– (Arte/Quatro Rodas)
O mercado de veículos PcD está como a música Isso Aqui Tá Bom Demais, do Dominguinhos: quem está fora quer entrar mas quem está dentro não sai. Isso vale para as fábricas e para os consumidores.
PcD é o segmento que mais cresce tanto em número de ofertas quanto em vendas. Se você está pensando em entrar na dança, parceiro é o que não falta.
Pensando em facilitar sua escolha, reunimos 20 modelos entre os mais vendidos do mercado com preço até R$ 70.000, que é o valor limite para se obter a isenção de impostos, em um supercomparativo.
Os carros, separados em dois grupos: 10 SUVs, de um lado e 10 sedãs, do outro, foram comparados nos mínimos detalhes: equipamentos, acabamento, comportamento dinâmico.
E, além do desempenho em pista, levantamos também o consumo de combustível e os custos com manutenção e seguro.
Se você quer saber se pode pleitear os descontos e como proceder, fizemos um texto explicando o passo a passo do processo todo.
Para quem não tem pressa de comprar carro agora, a edição traz ainda duas novidades que ainda vão chegar ao mercado (e que, portanto, não têm previsão de versão PcD, para tão cedo).
Uma delas é o sedã Nissan Versa que chega no segundo trimestre de 2020, totalmente renovado.
Com a mesma plataforma e equipamentos do SUV Kicks, que é o Nissan mais vendido no país, o Versa tem potencial para agradar tanto quanto o irmão.
A outra novidade está um pouco mais distante. Na verdade, ela ainda é um segredo que a Ford guarda a sete chaves. Trata-se da próxima geração do Ecosport.
A previsão é de que o novo SUV chegue somente em 2021, mas a espera será recompensada. Além de fazer um carro com design mais bonito e com conteúdo mais sofisticado, a Ford vai corrigir a característica que se tornou o principal ponto fraco do carro diante dos concorrentes: o tamanho.
Ainda na fase inicial de projeto, o novo Ecosport foi flagrado rodando sob uma carroceria do compacto Ford Ka. Mas, nossas fontes garantiram que o Ecosport vai crescer para oferecer maior espaço interno na cabine e no porta-malas.
– (Arte/Quatro Rodas)
Outros destaques da edição de janeiro:
Hyundai Santa Fe: testamos com exclusividade a nova geração do SUV grande da Hyundai que chega ao país custando R$ 300.000.
VW Golf VIII: andamos também no Golf Geração VIII e não nos decepcionamos: ele continua o bom e velho hatchback que tanta gente gosta.
Ford Mustang Black Shadow: para quem aprecia os esportivos americanos, eis aqui uma versão comemorativa alusiva aos 55 anos desse pony car.
De frente para o vento: de capacete e cinto de segurança, dirigimos um chassi de ônibus, com apenas um assento para o motorista.
Longa duração: sem perda de tempo, levamos o recém-chegado Onix Plus para o primeiro teste na pista.
Top Brands: veja o resultado da pesquisa que levantou como o brasileiro vê as marcas de automóveis em 20 categorias.
Daniela: pesquisa explica como os brasileiros veem as marcas de carros (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Tom Jobim já dizia que o Brasil não era para principiantes. Afinal, aqui tem lei que não pega, jogo de torcida única, cópia autenticada e até uma exótica tomada de três pinos.
Entre essas jabuticabas, que é como chamamos as excentricidades que só existem no Brasil (apesar de a fruta ser encontrada em outros países da América do Sul), temos uma típica do nosso mercado de automóveis: a legislação para carros de PcD (pessoa com deficiência).
Como muitas leis bem-intencionadas, essa nasceu com um objetivo nobre: permitir que motoristas com dificuldade de locomoção tivessem acesso a um automóvel, um bem reconhecidamente caro no país. Ao isentá-los da cobrança de vários impostos, o preço pode cair até 30%.
Criativo por natureza, o brasileiro deu seu jeitinho e o privilégio foi sendo estendido a outras categorias, até desvirtuar seu propósito. Hoje a venda PcD alcança uma lista de quase 70 doenças (como tendinite e diabetes) e alguns de seus familiares – e até carros de luxo têm direito!
Resultado: a Abridef, entidade do setor, estima que até 50% dos motoristas brasileiros teriam direito à isenção de impostos. Só esse número já mostra por que a capa desta edição interessa a tanta gente.
Elaborada pelos editores Paulo Campo Grande e Péricles Malheiros, a reportagem do supercomparativo PcD colocou em análise 20 carros, em dois confrontos separados, um para sedãs e outro para SUVs, dependendo de qual for sua preferência.
Além da avaliação técnica de cada modelo, a experiente dupla esmiuçou também outro atributo que mexe com a cabeça dos brasileiros: os custos, especialmente os de seguro, revisão e combustível.
É para ajudar a entender a cabeça desses mesmos brasileiros que surgiu outra importante matéria desta edição: a pesquisa Top Brands. Ela avalia como cada um de nós enxerga as marcas de automóveis no país. Qual montadora é a referência em picapes, SUVs, tecnologia, segurança ou status?
A resposta para essas dúvidas – de um total de 20 – deve-se em grande parte à dedicação e talento da especialista em pesquisa Daniela Formaio, que trabalha na Inteligência Abril, responsável pelo levantamento em conjunto com a MindMiners.
Profissional rara nesse mercado, Daniela entende muito bem de automóvel e pesquisa, afinal é ela quem coordena há cinco anos outro importante e já conhecido estudo da QUATRO RODAS, Os Eleitos, que há 20 anos analisa a opinião dos proprietários dos veículos mais vendidos do Brasil.
Recomendo a todo gearhead a leitura da pesquisa Top Brands, pois encontrará lá alguns resultados que desafiam o senso comum. E também vai ajudar você a entender melhor como é o jeitinho brasileiro na hora de falar sobre carros.