Sedã médio foi produzido no Brasil por cinco anos (Divulgação/Mitsubishi)
A última geração do Mitsubishi Lancer demorou para chegar ao Brasil. Surgiu lá fora em 2007, mas só desembarcou por aqui em 2010. Em compensação, a produção nacional também durou um pouco mais no Brasil.
O sedã médio teve sua produção encerrada na fábrica de Catalão (GO) ainda em 2019, quando era vendido com grandes descontos. Agora deixou de aparecer no site da Mitsubishi.
Apesar da idade, o Lancer ainda conservava design atraente (Divulgação/Mitsubishi)
A produção nacional começou em 2014. Antes disso, o modelo chegava importado do Japão – onde a produção parou antes, em agosto de 2017. Foi quando o Mitsubishi Lancer se despediu dos principais mercados, como os Estados Unidos.
A justificativa da Mitsubishi na época foi a rentabilidade, muito maior nos SUVs e crossovers que vende. Por isso, o desenvolvimento de uma nova geração do Lancer foi descartado.
Sedã saiu de linha com apenas dois airbags e sem controle de estabilidade (Divulgação/Mitsubishi)
Isso não quer dizer que a décima geração do Lancer tenha chegado ao fim. O sedã teve seu visual totalmente repaginado pela Pininfarina Shanghai para seguir em produção em Taiwan como Grand Lancer.
Apesar de toda a boa fama do Lancer Evolution X, a versão civil já havia sido deixada para trás pelos seus semelhantes. Ultimamente, seus rivais eram as versões mais completas dos sedãs compactos.
Grand Lancer tem design assinado pela Pininfarina (Divulgação/Mitsubishi)
Basta ver que o modelo saiu de linha com apenas dois aribags e sem oferecer controles de estabilidade e tração, ou motor flex (presente no ASX nacional). Além disso, tinha 2,63 m de entre-eixos, menor que o do Volkswagen Virtus.
O fim da oferta do Lancer no Brasil coincide com o lançamento de versões nacionais do Eclipse Cross.
Com este movimento, a Mitsubishi passou a ter apenas SUVs (ASX, Eclipse Cross, Outlander, Pajero Sport e Pajero Full) e picape (L200 Triton Sport) em sua gama de produtos.
– (Divulgação/Mitsubishi)