Volkswagen volta a ser acusada em escândalo de poluentes (Divulgação/Volkswagen)
O ECCC (Environment and Climate Change Canada, órgão do Governo canadense equivalente ao nosso Ministério do Meio Ambiente) fez 60 acusações contra a Volkswagen por violar a Lei de Proteção Ambiental.
Segundo o Carscoops (site automotivo norte-americano), 58 denúncias são relacionadas a importação ilegal de cerca de 128.000 veículos, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2015, que estariam fora dos padrões de emissões do país. As outras duas são sobre falsas informações cedidas pela fabricante.
A investigação concluiu que os veículos irregulares – preparados intencionalmente para mascarar os níveis reais de emissão de poluentes nos testes de homologação – entraram normalmente no mercado canadense.
Um dos pátios em que são armazenados os veículos recomprados pela Volkswagen após o Dieselgate (Lucy Nicholson/Reuters/Reprodução)
Durante os testes, os carros com motores diesel atendiam aos padrões, mas quando rodavam nas ruas acabavam excedendo os limites.
O governo canadense mantém sigilo sobre o desdobramento do processo, mas afirma que tem documentos com evidências e informações sobre o caso e que irá preparar o material para análise do Public Prosecution Service of Canada (Ministério Público do Canadá).
A marca alemã deverá comparecer ainda nesta semana ao Tribunal de Justiça e pode ser multada.
Após o Dieselgate, montadora enfrenta mais uma polêmica (Divulgação/Volkswagen)
Antes do escândalo nos Estados Unidos, o objetivo da Volkswagen era entrar no mercado norte-americano com sedãs e peruas diesel de preço mais acessível.
As propagandas prometiam “diesel realmente limpo”, mas no fim das contas foi descoberto que a empresa aplicou uma estratégia para mascarar os níveis de emissão.
Inicialmente, a empresa negou a existência do esquema, mas em 2015 um funcionário da marca resolveu confessar que os motores 2.0 TDI da empresa usavam o software “preparado”. Pouco depois, a Volkswagen assumiu publicamente o problema criado por ela própria.
A fabricante foi multada nos Estados Unidos. Também teve de fazer recall e até a recompra de alguns dos 11 milhões de veículos envolvidos. No total, o prejuízo soma US$ 30 bilhões (cerca de R$ 124 bilhões).