preço de Série 3

 (Divulgação/BMW)

O novo BMW Série 2 Gran Coupé chegou em fevereiro como segundo modelo mais barato da marca no Brasil. Mas isso só vale para quem realmente fizer as contas na ponta do lápis.

Porque, na prática, a novidade está – perigosamente – próxima do Série 3: são R$ 186.950, contra R$ 199.950. Prefere mais desempenho? O jeito será esperar pelo M235, como o que testamos, que chegará em maio por R$ 279.950.

 (Divulgação/BMW)

E se nos dias atuais o termo cupê se aplica a qualquer tipo de veículo que tenha o visual mais ousado, incluindo SUVs, ao menos o estreante tem vidros laterais sem as molduras, como nos esportivos da empresa.

E há também lanternas muito finas e longas unidas por aplique preto brilhante, grade dianteira maior (e agora unida no centro) e faróis inclinados de led que contribuem com o jeitão mais “zangado”.

 (Divulgação/BMW)

Mas, como você já deve ter percebido, esse carro não tem nada a ver com o Série 2 Coupé, que continuará existindo com tração traseira e apelo esportivo.

Na verdade, ele é derivado do hatch Série 1, com o qual divide a base UKL de tração dianteira – ou integral, dependendo da versão – e boa parte da mecânica.

Só que o Série 2 Gran Coupé é 21 cm mais comprido (4,53 m) e tem 50 litros a mais no porta-malas (430 l).

 (Divulgação/BMW)

Não é nada difícil entrar na cabine, graças às portas amplas. E, na segunda fileira, há 3,3 cm a mais para as pernas em relação ao Série 1, além de largura suficiente para que três adultos não sofram durante as viagens.

Na verdade, o que mais atrapalha na parte de trás é o túnel central elevado (como em qualquer BMW), que ofusca boas soluções como os assentos mais altos em relação aos dianteiros, as saídas de ventilação exclusivas e as tomadas USB.

 (Divulgação/BMW)

Em todo o interior predominam materiais suaves ao toque e com boa qualidade de montagem, exatamente como no Série 1.

E, também tal qual o irmão, o Série 2 Gran Coupé se destaca pelos sistemas de infoentretenimento, como telas de 10,25 polegadas para a central multimídia e para o quadro de instrumentos.

Tudo é controlável pela tecla giratória no console ou por voz, mas também dá para acrescentar comandos por gestos, que são opcionais no mercado europeu, assim como o Head-Up Display.

 (Divulgação/BMW)

De momento, só chegará ao Brasil a versão mais simples (e menos potente), 218i, com motor de três cilindros 1.5 turbo com 140 cv de potência.

Mas a configuração mais arisca é a M235i xDrive, com motor 2.0 turbo de 306 cv – é o quatro cilindros mais forte disponível na marca atualmente – e sistema de tração capaz de enviar até 50% do torque à traseira, ainda que esse modelo continue sendo predominantemente dianteiro.

 (Divulgação/BMW)

Quando há condições para tanto, o novato pode ser impressionante: na opção topo de linha, são necessários menos de 5 segundos para chegar aos 100 km/h.

Também surpreendem as retomadas de velocidade ultrarrápidas, que são mérito do câmbio automático de oito marchas.

Se o ruído já não é tão empolgante quanto nos antigos seis-cilindros, agora há uma ajuda digital que, acima das 4.000 rpm, cria o som de um ronco que não apenas é artificial: ele também parece ser artificial.

 (Divulgação/BMW)

Ao dirigir pelas rodovias e estradas secundárias de Portugal, ficou claro que existe uma separação ainda maior entre os diferentes modos de condução – e que realmente separam os extremos Comfort e Sport de maneira clara.

Essa é uma vantagem, considerando que alguns carros têm “personalidades” tão parecidas que sequer instigam o motorista a aproveitar as diferentes características de cada opção disponível.

 (Divulgação/BMW)

Só que não é nada surpreendente perceber que o M235i se sente mais à vontade no modo Sport.

Para honrar a escolha, o Gran Coupé recompensa com direção muito direta e precisa (a relação de 14:1 e inferior aos 15:1 das versões menos potentes), suspensão mais firme, 10 mm mais baixa e com ajuste fino da divisão M, além de todo conjunto mecânico concentrado em dar o melhor desempenho.

 (Divulgação/BMW)

Tudo bem que dirigimos uma unidade com amortecedores adaptativos, opcionais na Europa.

Mas os engenheiros alemães não esqueceram do modelo convencional, que recebeu uma ligação transversal em forma de bumerangue no eixo traseiro para melhorar o comportamento dinâmico e reduzir tendências de subesterço comuns para modelos com tração dianteira.

 (Divulgação/BMW)

Foi justamente pensando na sensação ao dirigir que o Série 2 Gran Coupé ganhou o sistema ARB (Actornahe Radschlupfbegrenzung), que estreou no elétrico i3 e controla o deslizamento das rodas de maneira até três vezes mais rápida que a primeira versão.

“Ele inicia a correção antes mesmo da perda de tração por conseguir prever a quantidade máxima de torque para cada momento”, explica Peter Langer, direto de desenvolvimento dinâmico da BMW.

 (Divulgação/BMW)

Bom… esse era o objetivo da empresa, só que nem mesmo quando equipado com o sistema Performance Control, que freia a roda interior para ajudar a contornar curvas, foi capaz de evitar resquícios de derrapadas na dianteira – especialmente em acelerações mais bruscas.

Mas isso é normal e também acontecia com o já aposentado hatch M140i.

E ainda que não tenha o mesmo comportamento de tração traseira que fez da marca uma referência, o estreante consegue surpreender pelo comportamento, pelo bom rendimento do conjunto mecânico e pela precisão da direção.

Se ele tem atributos suficientes para encarar de frente os rivais, a situação mais complicada ainda será convencer que ele é melhor que o Série 3 – ao menos enquanto este não encarecer.

Preço: R$ 279.950
Motor: gasolina, dianteira, 4 cilindros em linha, 16V, 1.998 cm3; 9,5:1, 306 cv a 5.000 rpm, 45,91 mkgf a 1.750 rpm
Câmbio: automático, 8 marchas, tração integral
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.) e multilink (tras.)
Freios: discos ventilados
Pneus: 225/40 R18
Dimensões: comprimento,452,6 cm; altura, 142,0 cm; largura, 180,0 cm; entre-eixos, 267,0 cm; peso, 1.570 kg; tanque, 50 l; porta-malas, 430 l
Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,9 s; veloc. máx. de 250 km/h (dado de fábrica)

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

17 JAN
Placa Mercosul enfim será obrigatória em todo Brasil a partir de fevereiro

Placa Mercosul enfim será obrigatória em todo Brasil a partir de fevereiro

 (Denatran/Reprodução)– (Denatran/Reprodução)O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) informou que seguirá Resolução nº 780 e a placa Mercosul se tornará obrigatória para todos os estados brasileiros a partir de 31 de janeiro.De acordo com o órgão, “a data prevista na resolução nº. 780 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de 26 de junho de 2019, neste caso, dia 31 de janeiro de 2020, está mantida. Não há expectativa de prorrogação de... Leia mais
17 JAN
Novo SUV da Fiat: o que o primeiro flagra dianteiro revela sobre o modelo

Novo SUV da Fiat: o que o primeiro flagra dianteiro revela sobre o modelo

Protótipo do projeto 363, o SUV compacto da Fiat (Marlos Ney Vidal/Autos Segredos/Quatro Rodas)O tão comentado SUV compacto da Fiat enfim saiu da toca. No começo de 2020, um protótipo do modelo foi flagrado pela primeira vez em vias públicas, rodando em comboio com o Jeep de sete lugares.Só que a imagem, distante e de traseira, deixava revelar poucas informações do modelo.Nesta semana, o parceiro Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, conseguiu fotografar o modelo, cujo projeto... Leia mais
17 JAN
CES dita o futuro, mas no presente tem logística ruim e internet escassa

CES dita o futuro, mas no presente tem logística ruim e internet escassa

– (Nelson dos Santos/Quatro Rodas)Os números da edição de 2019 (os de 2020 ainda não foram divulgados) falam por si só: mesmo sendo uma feira fechada para o grande público e com ingressos propositalmente caros, mais de 175 mil pessoas passaram pelos quase 270 mil m² de exposições.Para se ter uma ideia do gigantismo, a CES se espalha por quatro hotéis e dois pavilhões de exposições. E, ao contrário do salão de Frankfurt, que também ocorre em diferentes áreas, esses locais... Leia mais
17 JAN
A insana (e proibida) sensação de domar um chassi de ônibus sem carroceria

A insana (e proibida) sensação de domar um chassi de ônibus sem carroceria

Desde 2018, esta cena com o VW 9.160 passou a ser rara nas ruas brasileiras (Luiz Luna/Quatro Rodas)Ao contrário da maioria dos caminhões, ônibus são comprados em duas partes: o chassi rolante, com suspensão, freios e trem de força, e a carroceria. Normalmente vemos nas ruas só o conjunto completo, mas há alguns anos não era raro ver motoristas pilotando um chassi cru nos arredores de montadoras. Mas qual seria a sensação de andar em veículo que tem rodas e pode se mover sozinho,... Leia mais
17 JAN
A morte de Marinho Camargo, ícone pioneiro do automobilismo brasileiro

A morte de Marinho Camargo, ícone pioneiro do automobilismo brasileiro

Bird (esq.) e Marinho com a carretera DKW no estande da Vemag no Salão do Automóvel de 1961 (Bird Clemente/Acervo pessoal)Querido Marinho, é assustador ver os netos crescerem e meus companheiros partirem. Por isso a dor de saber que no último dia 3 de janeiro o grande piloto e meu amigo Mário César de Camargo Filho faleceu, aos 82 anos.Você indo embora foi um murro na boca do estômago. É fácil de explicar, pois nós dois estávamos juntos no primeiro ato da história do automóvel e... Leia mais
16 JAN
Nova versão do Porsche 718 resgata motor seis-cilindros com quase 400 cv

Nova versão do Porsche 718 resgata motor seis-cilindros com quase 400 cv

Porsche 718 Boxster ganhou versão GTS com motor 4.0 de quase 400 cv (Divulgação/Porsche)Os mais saudosistas fãs do Porsche 718 têm um motivo para comemorar.Após voltar à cena recentemente no 718 Spyder e no 718 Cayman GT4, o clássico motor seis-cilindros 4.0 naturalmente aspirado reaparece em duas novas versões: 718 Cayman GTS 4.0 e 718 Boxster GTS 4.0.Ambos os modelos devem vir ao Brasil ainda em 2020 (Divulgação/Porsche)O propulsor é capaz de gerar 394 cv de potência e 42,6... Leia mais