Novidades

14 JAN
Teste: Mercedes GT 63 S traz V8 artesanal e ar perfumado por R$ 1,2 milhão

Teste: Mercedes GT 63 S traz V8 artesanal e ar perfumado por R$ 1,2 milhão

Mercedes-AMG GT 63 S 4matic+ (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Mercedes-AMG GT 63 S 4matic+ (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Oficialmente o Mercedes-AMG GT Cupê é uma versão de quatro portas do esportivo mais rápido da marca atualmente. Até o nome é igual: o que muda é a presença dos números 53 ou 63 no modelo familiar.

Mas a realidade é mais distante, afinal, o Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ (esse é o nome no RG da única versão disponível no Brasil) está muito mais para CLS do que para GT.

Sedã foi feito na medida para enfrentar o Porsche Panamera (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Os dois compartilham plataforma, trem de força (na versão 53) e boa parte do painel. Por fora, porém, a Mercedes fez um bom trabalho, desenhando uma carroceria completamente distinta para seu esportivo de quatro portas.

São mais de 5 metros de comprimento para comportar quatro portas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Outra diferença está no preço, pois o GT aposentou o antigo CLS 63. Ainda há um certo conflito entre as versões 53 na Europa, mas que não existe no Brasil.

Modelo tem grade larga e discreta assinatura da AMG (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por aqui você só pode escolher o CLS 53 (R$ 643.900), de 435 cv e equipado com um motor produzido em linha, como qualquer outro Mercedes, ou pular para o GT 63 topo de linha, de R$ 1.163.900.

Faróis têm leds matriciais (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Pela cifra astronômica, que só não supera o cobrado pela gama GT (R$ 1.189.455 a 1.699.900), você leva todo o conjunto AMG, incluindo o tradicional motor montado por um só funcionário, que assina sua obra de arte com uma plaqueta sobre o propulsor.

Insígnias da divisão de desempenho estão por toda a parte da carroceria (Fernando Pires/Quatro Rodas)

E que motor: o V8 4.0 biturbo chega a 639 cv e 91,8 mkgf, e basicamente só se diferencia do usado no GT pela ausência do cárter seco e pela diferença de 54 cv – a favor do 63, diga-se…

Aerofólio traseiro retrátil sobe 6,5 cm a partir de 140 km/h, 13 cm até 180 km/h e 16 cm até a máxima. Nos modos Sport+ e Race, chega a 17,2 cm após 260 km/h. Quando detecta uma condução mais dinâmica, alcança 18,2 cm a partir de 120 km/h (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O câmbio automatizado de dupla embreagem e nove marchas faz uma bela parceria com a transmissão integral, que é capaz de desacoplar totalmente o eixo dianteiro — daí o “+” no nome.

Rodonas aro 20 têm acabamento escurecido e são um dos grandes destaques estéticos do sedã (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O visual do GT 63 pode gerar um certo estranhamento, principalmente para quem estava habituado com o harmônico CLS.

Pinças amarelas de freio dão charme ao conjunto das rodas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O esportivo abriu mão do terceiro volume para ganhar o visual acupezado que tanto tem feito sucesso, e exigiu até mudanças na tampa do porta-malas: nele a abertura leva junto o vidro traseiro, solução típica dos cupês, enquanto o CLS usa uma tampa convencional, de sedã.

Pinos nas portas seriam anacrônicos em outro carro. No GT 63, são apenas mais um charme (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Não dá para falar que o esportivo será uma unanimidade em encontros de milionários, mas se o objetivo do proprietário é chamar a atenção, isso será obtido com facilidade.

E nem será preciso optar pelo chamativo vermelho Júpiter da unidade testada por QUATRO RODAS.

Em um Mercedes de 5 metros com 639 cv, duas saídas duplas de escapamento não são exagero (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Achando ele feio ou bonito, todos vão saber que se trata de um esportivo nato.

Cabine se notabiliza pelo alto nível de refinamento: até o ar-condicionado pode ser perfumado (Fernando Pires/Quatro Rodas)

As rodas de 20 polegadas deixam expostas as chamativas pinças de freio amarelas e os enormes discos ventilados e perfurados, que foram capazes de frear o sedã de quase 2 toneladas de 100 km/h até a imobilidade em ótimos 35,8 metros.

Cabine permite até ambientação por cores (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por dentro, a parte superior do painel, herdada do CLS, se mistura com o console elevado central, inspirado no GT.

Volante em alcantara com base achatada tem pegada esportiva (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O bom acabamento abre mão da discrição, com opção de luz interna multicromática, apliques de fibra de carbono e múltiplas telas de LCD.

Painel une duas telas digitais de 12,3 polegadas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Não é brincadeira: entre volante, painel e console, o GT 63 possui 12 mostradores multicoloridos — e nenhum sensível ao toque. Aliás, a maioria dos truques dos últimos Mercedes está nele.

Quadro de instrumentos se destaca pelos gráficos em alta definição (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Há comandos sensíveis ao toque no volante (como os touchpads de notebooks), quadro de instrumentos (pouco) customizável e até a possibilidade de colocar perfume no sistema de ar-condicionado, como no Classe S.

Comandos multicores na base do cubo do volante parecem inspirados nos Porsche (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Faltou oferecer ar-condicionado de quatro zonas, item essencial para quem gasta mais de R$ 1 milhão em um automóvel.

Bancos têm desenho relativamente convencional para um esportivo de R$ 1,2 milhão (Fernando Pires/Quatro Rodas)

No primeiro contato, o GT 63 gera uma mistura de sensações. Afinal, por mais que a Mercedes insista na proposta “GT de quatro portas”, sabemos que o modelo é mais variação dos ótimos sedãs que a AMG fez nas últimas décadas.

Grande vantagem do GT 4-portas é transportar passageiros do banco traseiro com mais espaço (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por isso a visibilidade ruim e a sensação de estar pilotando um Classe S nos primeiros quilômetros não incomoda – afinal, é isso que se espera de um bloco de aço de 5,05 m (comprimento) por 1,94 m (largura) e 1,44 m (altura).

Pela central, é possível acessar diversas configurações mecânicas do sedã (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Mas o símbolo da empresa de Affalterbach estampado na pequena alavanca de câmbio, uma raridade nos Mercedes civis, diga-se, logo faz o dedo coçar para selecionarmos os modos Sport e Sport+.

GT 63 ainda preserva o controverso touchpad (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Há ainda o modo Race (corrida, em inglês), que a marca não recomenda que seja usado em vias públicas.

Surpresa! Manopla de câmbio fica onde sempre deveria estar: no console central, e traz o símbolo da AMG em alto relevo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

É sabido que os modos de condução são capazes de mudar completamente a personalidade de um carro, mas no GT 63 o choque é tão forte quanto o soco que ele dá durante o 0 a 100 km/h, cumpridos em insanos 3,8 s.

Pelo console também é possível regular modos de condução e altura das suspensões (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Curvas e retomadas são feitas no mesmo ritmo, e o carro parece ir além de ler pensamentos. Na realidade, ele está mais para os precogs de Minority Report, antecipando-se a movimentos que você nem fez ainda.

Dentro da cabine também há muito espaço para assinaturas da grife AMG (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Fora das pistas, o 63 pouco deve para seu irmão “sem número”, e, de quebra, ainda pode levar duas pessoas e 45 litros de bagagem a mais.

Saídas de ar no estilo turbinas de avião estão presentes no AMG GT 63 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O visual da dupla é igualmente chamativo, mas o GT 63 tem a seu favor a possibilidade de entregar um pouco mais de conforto quando seu objetivo for ir apenas do ponto A ao B sem que o ronco gutural do escape quádruplo variável acorde seus vizinhos.

Motorzão V8 biturbo tem montagem artesanal (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O desempenho do GT 63 não combina muito com o estilo de sua carroceria, e ele carece de certa harmonia em seus volumes. Nada mais natural, afinal o Porsche Panamera, seu principal rival, levou sete anos e uma geração para encontrar a solução.

Cada motor recebe uma plaqueta com a assinatura do artesão que o montou (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Mas, se isso não for um problema para você, pode colocar o esportivo em sua garagem com tranquilidade. Ele pode não ser um GT de quatro portas de corpo, mas o é de alma.

Porta-malas comporta 395 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ é grande no porte e no nome, mas sua personalidade aliada a um habitáculo mais afável para transportar até quatro passageiros, sem perder esportividade, fazem dele um modelo surpreendentemente versátil.

Aceleração
0 a 100 km/h: 3,8 s
0 a 1.000 m: 21,75 s – 242,5 km/h
Velocidade máxima: 315 km/h*
*Dado de fábrica.

Retomada (D)
40 a 80 km/h: 1,8 s
60 a 100 km/h: 2,2 s
80 a 120 km/h: 2,6 s

Frenagens
60/80/120 km/h – 0 m: 13,1/22,9/51,5 m

Consumo
Urbano: 7 km/l
Rodoviário: 10 km/l

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

09 AGO
Volkswagen confirma 6 híbridos e elétricos para a América do Sul até 2023

Volkswagen confirma 6 híbridos e elétricos para a América do Sul até 2023

A Volkswagen confirmou nesta sexta-feira (9) que 6 modelos híbridos e elétricos serão lançados na América do Sul até 2023. Para o Brasil, o primeiro deles chega ainda este ano: o Golf GTE. Prometida desde o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2018, a configuração híbrida do hatch médio promete rodar, de acordo com a marca, até 900 km (aproximadamente a distância entre São Paulo e Brasília) no modo híbrido e 50 km no modo totalmente elétrico. O Golf GTE combina... Leia mais
09 AGO
O que você precisa saber para manter a bateria do carro funcionando

O que você precisa saber para manter a bateria do carro funcionando

Com a tecnologia crescendo em ritmo acelerado no mundo automotivo, a bateria ganha cada vez mais importância. Se antes tinha como principal função dar o “impulso” inicial no motor de partida, ela agora faz parte também da economia de combustível do veículo e do correto funcionamento dos componentes eletrônicos, como direção elétrica, sistema start stop, alternador inteligente, sistema multimídia, alarme, vidros elétricos, desembaçador traseiro, chave presencial e todos os... Leia mais
09 AGO
Toyota encerra terceiro turno em Sorocaba após demissão de último grupo

Toyota encerra terceiro turno em Sorocaba após demissão de último grupo

A Toyota demitiu 400 funcionários e encerrou oficialmente o terceiro turno em Sorocaba (SP). A unidade é responsável por produzir os modelos Etios e Yaris. Estavam previstas 740 não renovações de contratos do terceiro turno. A medida havia sido anunciada em maio deste ano e em junho as demissões começaram em Sorocaba e na planta de Porto Feliz (SP), onde há produção de motores. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal), a demissão aconteceu na segunda-feira (5) e... Leia mais
09 AGO
BMW traz X7 com grade enorme e tem um novo carro mais caro no Brasil

BMW traz X7 com grade enorme e tem um novo carro mais caro no Brasil

Seria esta grade maior que o para-brisa de um Kwid? (Divulgação/BMW)A BMW aproveitou o M Festival, que acontece até o próximo domingo (11) no Autódromo de Interlagos para lançar novas versões e modelos. Mas quem mais chama atenção é X7, novo SUV topo de linha que faz sua primeira aparição no evento.Em pré-venda, a versão xDrive50i M Sport é oferecida por R$ 619.950. O primeiro lote com dez unidades, inclusive, já está tetotalmente vendido.X7 é o maior SUV da BMW. Briga com... Leia mais
09 AGO
Segredo: descobrimos a data de chegada do novo Renault Duster ao Brasil

Segredo: descobrimos a data de chegada do novo Renault Duster ao Brasil

SUV terá apenas motor 1.6 no lançamento da linha 2021 (Divulgação/Renault)A nova geração do Renault Duster já não é tão nova assim – foi lançada na Europa em 2017 –, mas só agora tem uma data mais precisa para chegar ao Brasil.QUATRO RODAS apurou que o SUV compacto será lançado e começará a ganhar as concessionárias brasileiras entre março e abril de 2020, já como modelo 2021.Lanternas quadradas parecem inspiradas no Renegade (Divulgação/)Para não atrasar ainda mais... Leia mais
09 AGO
Por que 70% dos brasileiros preferem oficina particular a concessionária

Por que 70% dos brasileiros preferem oficina particular a concessionária

Concessionárias ainda são vistas como “careiras” (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)Quando chega a hora de fazer a manutenção em seu veículo, você prefere levar a mecânico particular ou a concessionária?Se sua resposta foi “mecânico particular”, você concorda com 70% dos 8.300 entrevistados por uma pesquisa do WebMotors. O estudo analisa o comportamento dos proprietários de veículos no pós-venda.Você costuma levar seu veículo para realizar revisão na concessionária ou... Leia mais