Novidades

26 DEZ
Clássicos: O Kaiser DeLuxe que não agradava só os baixinhos

Clássicos: O Kaiser DeLuxe que não agradava só os baixinhos

O para-brisa do Kaiser-Frazer se desarmava em colisões (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Erguida em 1941 para construir bombardeiros B-24 Liberator para a Segunda Guerra, a fábrica de Willow Run, na periferia de Detroit, dedicou seus primeiros anos de paz à produção dos automóveis Kaiser e Frazer.

Desenhados por Howard Darrin, os primeiros automóveis deixaram a linha de produção em 1946, menos de um ano após a fundação da Kaiser-Frazer Corporation.

Apaixonado por automóveis, o magnata Henry J. Kaiser sabia que para fabricar automóveis deveria contar com o apoio de um executivo com vasta experiência na indústria automobilística.

Linha de cintura baixa: visibilidade total (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Esse profissional era ninguém menos que Joseph Frazer, então diretor executivo da combalida Graham-Paige Motors Corporation.

Assim surgiram o sofisticado Frazer Standard e o popular Kaiser Special, ambos com a mesma carroceria de quatro portas no inédito estilo “ponton”, com três volumes bem definidos e para-lamas integrados à cabine que eliminaram os estribos laterais.

Versão DeLuxe tinha motor Continental 6-cilindros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Um estilo muito mais avançado que o dos velhos modelos da GM, Ford e Chrysler.

A rapidez no desenvolvimento dos automóveis se deu em função dos inúmeros contatos pessoais de Joseph Frazer. O motor de seis cilindros em linha, 3,7 litros e 100 cv era comprado da Continental Motors Company.

A Warner Gear forneceu o câmbio manual de três marchas, enquanto o sistema de freios era adquirido da Bendix Corporation.

Escolhida por Frazer, a equipe do engenheiro Henry McCaslin desenvolveu uma suspensão dianteira independente que a gigante Ford nem ousava oferecer.

Os 3,14 metros de entre-eixos e a larga cabine acomodavam com folga seis ocupantes, que também apreciavam um acabamento interno com materiais e arremates de qualidade excepcional.

Painel acolchoado e interior sem cantos vivos: preocupação com a segurança (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A projeção da Kaiser-Frazer era de que o popular Kaiser responderia por dois terços da produção total.

A linha 1949 trouxe como novidade um motor mais potente de 112 cv e os modelos Kaiser Traveler e o Frazer Vagabond, utilitários que mantinham as mesmas linhas básicas do sedã e um grande vão de acesso à parte traseira, como em uma perua.

Mas as vendas caíram logo que as três grandes de Detroit apresentaram os novos modelos 1949. Nem a transmissão automática Hydra-
-Matic (fornecida pela GM) de quatro velocidades manteve o apelo dos modelos.

Espaço e acabamento excepcionais (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O projetista Howard Darrin foi encarregado de desenvolver a segunda geração com o apoio de Alex Tremulis, Brooks Stevens, Herb Weissinger e Duncan McRae.

O resultado não poderia ter sido melhor: nenhum automóvel americano exibia um estilo mais avançado que o dos Kaiser-Frazer 1951, que  tinham uma carroceria com perfil muito baixo e uma ampla área envidraçada.

Havia os padrões de acabamento Special e DeLuxe e três opções de carroceria: cupê de duas portas, sedã de duas portas e sedã de quatro portas.

Versão DeLuxe trazia detalhes cromados (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Insatisfeito, Joseph Frazer deixa a sociedade em 1951, que passa a se chamar Kaiser Motors Corporation. Antigo topo de linha da Frazer, o modelo Manhattan assume o sobrenome Kaiser e agrega ar-condicionado, rádio e direção com assistência hidráulica.

Caríssimo, o sedã hardtop Dragon surgiu em 1953 com um padrão de acabamento muito acima da média.

A disputa pelo mercado fez Ford e GM derrubarem seus preços, prejudicando pequenos fabricantes como a Kaiser. Oldsmobile e Cadillac ganharam grande prestígio com seus motores V8 de alta compressão, mas Henry Kaiser manteve-se fiel à filosofia do automóvel barato, bonito, confortável e econômico.

Focada nos utilitários Jeep, a empresa adquire a Willys-Overland em 1953 e muda seu nome para Kaiser-Willys Corporation.

A produção dos automóveis de passeio Kaiser foi encerrada em 1955: o ferramental foi enviado à Argentina e deu origem ao sedã Carabela, primeiro automóvel da sociedade de economia mista Industrias Kaiser Argentina.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

10 JUN

Kawasaki Versys 1000 2020 chega renovada ao Brasil por R$ 55.490

A Kawasaki anunciou nesta segunda-feira (10) a chegada da Versys 1000 renovada ao Brasil. O modelo 2020 chega às concessionárias da empresa em 15 de julho por valor a partir de R$ 55.490. Veja os preços: Versys 1000 Standard: R$ 55.490 (antes, custava R$ 49.990)Versys 1000 Grand Tourer: R$ 66.990 (antes, custava R$ 57.990) De proposta estradeira e com visual aventureiro, a Versys 1000 manteve a base, mas passou por mudanças visuais, alterações mecânicas. Motos 2019: veja... Leia mais
10 JUN

Fernando de Noronha é 1º território no Brasil a banir carro a combustão

Renault doou seis carros elétricos à administração da ilha (Divulgação/Renault)Fernando de Noronha será o primeiro território pertencente ao Brasil a banir veículos movidos a combustão.Um decreto-lei sobre o tema foi assinado na última semana pelo governador de Pernambuco – estado que administra o território -, Paulo Câmara. O documento será gora apreciado pela assembleia legislativa pernambucana.Pelo decreto, a partir de 10 de agosto de 2022 ficará proibida a entrada de novos... Leia mais
10 JUN

'Apenas advertência não terá nenhum resultado', diz autor de estudo sobre mortalidade infantil em acidentes de trânsito nos EUA

O médico Faisal Qureshi, cirurgião pediatra especializado em trauma, está acostumado a ver de perto o sofrimento de crianças vítimas de acidentes de trânsito. Professor do UT Southwestern Medical Center, centro médico em Dallas, no Texas, ele publicou em 2017 um estudo que analisou as taxas de mortalidade infantil em desastres de trânsito nos Estados Unidos. Qureshi e os outros autores concluíram que um dos principais fatores de risco do uso incorreto de dispositivos de... Leia mais
10 JUN

França considera que fusão entre Fiat Chrysler e Renault continua sendo "boa oportunidade"

O projeto de fusão entre o grupo Renault e a Fiat-Chrysler (FCA), de capital italiano e americano, "continua sendo uma boa oportunidade", afirmou nesta segunda-feira (10) o ministro francês da Economia, poucos dias após o fracasso das negociações. "Um projeto de fusão com a FCA continua sendo uma boa oportunidade", disse Bruno Le Maire à imprensa em Tóquio, mas reforçando o desejo de manutenção da atual aliança Renault-Nissan e dos postos de trabalho. A FCA decidiu na... Leia mais
10 JUN

O dia em que QUATRO RODAS acelerou um VW Gol AP 4×4 de 500 cv

O visual do modelo quase não dava pistas das suas modificações mecânicas (Marco de Bari/Quatro Rodas)Matéria originalmente publicada na QUATRO RODAS de Outubro de 2003Pax et bonum. O provérbio em latim estampado no emblema frontal abre passagem pedindo a paz e o bem. Quem está à frente só vê o Gol preto-fosco com cara de mau crescer rapidamente no retrovisor.Quando olha de novo, não está mais lá. Já passou, empurrado por mais um coice da embreagem.Dirigir o Gol Hellbrügge GT4 é... Leia mais
10 JUN

Correio Técnico: o que significam os números 6×4 e 8×2 dos caminhões?

Caminhões com mais de um eixo de tração geralmente são usados em locais de menos aderência (Divulgação/Volkswagen)O que significam os números 6×2, 8×2 e 6×4 que aparecem nos caminhões? – Alexandre pinto, Maria da Fé (MG)O primeiro algarismo indica o número de rodas e o segundo, quantas têm tração, como ocorre nos veículos e SUVs com tração nas quatro, os 4×4. Mas há duas diferenças nos caminhões e ônibus. Neles, o primeiro número não indica necessariamente o... Leia mais