No ID.3 só a entrada de ar inferior já basta (Divulgação/Volkswagen)
Por que os carros elétricos não têm necessidade de grade na dianteira, já que também contam com reservatório de líquido de arrefecimento? – Marcio Maximilian, Sorocaba (SP)
Porque os poucos elementos que esquentam não demandam uma tomada de ar tão grande.
O fluido de arrefecimento que eles possuem é usado para refrigerar o inversor de corrente (que transforma a eletricidade de alternada para contínua, e vice-versa) e, em alguns modelos, o conjunto de baterias.
Já o motor elétrico, na maioria das vezes, conta apenas com refrigeração a ar, por gerar menos calor.
Outro trocador de calor que é mantido nos elétricos é o usado no sistema de ar-condicionado, que é basicamente o mesmo de carros convencionais, mas com compressor elétrico, em vez de mecânico.
Retirar as grades melhora a eficiência, pois isso reduz o arrasto aerodinâmico.
Por esse motivo, aliás, diversos carros, incluindo o nacional Chevrolet Spin, possuem aletas móveis à frente do radiador que se fecham quando o motor está frio ou há grande fluxo de ar para melhorar a eficiência energética.
O calor das baterias e inversores do I-Pace é reaproveitado para climatizar o interior do veículo (Divulgação/Jaguar)
A forma menos eficaz de gastar eletricidade é para gerar calor. Por isso, em um elétrico, o ar-condicionado gasta mais energia no modo de aquecimento do que refrigeração.
Para contornar isso, muitos modelos elétricos usam o calor que as baterias geram durante o processo de descarga e carga (durante as frenagens regenerativas). Isso é possível com um circuito de arrefecimento próprio e exclusivo dos acumuladores.
O processo também pode ser inverso: se necessário, o carro pode usar o calor da cabine ou do motor para esquentar as baterias, cujo ápice de eficiência acontece em um delta (variação) de temperatura muito restrito.
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