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Impressões: nova Ram 2500 é o Rolls-Royce das picapes. Ou seria caminhão?

Impressões: nova Ram 2500 é o Rolls-Royce das picapes. Ou seria caminhão?

Picape chegará ao mercado brasileiro em versão única e não terá opcionais (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se você mora na cidade de São Paulo, pode pular as próximas páginas. E, na verdade, até mesmo a necessidade de circular em horário comercial pela capital paulista já seria suficiente para desistir da compra.

Isso porque a Ram 2500 só pode rodar pela zona de restrição de circulação em determinados horários ou se for registrada como VUC (Veículo Urbano de Carga). Essa limitação não é problema e você tem habilitação pelo menos para a categoria C?

Então, prazer, esse é o Rolls-Royce das picapes.

Capacidade de carga é 1.088 kg, só 88 kg a mais que Toro diesel (Christian Castanho/Quatro Rodas)

É claro que a gigante americana chama atenção por onde passa: são 6,06 metros de comprimento, 2,12 de largura e 2,04 de altura. Bem maior que a Fiat Toro (1,15 m a mais) e até que a VW Amarok (81 cm).

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

E pode até ser difícil imaginar como ela é na vida real, já que não há nada parecido com essa picape pelas nossas ruas e o lançamento só acontecerá em dezembro – nós antecipamos o primeiro contato com exclusividade e, por ser uma unidade sem especificação final para nosso mercado, não pudemos testá-la na pista.

Compartimento tem 102 litros de capacidade, tomada 115 V e até ralo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Com esse tamanho, não faltou espaço para os engenheiros criarem soluções que aproveitam (ou contornam) as medidas generosas: os retrovisores podem ser levantados para ficar na vertical e aumentar o campo de visão, como se fosse um caminhão, e cada para-lama traseiro tem espaço para 102 litros, além de tampa com fechadura, ralo para escoamento e até tomada de 115 V.

Já o estribo lateral, oferecido como acessório em picapes médias, é de série e quase obrigatório para garantir o acesso à cabine.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O que talvez você já tenha reparado é que boa parte da carroceria (e chassi) continua igual à quarta geração que era vendida antes e que estreou nos EUA em 2009.

Capacidade de carga é de 1.088 kg (Christian Castanho/Quatro Rodas)

E além do novo desenho na dianteira, com faróis de led inspirados na “irmã menor” 1500 – prevista para desembarcar aqui no ano que vem – e com grade cromada maior que em qualquer outro carro oferecido no país, a lista de equipamentos (principalmente de tecnologia) está muito mais recheada.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Na parte de dentro, a tela de 12 polegadas sensível ao toque provavelmente chamará a atenção dos ocupantes por ser totalmente configurável e substituir boa parte dos botões do painel.

Só que também há cancelamento ativo de ruído, bancos dianteiros com ventilação e aquecimento (este último disponível para volante), vidros laminados que aumentam o isolamento acústico e até a abertura elétrica da janela que dá acesso à caçamba – com acionamento automático da tampa na própria chave.

Há uma série de detalhes próprios desse modelo, como retrovisor com duas posições (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Quem viaja atrás também tem direito a mordomias: há saídas de ventilação (ainda que não tenha um controle de temperatura específico para a segunda fileira), porta-objetos sob o assoalho com espaço suficiente para um par de sapatos, outro espaço sob os bancos e uma infinidade de tomadas: duas do tipo USB C, duas USB convencionais e uma com padrão doméstico (norte-americano) com 115 V.

Essa é quase a mesma quantidade de conexões lá da frente, que tem um USB extra sob o apoio de braço.

Comparada à Toro, a nova Ram 2500 é 1,15 m mais comprida e 36 cm mais alta (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em relação ao espaço, cinco adultos podem viajar sem esbarrarem ombros ou pernas – caberia até uma sexta pessoa no lugar do console central, caso o fabricante preferisse assim.

Também é importante dizer que, atrás, o encosto tem inclinação correta e o assento permite manter as pernas na mesma posição que ficariam em um carro de passeio.

Digo isso porque, em várias picapes médias à venda no Brasil, o encosto é muito vertical e os joelhos ficam acima da linha do quadril por conta do chassi.

Acabamento mistura couro, camurça sintética e diferentes texturas no painel (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Como você já deve imaginar, manobrar essa gigante não é das tarefas mais fáceis, mas há sensores dianteiros e traseiros, além de um sistema de câmeras com 360o, para tentar facilitar a vida do motorista.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Só faltou um assistente automático de baliza para os novatos. Isso porque, além de se adaptar às dimensões (literalmente) dignas de caminhão, os recém-chegados à marca deverão se acostumar à alavanca de câmbio na coluna de direção e ao freio de estacionamento com acionamento por pedal.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Para despertar o motor 6.7 turbodiesel de seis cilindros em linha, basta apertar o botão de partida, um ritual tão simples quanto selecionar o modo de tração, que também tem comandos elétricos.

O conjunto mecânico continua igual a antes, inclusive com o mesmo sistema de transmissão com seis marchas, mas recebeu algumas atualizações para render 365 cv de potência e 110 mkgf de torque – ou seja, 35 cv e 4 mkgf a mais.

Sistema de tração tem acionamento elétrico (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Só que, apesar dos recursos para rodar fora de estrada (há tração 4×4, reduzida e ângulos de entrada de 22,9o e de saída de 25,8o), a marca admite que a missão da picape no Brasil será desfilar no asfalto.

E, nessa situação, ela se comporta espantosamente bem, mesmo pesando 3.448 kg.

Coluna de direção esconde um botão para ajustar eletricamente a distância dos pedais (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A principal mudança na suspensão veio em 2009, quando a picape recebeu molas helicoidais atrás no lugar do feixe de molas (que, apesar de robusto, compromete dinâmica e conforto).

Agora, a empresa aproveitou a reestilização só para fazer ajustes na calibração.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

E, por mais que esse modelo pareça bruto e até assuste quem se aproxima, a sensação ao volante é supreendentemente suave: a direção com assistência elétrica é ágil, principalmente considerando o tamanho da Ram, e as respostas ao pedal direito são rápidas.

É possível levar objetos mais altos graças ao banco modulável (Christian Castanho/Quatro Rodas)

É apenas questão de tempo para aprender os limites de aderência, sobretudo da traseira, que pode ameaçar deslizar em algumas curvas. Mas pode ficar tranquilo que, até pegar o jeito, o controle de estabilidade será cauteloso (e até demais).

Há uma base plana para o compartimento (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A lista de recursos de segurança inclui seis airbags, monitoramento de ponto cego, alerta de tráfego cruzado, acendimento de faróis e acionamento de luz alta automáticos, controle eletrônico de redução de rolagem da carroceria e sensor de chuva.

Há um compartimento no assoalho da segunda fileira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Pena que não haja controle de velocidade adaptativo ou até mesmo alerta de colisão frontal e sistema de frenagem automática de emergência, algo disponível em carros bem mais baratos.

Por R$ 289.990, não é de surpreender que a meta será vender 700 unidades em 2020.

Além disso, há uma série de limitações que podem afastar possíveis compradores que não estão dispostos a mudar a categoria da habilitação ou que não querem ficar restritos à faixa da direita e à velocidade para caminhões nas rodovias.

Atrás há saídas de ventilação, portas USB e tomada de 115 V (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas, se você gosta do estilo e não se importar com esses detalhes, seja feliz com sua 2500. Não quer lidar com essas burocracias? Então resta torcer para a 1500 (25 cm menor e que aceita CNH de carro) chegar logo.

O tamanho da Ram 2500 garante espaço de sobra e olhares por onde passa, mas esbarra em limitações da legislação e na dificuldade de uso na cidade.

Se isso não te convencer a desistir, essa é a melhor picape que alguém pode ter – ao menos em relação ao luxo.

Preço: R$ 289.990
Motor: diesel, dianteiro, longitudinal, 6 cilindros em linha, turbo, 6.690 cm3, 24V, 107 x 124 mm, 19:1, 365 cv a 2.600 rpm, 110 mkgf a 1.800 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração 4×4
Suspensão: eixo rígido com molas helicoidais (dianteiro e traseiro)
Freios: disco ventilado (dianteiro e traseiro)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: 275/70 R18
Dimensões: comprimento, 606,6 cm; largura, 212,0 cm; altura, 203,7 cm; entre-eixos, 278 cm; peso, 3.448 kg; tanque, 138 l; capacidade de carga, 1.088 kg

Fonte: Quatro Rodas

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