Novidades

04 NOV
Volks diz que descobriu 'incoerências' em mais 800 mil veículos

Volks diz que descobriu 'incoerências' em mais 800 mil veículos

A Volkswagen anunciou que uma investigação interna feita após as revelações sobre os motores a diesel adulterados apontou "incoerências" relacionadas com as emissões de carbono em mais 800 mil veículos, sem especificar marcas ou modelos.

Verdadeiro colosso industrial que comercializa 12 marcas e tem um volume de negócios anual de 200 bilhões de euros, o grupo confessou ter equipado 11 milhões de carros no mundo todo com um programa capaz de falsificar os resultados dos testes antipoluição.

No entanto, a empresa não deu detalhes sobre a "incoerência" dos novos 800 mil veículos. "Uma estimativa inicial coloca o risco econômico em aproximadamente 2 bilhões de euros", acrescentou o comunicado.

"Durante as investigações internas foram encontradas incoerências inexplicadas ao determinar (...) os níveis de C02. Baseando-se em nossos conhecimentos atuais, cerca de 800.000 veículos do grupo Volkswagen foram afetados", disse a companhia.

Na véspera, o órgão regulador ambiental dos Estados Unidos (EPA) havia anunciado que encontrou indícios de controles fraudulentos de emissão de poluentes em veículos a diesel das marcas Porsche e Audi, em modelos de 2014 até 2016, de motores 3.0.

Em seguida, a filial norte-americana da Porsche anunciou a suspensão da venda dos modelos diesel de sua SUV Cayenne "até nova ordem".

"Trabalhamos intensamente para resolver este problema o mais cedo possível", acrescenta a filial, precisando que os veículos em circulação podem seguir operando normalmente.

Até agora, a fraude só estava confirmada no caso de motores a diesel de até dois litros por cilindrada, em automóveis VW Jetta, Jetta Sportwagen, Beetle, Audi A3, Golf e Passat, nos modelos, entre 2009 e 2015.

A Porsche SE estimou que as revelações desta terça-feira poderão ter um "impacto negativo" em seus próprios resultados, mas manteve suas previsões para o ano de 2015.

Na bolsa
As ações da Volkswagen registravam queda de 8% nesta quarta-feira na Bolsa de Frankfurt. No início da sessão, as ações, que perderam metade do valor desde meados de setembro, perdiam 9,96%, a 99,94 euros.

"Evidentemente, trata-se de uma má notícia para Volkswagen, já que essa última acusação inclui a Porsche", comentou Holger Schmidt, analista de Equinet.

Primeiro revés para o novo presidente
O novo presidente da Volkswagen, Matthias Müller assumiu em meio ao escândalo, deixando o comando da Porsche, com a promessa de esclarecer o escândalo, melhorar a imagem do grupo e administrar as consequências (o grupo deverá fazer o recall de todos os carros atingidos e adaptá-los às normas, o que custará bilhões de euros, e enfrentar diversos processos judiciais).

Segundo a EPA, suas novas suspeitas são relativas a pelo menos 10.000 veículos nos Estados Unidos. A Volkswagen reagiu na segunda-feira afirmando que "não foi instalado qualquer programa nos diesel de três litros V6 para modificar de maneira inapropriada os controles de poluição".

O grupo disse que vai "cooperar completamente com a EPA, para explicar totalmente os fatos". A Audi desmentiu, também nesta terça, qualquer tipo de fraude.

O procedimento continuará com a realização de novos exames e pode resultar no recall de mais veículos. A questão das multas, que podem ultrapassar os US$ 18 bilhões só nos Estados Unidos, será abordada mais tarde.

A Volkswagen registrou no terceiro trimestre seu primeiro prejuízo trimestral em mais de 15 anos (1,67 bilhão de euros), segundo dados publicados na semana passada. Parte da perda é resultado dos 6,7 bilhões de euros de provisões previstas pelo grupo para enfrentar o escândalo.

O 'made in Germany' em jogo
Em outubro, as inscrições de carros novos da marca Volkswagen na Alemanha caíram em 0,7% ao ano, anunciou nesta terça-feira a agência federal de transportes KBA.

Até agora, a Volkswagen afirmou que não havia observado nenhuma queda nos seus pedidos, e que seus competidores dizem que não estão vendo os efeitos nos modelos equipados de motores a diesel.

Segundo dados publicados nesta terça-feira pela federação alemã do setor, VDA, as matrículas de novos veículos a diesel subiram 0,2% em termos anuais em outubro e em 6% desde janeiro.

Desde o início, temeu-se que o escândalo da Volkswagen respingue em toda indústria alemã e no prestígio do "made in Germany", um risco que a chanceler Angela Merkel descartou.

"O 'made in Germany' continua sendo uma imagem de marca e um bom sinal graças à força inovadora da indústria alemã", disse nesta terça-feira em um fórum empresarial.

Nos mercado americano, contudo, a Volkswagen começou a sofrer as consequências do escândalo, registrando um fraco crescimento de vendas em outubro, de somente 0,24%, enquanto a demanda de automóveis de outras marcas no mesmo período em todo o país alcançou números recordes.

Fonte: G1

Mais Novidades

24 ABR

Tesla volta a registrar prejuízo trimestral, acima do esperado

A Tesla voltou a registrar prejuízo após dois trimestres seguidos de lucro. A fabricante de carros elétricos divulgou uma perda de US$ 702 milhões no 1º trimestre deste ano, acima do esperado por analistas de mercado. Um ano atrás, a empresa comandada por Elon Musk tinha registrado prejuízo de US$ 709,6 milhões. Os resultados passaram a ser positivos no 3º e 4º trimestres de 2018. A receita neste começo de ano também ficou aquém do esperado, em US$ 4,54 bilhões,... Leia mais
24 ABR

Uber inclui São Paulo em plataforma que divulga dados de trânsito

A Uber anunciou nesta quarta-feira (24) que adicionou São Paulo à plataforma "Uber Movement", que apresenta dados do trânsito na cidade. É a primeira vez que a Uber disponibiliza esse tipo de informação no país — além de SP, cidades como Santiago, no Chile, e Bogotá, na Colômbia estão também disponíveis na América do Sul. Com essa plataforma, qualquer pessoa pode fazer consultas e baixar dados sobre tempo de deslocamento entre diferentes pontos da cidade, além de... Leia mais
24 ABR

Rivian R1T: por que uma picape elétrica com torque de caminhão faz sentido

Picape elétrica tem design futurista, mas já está em sua versão definitiva (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)Compradores de picapes médias tradicionais costumam torcer o nariz para versões com motores flex. Preferem a força, a autonomia e a confiabilidade dos motores turbodiesel. Só que uma picape 100% elétrica pode ser a melhor solução.A Rivian R1T é uma picape grande do porte Chevrolet Silverado e Ford F-150, mas a única coisa que elas têm em comum é a origem de suas... Leia mais
24 ABR

Quer ser sócio de uma marca chinesa de carro? No Salão de Xangai você pode

Tamanho de estandes varia de acordo com a importância (e orçamento) de cada marca (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)Há pouco menos de uma década a indústria automobilística chinesa ainda era conhecida por produzir as mais diferentes “réplicas” de veículos ocidentais.As discutíveis homenagens envolviam cópias de modelos tão distintos como Ford F150 Raptor, Volkswagen Up! e a maioria dos alemães premium.Mas o mercado chinês amadureceu e mudou – ainda que tenha algumas... Leia mais
24 ABR

Fiat Argo 2020 mata versão 1.8 manual e perde itens para ficar mais barato

Argo Precision 1.8: esqueça os faróis com led e as rodas de liga leve como itens de série (Divulgação/Fiat)A estreia da versão aventureira Trekking não é a única novidade na linha 2020 do Fiat Argo. A FCA promoveu outras mudanças na gama do hatch compacto premium.Uma das principais foi a extinção da configuração que une o motor 1.8 E.torQ flex a câmbio manual. A partir de agora, o propulsor quatro-cilindros 16V de 139 cv virá sempre aliado à caixa automática de seis marchas... Leia mais
24 ABR

Nissan reduz estimativa de lucro para menor nível em quase uma década

A Nissan previu que terá em 2019 o menor lucro em quase uma década, devido à fraqueza nos Estados Unidos, enquanto se ajusta à vida sem Carlos Ghosn e traça o futuro da parceira com a Renault. A montadora japonesa espera que o lucro operacional para o ano encerrado em março caia 45% contra um ano antes, a 318 bilhões de ienes (US$ 2,84 bilhões), ante previsão anterior de 450 bilhões de ienes, devido a despesas ligadas à concessão de garantias de veículos nos EUA, seu... Leia mais