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O misterioso Daihatsu que quase virou o primeiro carro 100% nacional

O misterioso Daihatsu que quase virou o primeiro carro 100% nacional

Mini-Puma chegou a ser apresentado a membros do governo (Carlos Namba/Quatro Rodas)

Talvez você lembre da Puma como fabricante de alguns dos principais esportivos já feitos nos Brasil durante o período de importações limitadas. Mas sabia que ela quase fez – duas vezes! – um hatch compacto que poderia ter mudado a história da empresa, falida em 1985?

Na primeira tentativa, que começou em 1970, o Projeto W chegou a ficar dois anos parado no papel. Só que a Puma fez uma verdadeira força-tarefa para criar o primeiro protótipo do Mini-Puma a tempo para o Salão do Automóvel de 1974: 35 pessoas trabalhavam dez horas por dia.

Projeto do subcompacto começou a ser desenvolvido em 1970 (Acervo/Quatro Rodas)

Em quatro meses, a empresa deixou de produzir cinco unidades do GTB, esportivo com motor de Opala que era o principal destaque da marca, empregou 500 fornecedores e gastou pelo menos Cr$ 578.000, valor equivalente a R$ 2.136.645, na correção pelo índice IGP-DI.

Apesar da carroceria monovolume com espaço para apenas dois ocupantes – segundo a Puma, no uso urbano, boa parte dos carros levava apenas o motorista –, o subcompacto também era revolucionário pelo motor 2-cilindros DAF, de origem holandesa, capaz de fazer 20 km/l.

Primeiro conceito do hatch foi construído em apenas quatro meses (Acervo/Quatro Rodas)

A novidade deveria custar apenas Cr$ 15.000, contra Cr$ 22.577 pedidos pelo VW Fusca 1.300 e Cr$ 29.090 do Chevrolet Chevette em 1974. Já havia até mesmo um empréstimo estrangeiro, que só dependia do Banco do Brasil para ser concretizado, para dar início à produção.

Não é nenhum spoiler dizer que esse carro não deu certo e, com isso, o primeiro modelo 100% nacional só chegou às ruas em 1988: era o Gurgel BR-800. Só que, antes do hatch desenvolvido pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a Puma fez outra tentativa.

Modelo japonês serviria de base para versão nacional feita de fibra de vidro (Acervo/Quatro Rodas)

Em 1982, anos após a primeira frustração, a empresa com sede no bairro do Ipiranga, em São Paulo, buscou um parceiro fora do país para tentar tornar realidade o plano de um compacto. E quem entrou nessa jogada foram os japoneses da Daihatsu, com o pequeno Cuore.

Com apenas 3,19 m de comprimento, o modelo asiático era menor que Fiat 147 e VW Gol, que mediam 3,74 m e 3,79 m, respectivamente.  O motor bicilíndrico com 547 cm³ rendia só 35 cv de potência e 4 mkgf de torque, mas garantia médias de até 22 km/l ao carro de 535 kg.

Motor de apenas 35 cv seria capaz de médias de até 22 km/l (Acervo/Quatro Rodas)

Segundo reportagem da época, o Cuore poderia chegar até os 120 km/h, só que a velocidade ideal para melhorar o consumo era até 90 km/h – atual limite das marginais em São Paulo, por exemplo. Visual moderno, amplo espaço interno e bancos reclináveis chamavam as atenções.

As previsões eram ambiciosas: inaugurar uma nova fábrica em Capivari (SP), já que a unidade original sofria com constantes alagamentos, e até mesmo exportar o veículo feito no Brasil – já que os EUA tinham medidas protecionistas para evitar a importação de veículos do Japão.

O Cuore era ainda menor que o Fiat 147 (Daihatsu/Divulgação)

O hatch chegou a ser flagrado pela QUATRO RODAS em frente ao Palácio do Planalto, quando executivos da Puma foram visitar membros do governo em busca de incentivos. A carroceria de metal do Cuore daria lugar à fibra de vidro, com início da produção previsto para 1984.

Naquele momento, a situação financeira da empresa já estava comprometida – o que também foi decisivo para as negativas do Estado ao projeto. Apenas três anos após a ida a Brasília (DF), foi decretado o fim da Puma e, junto com ele, o plano de um compacto popular nacional.

Modernidade do projeto impressionava à época (Daihatsu/Divulgação)

Fonte: Quatro Rodas

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