Novidades

31 DEZ
O primeiro duelo de Chevrolet S10 e Ford Ranger

O primeiro duelo de Chevrolet S10 e Ford Ranger

Feras domadas: apesar da cara de off-road, a Ranger e a S10 foram feitas para rodar no asfalto, com um visual agressivo que caiu no gosto dos jovens (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Na estrada, onde essas picapes nasceram para rodar, a Chevrolet S10 e a Ford Ranger mostram suas principais virtudes: com boa capacidade de carga (aqui a S10 leva vantagem: 750 kg contra 650 kg da Ranger), ambas se sentem “à vontade”, principalmente em velocidade de cruzeiro.

Ranger: menor e mais ágil, ela perde para a S10 em capacidade de carga, mas seu motor mais potente proporciona mais velocidade e agilidade nas ultrapassagens (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Nessas condições, o motorista pode desfrutar do silêncio e do conforto que elas propiciam, além da estabilidade e da maciez ao rodar.

A Ranger, no entanto, sai vencendo neste round. Graças ao seu motor V6 de 4,0 litros, capaz de gerar 162 cavalos de potência, ela proporciona muito mais prazer de condução que a S10, já que, além de ser mais veloz, permite retomadas mais rápidas.

A caçamba é maior e, além de possuir ganchos de fixação de objetos, tem mais capacidade de carga: 750 kg, contra 650 kg da Ranger (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Essa agilidade faz falta no modelo da General Motors, equipado com motor de 2,2 litros, que produz 106 cv de potência. Nela, são necessárias mais trocas de marcha em ultrapassagens que na rival.

O aspecto negativo fica por conta da falta de espaço para levar bagagens. A menos que seja instalada uma cobertura na caçamba, não é possível viajarem duas pessoas com suas malas para um final de semana a bordo de qualquer uma das picapes.

Isto ainda é pior na Ranger, que não conta sequer com ganchos para fixação de objetos.

Esse é o grande defeito: não há espaço para malas. Nem mesmo bolsas pequenas cabem atrás dos bancos. Quando se viaja em dupla, a bagagem tem de ir na caçamba (Germano Lüders/Quatro Rodas)

É preciso apenas lembrar que, embora tenham comportamento bastante parecido com o de carros comuns (principalmente na estrada), é necessário estar atento na hora de fazer curvas.

Como seus centros de gravidade são mais elevados do que um de automóvel, as picapes têm reações diferentes nessas situações. São menos estáveis, e não passam a sensação de que estão “grudadas no chão”.

O estepe fica abaixo da caçamba nas duas picapes. É fácil tirá-lo: basta girar uma manivela (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Sem falar, é claro, das suspensões. Sobre pisos regulares, é preciso acostumar-se apenas a altura e a inclinação da carroceria. Já sobre asfalto irregular ou esburacado, a atenção deve ser maior, pois a traseira pode pular, dificultando o controle do carro.

No dia a dia, embora as picapes sejam confortáveis não se pode dizer que conduzir um desses modelos no trânsito das metrópoles seja uma delícia. Por causa do tamanho, é difícil tanto para a S10 quanto para a Ranger vencer os congestionamentos e encontrar vagas nas garagens apertadas de prédios e shoppings, apesar de contarem com ótimos retrovisores e bom campo de visão.

A ranger entra melhor em vagas apertadas, embora não sobre espaço (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Não é mesmo boa ideia ir às compras com uma dessas duas. Além de da dificuldade em manobrá-las, não existe lugar para acomodar pacotes ou sacolas, já que o espaço atrás dos bancos é mínimo. A solução é ir sem companhia e botar as compras no chão ou no banco do passageiro.

Rodando, elas têm comportamento diferente. Enquanto a S10 apresenta um temperamento dócil – até em demasia – a Ranger precisa ser “domesticada”. O motor V6 parece até exagerado para seu tamanho. Assim, o motorista desacostumado vai se surpreender “fritando” os pneus involuntariamente ao avançar nos cruzamentos ou em saídas de semáforos.

Em aclives com piso irregular e a caçamba vazia, a situação piora, já que, com o peso concentrado na dianteira, a traseira leve salta muito, dificultando o tracionamento. A Ranger sobe ladeiras esburacadas, literalmente aos pulos.

Carro sofre para passar num vão de 2,80 m de largura (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Na S10, ocorre o contrário. Ela sente falta de mais força no motor para vencer subidas com tranquilidade. Além disso, o acelerador possui curso muito longo, o que contribui para a impressão de “falta de fôlego”. Para conseguir subir ladeiras com a picape da Chevrolet, é preciso pisar fundo.

A posição de dirigir, mais elevada, assim como as dimensões das duas, também têm seu lado positivo na cidade: a possibilidade de antever situações adversas e o respeito que ambas impõem diante de motoristas mal-educados.

O espaço da caçamba não resolve problemas, como carregar pacotes de supermercado. Eles têm de ser acomodados no chão, ou em cima do banco do passageiro (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Em matéria de conforto, tanto a Ranger quanto a S10 não decepcionam, oferecendo os mesmos itens que automóveis convencionais, como ar-condicionado e direção hidráulica. Nos equipamentos disponíveis, o modelo da Chevrolet dá uma goleada: só ela tem janelas, travas e retrovisores acionados por comando elétrico, além de vidro traseiro corrediço e faróis auxiliares de neblina.

 (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Já a Ranger oferece, entre os itens de série, airbag para o motorista e freios com sistema ABS nas quatro rodas. Trio elétrico e toca-fitas nem como opcional. Na Ranger, porém, os ocupantes acomodam-se melhor. Os assentos da S10 são desconfortáveis, e não possuem regulagem do apoio de cabeça.

 (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Mas todo conforto não é suficiente para atenuar o sofrimentos dos ocupantes quando se trafega sobre pisos esburacados, tão comuns no Brasil. Aí, é melhor esquecer a pressa e andar devagar. A não ser que você queira se sentir dentro de um liquidificador, já que as duas se comportam da mesma maneira, com a traseira saltando sem parar.

Ranger: o V6 4.0, com 162 cv de potência, é a maior vantagem da Ranger em relação à rival (Germano Lüders/Quatro Rodas)

Assim como na estrada, a Ranger é superior à S10 na cidade por causa do motor. Depois que se aprende a domá-la, torna-se um carro ágil, apesar do tamanho, e apta para acelerar como um típico “carro de boy”.

S10: com 106 cv, esse 2.2 tem pouco torque. Ainda assim, consegue bons resultados na estrada (Germano Lüders/Quatro Rodas)

A S10 só ganha da Ranger num tipo de terreno: estradas de terra, justamente o que essas picapes não foram feitas pra enfrentar.

A Ranger venceu graças ao motor. Os 60 cv potência a mais, a diferença de cilindrada e a injeção multipoint tornam o desempenho da Ranger superior ao da S10.

40 a 100 km/h: 23,81 s

40 a 120 km/h: 33,56 s

40 a 100 km/h: 36 s

40 a 120 km/h: 51,82 s

100 a 0 km/h: 46,7 m

120 a 0 km/h: 67,3 m

100 a 0 km/h: 41,7 m

120 a 0 km/h: 53,6 m

Na estrada vazio: 10,33 km/l

Na estrada cheio: 9,71 km/l

Na estrada vazio: 9,60 km/l

Na estrada cheio: 9,02 km/l

Tanque/caçamba: 62 l/ 650 kg

Peso (eixos dianteiro e traseiro): 914 kg/ 588 kg

Tanque/caçamba: 76 l/ 750 kg

Pesos (eixos dianteiro e traseiro): 890 kg/ 670 kg

Traseira: Feixe de molas de dois estágios, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora.

Traseira: eixo rígido, feixe de molas semi elípticas de dois estágios e amortecedores hidráulicos de dupla ação.

Dianteiro: disco; Traseiro: tambor

Dianteiro: disco ventilado; Traseiro: tambor

Pneus: Firestone FR 480 225/70 R 14

Pneus: Firestone Radial 225/75 R15

Opcional: ar-condicionado.

Opcional: ar condicionado, rádio toca-fitas, alarme anti-furto, travas acionadas à distância, pintura metálica ou perolizada.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

18 FEV

Correio Técnico: há diferença entre ar-condicionado digital e automático?

Qual a diferença entre o ar-condicionado digital e o automático? – Hugo Galvão – Caraguatatuba (SP)O primeiro tem um mostrador de LCD ou é controlado pelo multimídia, enquanto o segundo faz os ajustes de velocidade e difusor de acordo com a temperatura selecionada. A confusão ocorre porque, na maioria dos casos, o ar-condicionado digital também é automático. Algumas marcas aproveitam essa associação para passar a impressão de que o sistema dos seus carros é automático,... Leia mais
18 FEV
Enquete: você prefere o novo Hyundai i20 europeu ou nosso HB20?

Enquete: você prefere o novo Hyundai i20 europeu ou nosso HB20?

– (Divulgação/Hyundai)A Hyundai bem que tentou manter em segredo, mas as primeiras imagens da terceira geração do Hyundai i20 vazaram na internet antes da apresentação oficial no Salão de Genebra, em março.As fotos mostram um compacto com visual bem interessante, levando a uma inevitável comparação com o “primo” HB20.– (Divulgação/Quatro Rodas)A dianteira do novo i20 tem traços retilíneos que integram as linhas da grade hexagonal aos faróis, formando um desenho bem... Leia mais
18 FEV
Teste: VW T-Cross 200 TSI manual é um Up! turbo com porte de SUV

Teste: VW T-Cross 200 TSI manual é um Up! turbo com porte de SUV

– (Fernando Pires/Quatro Rodas)Ele não tem ronquinho de esportivo e nem é chamado de “bengador” pelos donos. Esse carro é tão discreto que pensei ter confundido a ficha de testes com algum hatch – ele foi mais rápido que o VW Up! TSI, com vantagem de 1,2 s no 0 a 100 km/h. Só que não.Se a opção mais barata do T-Cross (R$ 84.990) nem recebeu sobrenome próprio, o que não falta é fôlego para conquistar o coração de quem já não consegue encontrar esse conjunto em carros... Leia mais
17 FEV
Holden: mãe do Omega australiano tem seu fim declarado pela GM

Holden: mãe do Omega australiano tem seu fim declarado pela GM

Holden Commodore se tornou Chevrolet Omega no Brasil (Holden/Divulgação)Com uma estratégia cada vez mais focada na América Latina, Estados Unidos e China, a General Motors decretou o fim da subsidiária australiana Holden. Todas as atividades da marca, controlada pela gigante norte-americana desde 1931, serão encerradas até o ano que vem.Dos cerca de 800 funcionários, 600 serão dispensados. Os 200 restantes serão mantidos no fornecimento de peças e assistência técnica por mais 10... Leia mais
17 FEV
Novo Pagani Imola “correu” três 24 Horas de Le Mans para ficar pronto

Novo Pagani Imola “correu” três 24 Horas de Le Mans para ficar pronto

O Huayra Imola homenageia o circuito italiano (Pagani/Divulgação)O novo Pagani Imola será apresentado oficialmente somente no Salão de Genebra, em março, mas a fabricante de superesportivos italiana já mostrou um pouco da versão mais radical do Huayra, desenvolvida para as pistas e homologada para rodar nas ruas.O supercarro foi batizado com o nome do circuito italiano onde foi exaustivamente testado. De acordo com a Pagani, o modelo completou cerca de 16 mil quilômetros em testes,... Leia mais
17 FEV
Ford Ranger Raptor deve ganhar motor V8 do Mustang, mas com insanos 718 cv

Ford Ranger Raptor deve ganhar motor V8 do Mustang, mas com insanos 718 cv

– (Divulgação/Ford)A Ford Ranger Raptor pode ganhar uma nova versão um tanto mais forte na Austrália. Ao que tudo indica, a picape herdará o famoso motor Coyote presente no Mustang, porém, um pouco mais envenenado.Caso se confirme, a camionete irá abandonar seu motor quatro cilindros turbodiesel de 213 cv e 51 mkgf para ser alimentada por um autêntico V8 5.0 com compressor de ar Roush TVS de 2,65 litros.– (Divulgação/Ford)Com isso, o modelo finalmente ganharia uma variante que... Leia mais