Novidades

13 DEZ
Clássicos: Dodge Dart, o carro com o maior motor V8 já feito no Brasil

Clássicos: Dodge Dart, o carro com o maior motor V8 já feito no Brasil

O Dart nacional acaba de se tornar um cinquentão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Menor e mais barato modelo da divisão Dodge, o Dart foi apresentado nos EUA em 1960 e logo assumiu o posto de mais vendido da marca.

Seu sucesso atravessou a década e chegou ao Brasil em 1969, mercado em que o compacto americano se tornou um de nossos maiores e mais sofisticados automóveis.

A história do nosso Dart começa nos anos 50, quando a Chrysler Corporation decidiu reforçar sua participação no mercado europeu.

A expansão do grupo consolidou-se em 1963, ao assumir o controle da francesa Simca, em São Bernardo do Campo (SP) desde 1958. Por uma obra do destino, a filial brasileira da Simca originou a Chrysler do Brasil S.A. em 1967.

Com quatro portas e quase 5 metros de comprimento, a quarta geração do Dart era bem atual frente ao irmão americano, lançado só três anos antes nos EUA.

Oferecido em versão única, ocupou a lacuna entre o Chevrolet Opala e o Ford Galaxie e destacou-se pela harmonia de estilo e pelo charme do vidro traseiro côncavo.

O V8 de 5,2 litros ainda é o maior feito no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Igualmente atual era o V8 de 5,2 litros, o maior já feito no Brasil. Era o mesmo usado nos caminhões Dodge, com câmaras de combustão em formato de cunha e válvulas acionadas por tuchos hidráulicos.

Tinha torque e potência de sobra para os 1.480 kg do Dart: 41,5 mkgf a 2.400 rpm e 198 cv a 4.400 rpm. O primeiro teste oficial confirmou as impressões que o jornalista Expedito Marazzi teve ao avaliar uma unidade pré-série.

O Dart era o carro brasileiro mais veloz: precisou só de 33 segundos para percorrer 1.000 metros, chegou a 173 km/h e foi de 0 a 100 km/h em 12 segundos. Era rapidez suficiente para agradar até o tricampeão de F-1 Jackie Stewart.

Apesar de ser o rei da estrada, o V8 era notório pelo consumo: os 6,6 km/l a 100 km/h constantes eram acentuados pelo tanque de apenas 62 litros, resultando em autonomia pouco superior a 400 km.

O sedã atingia 70 km/h em primeira marcha, 120 em segunda e 175 em terceira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O comportamento dinâmico era prejudicado apenas pelo pesado eixo traseiro, um problema em pisos irregulares. Os freios a tambor nas quatro rodas não contavam com assistência a vácuo.

O primeiro contra-ataque ao Dart veio da Ford. A principal novidade para 1970 foi uma versão mais simples e barata do Galaxie, equipada com o motor de 4,8 litros e 190 cv.

A Chrysler se valeu da mesma fórmula e respondeu com a versão “super-standard” com grade dianteira sem pintura, estofamento simplificado e supressão de frisos e calotas integrais.

A partir da oferta do “super-standard”, o Dart comum assumiu a denominação De Luxo: mais de 10.000 unidades foram produzidas em 1970. A carroceria cupê foi a maior novidade da Chrysler para a linha 1971 de tal forma que o sedã passou a representar só 30% da produção do Dart.

Teto revestido de vinil e direção hidráulica entraram para a lista de opcionais, seguidos pelo câmbio automático Chrysler A-727 de três marchas, ar-condicionado e freios dianteiros a disco.

Calotas inspiradas nas dos Plymouth americanos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Recém-lançado, o Dart Gran Sedan fez o Dart Sedan De Luxo sair do catálogo Dodge em 1973: poucas unidades foram produzidas, quase sempre destinadas a frotas de empresas e agências governamentais.

A situação só foi revertida no modelo 1975: a ignição eletrônica como item de série foi a única alteração significativa até 1978. As modificações mais extensas vieram na linha Dodge 1979: a reestilização baseada no Dart americano de 1974 deixou o nacional 18 cm maior.

Além da nova grande dianteira, o tradicional par de lanternas verticais deu lugar a quatro horizontais. O tanque de combustível passou a comportar 107 litros e o câmbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho entrou para a lista de opcionais.

Mas o fim estava próximo: a venda da Chrysler Europe ao Grupo PSA, em 1978, era um indício de que o mesmo poderia ocorrer com a filial brasileira.

Os rumores se concretizaram e, em julho de 1979, a Chrysler do Brasil foi adquirida pela Volkswagen: as últimas unidades do Dodge Sedan De Luxo deixaram a fábrica de São Bernardo do Campo em 1981.

 

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

10 ABR

Defesa de Ghosn recorre ao Supremo japonês contra nova detenção

Os advogados de Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan e da Renault, apresentaram nesta quarta-feira (10) um recurso especial diante do Supremo Tribunal do Japão contra a decisão de mandar o ex-executivo de volta para a prisão. A defesa do brasileiro optou pela apelação especial, que permite "pular" instâncias intermediárias e comparecer diretamente à máxima autoridade judicial do país, depois que o Tribunal de distrito de Tóquio que instrui o caso aprovou na semana passada... Leia mais
10 ABR

Autodefesa: central do Fiat Argo 1.0 e 1.3 não roda Waze nem Google Maps

“O Waze só aparece na tela com o carro parado”, diz Fama (Chico Cerchiaro/Quatro Rodas)As centrais multimídia são um dos maiores argumentos de venda de automóveis novos atualmente, pois entre vários benefícios está o uso de aplicativos como Waze ou Google Maps espelhados na tela do equipamento. Mas proprietários de Fiat Argo 1.0 e 1.3 dizem que não têm esse benefício depois de comprar o opcional da marca que possui a tela de 9 polegadas.“O kit que equipa o meu Argo 1.3 Drive... Leia mais
10 ABR

Curso dos sonhos: aprender a domar um Porsche de forma segura (e rápida)

Clientes participam do curso com seus próprios carros, cujas placas são cobertas (Divulgação/Porsche)O icônico motor traseiro do Porsche 911 não é exatamente a melhor solução dinâmica para um carro esportivo. A massa concentrada além do eixo posterior incrementa a transferência de peso do carro em frenagens e tomadas de curva.Ou, em bom português: o 911 sai de traseira mais fácil do que dizer “agora danou-se”.Oficialmente a marca alemã diz que não há relação disso com a... Leia mais
10 ABR
Jeremy Clarkson: McLaren Senna é o melhor carro hoje, mas não o mais legal

Jeremy Clarkson: McLaren Senna é o melhor carro hoje, mas não o mais legal

O V8 4.0 gera 800 cv. Há freios de cerâmica nas quatro rodas e aerofólio ativo  (Divulgação/McLaren)O V8 4.0 gera 800 cv. Há freios de cerâmica nas quatro rodas e aerofólio ativo (Divulgação/McLaren)A McLaren tentou ao longo dos anos criar um supercarro que reescreveria as regras e faria com a Ferrari nas ruas o que esta fez tantas vezes nas pistas de corrida do mundo. Bater firme. O primeiro esforço foi o McLaren F1, que tinha posição de pilotagem central, o cofre de motor... Leia mais
09 ABR

Dinossauro de 32 anos: Peugeot 405 começa a ser feito no Azerbaijão

Uma fábrica novinha em folha para um carro que deixou de ser vendido no Brasil em 1997 (Reprodução/Internet)O Peugeot 405 não é vendido no Brasil e na Europa desde 1997, mas é o mais novo carro nacional do Azerbaijão.Por lá, será vendido como Peugeot Khazar 406. Há algumas diferenças em relação ao 405 vendidos no Brasil, como novos faróis, grade, o logotipo dos anos 2000, as lanternas bicolores parecidas com as do 605 e o painel sensivelmente modernizado, com plásticos que... Leia mais
09 ABR

Mulher de Ghosn deixa Japão com ajuda da França e denuncia ameaças

A mulher do ex-CEO da Renault, Carlos Ghosn, Carole Ghosn, decidiu ir embora do país depois da detenção do marido na quinta-feira (4), dizendo se sentir “em perigo”. A Justiça japonesa queria interrogá-la “na base do voluntariado”, segundo a imprensa local. Ela contou com a ajuda do embaixador da França para deixar a capital japonesa. De acordo com a agência Kyodo, parte do dinheiro que teria sido desviado por Carlos Ghosn, segundo as acusações da promotoria japonesa,... Leia mais