Toyota Corolla GLi (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Apesar de ser uma versão inicial, o Toyota Corolla GLi está longe de ser barato. O lado bom é que, na nova geração, o sedã de R$ 101.990 ganhou um novo trem de força, que tornou o modelo atraente.
O motor Dynamic Force usa alta taxa de compressão (13:1) e oito bicos injetores para alcançar ótimos 177/169 cv e 21,4 mkgf. O câmbio segue CVT, mas passou a usar uma primeira marcha física para melhorar a arrancada inicial do sedã.
Lanternas usam lâmpadas convencionais e rodas têm 16” (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Em nossos testes, as melhorias resultaram em uma aceleração ligeiramente mais rápida, com 0 a 100 km/h em 10 s – 0,4 s a menos que o anterior.
Naturalmente as retomadas também foram melhores, mas a surpresa foi a evolução no consumo: 12,2 e 16,4 km/l na cidade e estrada no 2.0 contra 11 e 11,1 km/l com o antigo motor 1.8, agora usado somente na versão híbrida.
Interior bem acabado traz painel mais simples, ar-condicionado manual e vidro um-toque apenas para o motorista (Fernando Pires/Quatro Rodas)
O novo Corolla GLi não está só mais rápido e econômico.
A suspensão independente na traseira melhorou o equilíbrio em curvas, e os pneus de 16 polegadas em nada prejudicam a estabilidade e ainda dão mais conforto ao rodar por buracos e imperfeições do que nas versões mais caras, de aros 17.
Completam o pacote a direção elétrica precisa e o mapa do acelerador mais sensível.
Bancos macios têm bom apoio e misturam tecido e couro sintético (Fernando Pires/Quatro Rodas)
E até que o GLi fez poucas concessões para ser mais acessível (ou menos cara) do que as demais versões.
Aqui você não tem chave presencial, seletor de modo de condução e espelho eletrocrômico, mas o sistema multimídia mantém a integração com smartphones, há duas entradas USB e o retrovisor continua com rebatimento elétrico (mas acionado por botão, em vez de se dobrar sozinho quando o carro é trancado).
Pouco prática, abertura do porta-malas no assoalho é comum a todas as versões (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Os comandos do ar-condicionado analógico e o vazio do volante (que perdeu as borboletas) onde ficariam os comandos do controlador de velocidade são os que geram mais incômodo visual no primeiro contato com a cabine.
Ar condicionado é manual no GLi (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Mas o bom acabamento e a interessante solução que mistura tecido e couro nos bancos macios formam um conteúdo honesto para o modelo.
Vidros e travas elétricas são localizados no apoio de braço do motorista (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Para quem não faz questão de tantos itens de conforto, vale a pena economizar os R$ 11.000 e ter um Corolla tão rápido quanto os outros, mas bem mais barato.
O novo trem de força caiu muito bem no mais racional dos Corolla. O GLi pode não ser tão equipado, mas é bom de dirigir como as outras versões 2.0.
Aceleração
0 a 100 km/h: 10 s
0 a 1.000 m: 31,1 s – 173,4 km/h
Velocidade máxima: 208 km/h*
Retomada (em D)
40 a 80 km/h: 4,2 s;
60 a 100 km/h: 5 s
D 80 a 120 km/h: 6,3 s
Frenagens
60/80/120 km/h – 0 m: 14,7/26,1/59,1 m
Consumo
Urbano: 12,2 km/l
Rodoviário: 16,4 km/l
*Dados de fábrica