Novidades

28 JAN
Com morte da Weekend, VW Fox vira o novo ancião dos carros nacionais

Com morte da Weekend, VW Fox vira o novo ancião dos carros nacionais

VW Fox vendeu 38.487 unidades em 2019 e ficou à frente do Toyota Yaris hatch, por exemplo38.48738.487 (Divulgação/Volkswagen)

A Fiat Weekend saiu de cena no Brasil.

Mas, além de colocar fim às peruas compactas por aqui, a aposentadoria da veterana – lançada em 1997 – deixou o VW Fox em maus lençóis: feito desde outubro de 2003, o hatch se tornou o automóvel nacional mais antigo à venda.

Aqui vale a observação: quando fala mos em “automóvel”, estamos levando em conta apenas carros de passeio. Sabemos que há comerciais leves como a Fiat Strada.

Há ainda o caso do Suzuki Jimny, comercializado desde 1998, mas este só passou a ser produzido em Itumbiara (GO) em 2012. Antes, vinha importado do Japão.

Projeção do possível SUV (ainda mais) compacto que poderá substituir Gol e Up! (Du Oliveira/Quatro Rodas)

Portanto, entre os automóveis, o Fox herdou da Weekend o título de maior dinossauro da indústria automotiva nacional. E a marca alemã não parece muito apressada em tirá-lo de linha.

“Me perguntam quando vamos parar de vender o Fox. Sabe quando? No que depender de mim, nunca. Ele vende bem. Enquanto vender e atender as legislações, não há por que tirar das lojas”, disse a QUATRO RODAS Pablo Di Si, presidente da VW na América do Sul e Brasil.

Vale lembrar que, atualmente, a empresa está desenvolvendo um SUV compacto cotado para substituir de uma só vez Gol, Up! e o próprio Fox. O novato será produzido em Taubaté (SP), mas só em 2022.

Até lá, o Fox deve deve seguir firme e forte em oferta, e poderá até mesmo sair ileso da estreia do projeto A0 SUV, visto que é produzido em São José dos Pinhais (PR).

Modelo foi desenvolvido no Brasil e chegou às lojas em 2003 (Divulgação/Volkswagen)

Prestes a completar 17 anos de mercado, o modelo recebeu duas atualizações ao longo da vida. Na primeira, em 2009, as principais mudanças foram concentradas na dianteira e na cabine. Já na segunda, em 2014, a marca mudou até recortes da carroceria.

E, como boa parte dos projetos que já estão amortizados pelo tempo, o Fox se apoia na boa relação custo-benefício para seguir relevante no mercado. Além de enxugar a linha, que desde 2017 só tem duas versões (Connect e Xtreme), ele está mais recheado.

“Nós reduzimos a oferta de opções [incluindo versões, pacotes opcionais e cores] em 98%. Isso é bom para o cliente, porque facilita na hora de escolher a configuração. E isso vem em primeiro lugar, mas também é bom para a escala de produção. No fim, é bom para todo mundo”, explica o executivo.

Mesmo na versão de entrada, central multimídia e piloto automático vêm de série (Divulgação/Volkswagen)

Quer um exemplo? Por R$ 51.990 – na tabela –, a configuração mais barata do hatch já oferece ar-condicionado, central multimídia com tela sensível ao toque de 6,5 polegadas e comandos no volante, piloto automático, sensor de ré e rodas de liga leve aro 15.

O Chevrolet Joy Black, opção mais equipada do modelo de entrada da GM, só inclui ar-condicionado de série – os demais recursos sequer aparecem na lista de opcionais. E a diferença entre eles é de apenas R$ 2.600. No caso do Volkswagen, ainda há vantagem na motorização.

O reflexo de tudo isso: mesmo com tantos anos de vida e reestilizações que pouco alteraram o formato de sua carroceria, o Fox foi responsável por 38.487 emplacamentos no ano passado, segundo a Fenabrave (associação nacional dos concessionários), ocupando um respeitoso 19º lugar no ranking.

Também há versão Xtreme, por R$ 57.290, com detalhes emprestados do finado CrossFox (Divulgação/Volkswagen)

Sim, o antigo 1.6 8V flex está anos-luz do novo 1.0 TSI, que equipam Up!, Polo e T-Cross, e até do 1.6 16V que já foi utilizado pelo Fox no passado. Só que, mesmo assim, vence em desempenho quando comparado aos concorrentes com conjunto 1.0 aspirado.

É claro que tudo tem seu preço: há apenas airbags frontais obrigatórios, sem bolsas de segurança laterais ou de cortina. Também faltam controles de estabilidade e de tração. Em 2015, conquistou quatro estrelas no Latin NCAP; hoje, seriam no máximo três.

Com protocolo de 2015, menos rígido, o hatch conquistou quatro estrelas no Latin NCAP (Divulgação/Volkswagen)

“Sempre que há grandes mudanças de legislação, os modelos podem ser adaptados ou sair de linha. E em 2014 [quando airbags e ABS se tornaram obrigatórios nos veículos de passeio vendidos no Brasil], alguns carros até receberam os itens”, explica Di Si.

Essa declaração feita a QUATRO RODAS coincide com as novidades já confirmadas para o Fox (além de Gol, Saveiro e Voyage), que ganhará cinto de três pontos, apoio de cabeça central e Isofix para atender os novos requisitos de segurança para 2020.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

26 NOV
Novo Chevrolet Onix acelera teste no Latin NCAP para garantir nota máxima

Novo Chevrolet Onix acelera teste no Latin NCAP para garantir nota máxima

Hatch foi avaliado três meses após o sedã (Latin NCAP/Divulgação)O Latin NCAP revelou nesta terça-feira (26) os resultados do teste de impacto do novo Chevrolet Onix. Como explicado por QUATRO RODAS na época, o crash-test feito com o sedã em setembro não eram válidos para o hatch.Mesmo assim, não surpreendeu que o novo Onix obtivesse a mesma pontuação máxima da versão três-volumes nos testes de segurança. A GM repetiu a tática usada no Onix Plus e acelerou o processo de... Leia mais
26 NOV
Nova Mitsubishi L200 Triton tira nota zero em segurança no Latin NCAP

Nova Mitsubishi L200 Triton tira nota zero em segurança no Latin NCAP

Nova Mitsubishi L200 Triton no Latin NCAP (Latin NCAP/Divulgação)A Mitsubishi L200 Triton com visual já reestilizado decepcionou em sua primeira aparição no Latin NCAP, programa de segurança viária para América Latina e Caribe.Após prova de impacto frontal parcial a 64 km/h, a picape média tirou zero estrela em segurança para adultos e duas para crianças.Tal resultado ocorreu em uma unidade produzida na Tailândia e vendida no Chile sem airbags frontais, controle eletrônico de... Leia mais
26 NOV

Saiba como comprar um carro no exterior

No exterior, é possível encontrar carros de luxo a preços mais baixos (iStock/Abril Branded Content)Quem decide comprar um carro no exterior se depara, em geral, com uma boa surpresa: o preço. Não é novidade que o consumidor brasileiro enfrenta os impostos mais elevados do mundo na área automotiva. Sem contar os custos logísticos e de insumos que, invariavelmente, são repassados ao valor final do produto. Para se ter uma ideia, o preço de um carro popular no Brasil é o mesmo de... Leia mais
26 NOV
Longa Duração: rede VW faz a pior e a melhor proposta pelo nosso Virtus

Longa Duração: rede VW faz a pior e a melhor proposta pelo nosso Virtus

Na rede Volkswagen, ofertas de compra entre 13,3% e 25,7% abaixo da tabela (Eduardo Campilongo/Quatro Rodas)Além do desmonte do Kwid, o Virtus também entra no clima de despedida do Longa Duração e passa por um de seus últimos atos entre nós, a simulação de venda no mercado de seminovos.Todo o exercício é feito sem nos identificarmos como QUATRO RODAS. Visitamos concessionárias (da própria marca do carro e também das que vendem seus rivais diretos) e, no mínimo, três lojas... Leia mais
26 NOV
Raio X – Quanto custa manter um Renault Captur de quase R$ 100.000

Raio X – Quanto custa manter um Renault Captur de quase R$ 100.000

Renault Captur Intense 1.6 CVT é a versão mais vendida do SUV (Divulgação/Renault)De todos os modelos derivados da plataforma Renault B0 (estreada pelo Logan, em 2007), o Captur é o mais caro.Mas, a despeito do preço, tem custos de propriedade no mesmo patamar dos irmãos Sandero e Logan, e sua desvalorização não é alta.– (arte/Quatro Rodas)A versão Intense é a mais vendida e se diferencia por ter rodas aro 17 diamantadas, ar-condicionado automático, câmera de ré, sensor de... Leia mais
26 NOV
Segredo: (falta de) força do Ford Territory 1.5 turbo preocupa engenheiros

Segredo: (falta de) força do Ford Territory 1.5 turbo preocupa engenheiros

Territory virá da China com motor 1.5 turbo flex de ciclo Miller (Divulgação/Ford)A Ford já confirmou que vai lançar no Brasil em 2020 o SUV médio Territory, que virá inicialmente importado da China e, num futuro não muito distante, passará a ser produzido na Argentina.O projeto é uma resposta rápida, quase uma dose de adrenalina aplicada pela fabricante, a fim de conter a brusca perda de participação e rentabilidade no mercado brasileiro nos últimos anos.Mas a imposição da... Leia mais