Dependendo da versão, a capacidade de carga da Saveiro chega a 715 kg (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Parece que foi ontem, mas já se passaram dez anos desde que a quinta geração da Saveiro estreou.
O modelo 2010 representou a maior evolução nos 37 anos da picape, marcada pela adoção do motor transversal, da cabine estendida e da dirigibilidade similar à de carro de passeio.
Responsável por 25% da produção, a aventureira Cross tem a maior aceitação em função do bom nível de equipamentos: traz sempre cabine estendida, para-choque dianteiro exclusivo, faixas laterais, acabamento interno mais sofisticado, ar-condicionado e rodas de liga aro 15 com pneus de uso misto 205/60.
Prefira sempre o modelo 2013 em diante, que já traz freios ABS e airbags dianteiros.
A cabine simples fez muito sucesso na versão básica, ainda mais quando tem o pacote Trend: calotas integrais nas rodas de aço aro 14, para-choques na cor da carroceria, faróis de refletor duplo, chave canivete e painel com conta-giros e detalhes cromados.
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Chamativa, a intermediária Trooper traz rodas de aço aro 15 com pneus 205/60, faróis com máscara negra e direção hidráulica. O motor é sempre o confiável EA111, um 1.6 8V de 101/104 cv acoplado ao bom câmbio manual de cinco marchas.
Apesar de atraentes, os pneus de uso misto da Cross resultam em consumo maior e piora nas acelerações e retomadas.
A sexta geração veio no modelo 2014, que adotou o padrão global VW com faróis, grade e para-choque novos. Recebeu interior com parte central do painel e difusores de ar redesenhados.
A versão Trooper incorporou os airbags dianteiros como item de série e perdeu a cabine simples.
A linha 2015 trouxe freios a disco nas quatro rodas em todas as versões, que passaram a ser Startline (cabine simples), Trendline (simples ou estendida) e Cross (estendida), esta com ABS com função off-road, ESP, sistema de assistência à frenagem, bloqueio eletrônico de diferencial, partida em rampa e o novo motor EA211, um 1.6 16V de 110/120 cv.
Logo depois veio a cabine dupla, a única para cinco ocupantes: a versão Highline agregou ar-condicionado, faróis de neblina e frisos laterais cromados.
Para se diferenciar de Gol/Voyage, faróis e grade ficaram mais altos na linha 2017 e o para-choque dianteiro tornou-se exclusivo da picape.
As lanternas lembram as da Amarok, a tampa passou a ser aberta pelo logotipo da VW e a versão básica passou a ser a Robust.
Em qualquer versão, a Saveiro é uma picape mais civilizada que a Strada, pelo projeto mais recente ou pelo comportamento dinâmico. Mesmo não sendo tão popular quanto a da Fiat, tem seus méritos: é fácil de comprar, de manter e de revender.
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Câmbio: Trepidações são causadas, em geral, pelo fim da vida útil da embreagem, mas comece verificando se os coxins do câmbio não estão rompidos. Os dois reparos são simples, rápidos e de baixo custo.
Consumo de óleo: Algumas unidades do motor EA211 (1.6 16V MSI) apresentaram consumo excessivo de óleo lubrificante, o que levou a VW a substituir diversos componentes ou o motor inteiro nos casos mais graves. Verifique o histórico de manutenção e se o veículo ainda se encontra dentro do período de garantia.
Cabeçote: No motor EA111 (1.6 8V), o problema está na queda de pressão de óleo, evidenciada pelo forte ruído nos tuchos hidráulicos. A causa pode ser uma das duas válvulas do circuito (na bomba de óleo ou no cabeçote) ou folga excessiva nas bronzinas de biela, nas bronzinas de mancal e no comando de válvulas.
Ignição: A fonte mais comum de falhas no motor EA111 é a bobina de ignição, que pode apresentar trincas, oxidação ou problemas em seus conectores. Verifique a resistência e o sinal da bobina antes de trocar velas e cabos de vela.
Recalls: Foram quatro: airbag do passageiro (2017), alternador (2016 a 2017), pinças dos freios traseiros (2014 a 2018) e uma inusitada falta do registro de liberação (2009, 2015, 2017 e 2018).
Nome: Felipe Timm Raffi
Idade: 27 anos
Profissão: produtor rural
Cidade: Pelotas (RS)
O que eu adoro
“O que mais agrada é o estilo, o mais bonito e atual entre as rivais. E o conforto de rodagem e o comportamento dinâmico merecem destaque, pois nem parece um utilitário. Está resistindo bem ao uso diário no trabalho.”
O que eu odeio
“O rendimento do motor EA111 poderia ser melhor: falta potência e o consumo é alto, em especial na estrada. O acabamento continua sendo o maior problema dos VW: plásticos duros e muitos ruídos internos.”
33.719
37.228
Abril de 2016 “A carroceria renovada combina com o interior repaginado do Gol, marcado pelos traços horizontais e melhor acabamento. (…) Traz recursos de segurança inexistentes na Strada, como auxiliar de partida em rampa e ABS com função off-road (que permite um leve travamento das rodas para acumular terra e facilitar a frenagem).”– (Marco de Bari/Quatro Rodas)
– (Acervo/Quatro Rodas)
Fiat Strada: foi a primeira a ter três opções de cabine. As mais simples, com o motor Fire 1.4 EVO (85/88 cv), são mais indicadas para frotistas e uso profissional. A maior novidade do modelo 2011 foi o motor E.torQ 1.8 16V (130/132 cv). Robusta e fácil de manter, a Strada é unanimidade entre donos, mecânicos e lojistas, mas é inferior em estabilidade.