Novidades

08 DEZ
Impressões: Chevrolet Equinox abdica de motor do Camaro para vender melhor

Impressões: Chevrolet Equinox abdica de motor do Camaro para vender melhor

Versão Midnight tem os equipamentos da LT, mas visual incrementado com detalhes pretos (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O comercial de lançamento do Chevrolet Equinox, com Felipe Massa acelerando o modelo em Interlagos, não era exatamente um exagero.

Naqueles meses finais de 2017, o SUV médio era vendido apenas na versão Premier com tração integral e motor 2.0 turbo de 262 cv.

Trata-se do mesmo motor que equipa a versão de entrada do Camaro nos Estados Unidos, porém em calibração um pouco mais mansa.

O câmbio automático de nove marchas e a tração integral já faziam parte do pacote, tabelado em R$ 149.900 à época.

Por R$ 2.000 a mais que a versão LT, Equinox Midnight incorpora as rodas aro 19 da Premier pintadas de preto (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A relação entre preço e potência era bastante atraente para o SUV que substituía o Captiva 2.4 (184 cv) e ia muito além do que os rivais entregavam (e ainda entregam).

Falo dos 170 cv do Jeep Compass 2.0 Turbodiesel, dos 165 cv do Peugeot 3008 e dos 177 cv do Hyundai Tucson.

Como lutadores que adotam estratégias pouco ortodoxas para se enquadrar na faixa de peso do oponente, o Equinox abriu mão do motor mais potente em sua versão de entrada para ficar em pé de igualdade com os concorrentes.

O responsável por isso é o motor 1.5 Ecotec com turbo e injeção direta, da mesma família do 1.4 turbo do Cruze. Mantém duplo comando de válvulas variável, mas não tem sistema start stop e não é flex.

Motor 1.5 Ecotec turbo foi usado primeiro pelo Malibu nos Estados Unidos (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Gera 172 cv a 5.600 rpm e 27,8 mkgf de torque a 2.500 rpm, e está combinado a uma transmissão automática de seis marchas.

Até há tração integral na nova versão Premier 1.5 (R$ 154.990), mas as versões mais atraente aos bolsos, LT 1.5 (R$ 129.990) e Midnight (R$ 131.990) tracionam apenas as rodas dianteiras. São elas que fazem a mágica.

Para a Chevrolet, estas novas versões posicionam melhor o Equinox na faixa de preço mais procurada pelos consumidores que, atualmente, andam procurando por Compass e, em menor volume, VW Tiguan.

Basta ver os números para entender a medida: enquanto o Compass vendeu 54.524 unidades entre janeiro e novembro de 2019 e o Tiguan, 11,549, o Equinox emplacou apenas 4.217, segundo a Fenabrave (associação nacional dos concessionários).

Versão Midnight abre mão do painel bicolor (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Para nós, coube avaliar como a perda de 90 cv e 10,2 mkgf de torque (praticamente um motor 1.0) impactou no desempenho do Equinox no Campo de Provas da General Motors em Indaiatuba (SP).

Considerando que as versões com tração dianteira têm pouco mais de 1.570 kg (cerca de 120 kg a menos que o Premier 2.0), o motor 1.5 turbo responde muito bem.

Por fora, a versão Premier 1.5 é praticamente idêntica a 2.0 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O turbo e a boa disponibilidade de torque ajudam na tarefa de mover o Equinox Midnight avaliado.

Mas apenas porque o câmbio automático de seis marchas resiste em avançar as marchas, certamente para aproveitar ao máximo o pique do motor, que não entrega sua força máxima tão cedo quanto o usual.

Mesmo assim, o SUV passa a impressão de ser mais leve do que realmente é. A direção com respostas rápidas e as suspensões firmes (dentro do esperado para um SUV médio, claro) colaboram para esta boa impressão.

A 1.5 tem para-choque traseiro diferente, que esconde a única saída de escape (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Nas retas mais longas, porém, o Equinox 1.5 começa a revelar sua limitação de potência para ganhar velocidade acima dos 130 km/h.

É uma resistência que rivais com o Tiguan 1.4 TSI enfrentam, mas que não existe no Equinox 2.0 – nem em um Tiguan 2.0 TSI.

Também foi possível experimentar a versão 1.5 com tração 4×4 que pode ser acionada pelo motorista quando for conveniente.

No asfalto, o que se ganha é um pouco mais de segurança e controle em sequências de curvas rápidas. Por outro lado, a presença de cardã e diferencial traseiro trazem cerca de 100 kg extras ao peso.

Acionamento da tração 4×4 é feito por botão localizado na frente da alavanca de câmbio (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Mas a tração AWD vai contra um dos principais pilares do Equinox 1.5: o consumo.

Na comparação entre os dados do Inmetro, as médias de 11,7 km/l na estrada e 9,5 km/l na cidade representam uma vantagem de até 8,3% frente ao 2.0 turbo que, lembre-se, tem start-stop.

Nas acelerações, a diferença é mais significativa. Enquanto o extinto Equinox LT 2.0 chegava aos 100 km/h em 7,6 segundos, o LT 1.5 cumpre o mesmo em 9,2 s. Os números são da própria GM.

Nas previsões da Chevrolet, as três novas versões 1.5 do Equinox deverão responder por 50% das vendas, enquanto a Premier 2.0, sozinha, dominará a outra metade.

O Equinox LT 1.5, de R$ 129.990, tem faróis de xenônio, rodas de 18 polegadas, controles de estabilidade e tração, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, Isofix, airbag duplo, laterais e de cortina, assistente de partida em rampa, câmera de ré, ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com ajustes elétricos, chave presencial, central multimídia de 8 polegadas integrado com Android Auto e Apple CarPlay.

O pacote Midnight traz mesma lista de equipamentos e o mesmo interior, mas por fora acompanha o visual da Premier, cobrando R$ 2.000 a mais. Na prática, sai por R$ 131.990 para ter as rodas aro 19 pintadas de preto.

 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Já a versão Premier 1.5, de R$ 154.990, conserva quase todos os equipamentos da 2.0.

Quer dizer que tem teto solar, assistente de permanência na faixa, sensor de ponto cego, alerta de colisão e movimentação traseira, alerta de esquecimento de criança no banco traseiro, abertura do porta-malas por sensor de movimento e sistema de som premium Bose.

Por R$ 162.990, a versão Premier 2.0 soma o sistema start-stop, as saídas de escape duplas e cromadas, a grade ativa do radiador (que pode se fechar para melhorar a aerodinâmica) e o sistema de cancelamento de ruído ativo, por meio dos alto-falantes.

São caros considerando que a versão LT 2.0 custava R$ 132.490. Mas nem tanto se considerar que o Tiguan Allspace 1.4 de entrada (que também é feito no México) custa os mesmos R$ 129.990 do Equinox LT 1.5 e não tem faróis de xenônio nem bancos de couro.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

31 MAR
Teste: Ford Ranger Storm chama mais atenção pelo preço que pelo visual

Teste: Ford Ranger Storm chama mais atenção pelo preço que pelo visual

Versão de produção abriu mão de para-choque dianteiro mais ousado (Fernando Pires/Quatro Rodas)Do conceito apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018 para a versão de produção, muita coisa mudou na Ford Ranger Storm.Saíram os faróis com leds diurnos integrados, o para-choque dianteiro com parte central preta e peça simulando quebra-mato, os borrachões laterais e o enorme adesivo preto fosco que quase envolvia toda a caçamba.Ranger Storm Concept (Ford/Divulgação)É... Leia mais
31 MAR
Novo Nissan X-Trail é revelado por patentes e tem chances de vir ao Brasil

Novo Nissan X-Trail é revelado por patentes e tem chances de vir ao Brasil

– (Inpi/Reprodução)Faz alguns anos que a Nissan do Brasil alimenta a expectativa de que voltará ao segmento de SUVs médios com o X-Trail. A fabricante só estava aguardando o momento certo.A nova geração do Nissan X-Trail foi revelada por seu registro no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O modelo é um dos grandes lançamentos da marca a nível global e, se tudo der certo, começará a ser vendido no Japão no final deste ano e no Brasil em... Leia mais
31 MAR
Nova Fiat Strada tem versão com rodas de aço e para-choques pretos

Nova Fiat Strada tem versão com rodas de aço e para-choques pretos

Fiat Strada Working 2021 (Reprodução/Internet)Uma das missões da nova Fiat Strada será reconquistar o consumidor comum. Nos últimos anos, as vendas da picape compacta foram majoritariamente para empresas e frotistas. Mas esse público não será abandonado.Imagens de patentes revelaram cada uma das versões da picape com carroceria cabine dupla – que agora passa a ter sempre quatro portas. Inclusive da mais básica, com rodas de aço estampado e para-choque sem pintura, assim como na... Leia mais
31 MAR
Lei Ferrari: como a legislação interfere na compra do seu carro novo

Lei Ferrari: como a legislação interfere na compra do seu carro novo

Velhas parceiras, Hyundai e Caoa entraram num impasse contratual (Caoa/Divulgação)Nova ela não é. Publicada em 28 de novembro de 1979, a lei número 6.729, apelidada de Lei Ferrari, tem a função de regulamentar a concessão comercial para o mercado automotivo nacional.Na prática, essa lei define como deve ser a relação entre fabricantes e concessionários, e moldou o mercado automotivo brasileiro do jeito que ele é hoje.QUATRO RODAS destrinchou a lei para esclarecer os detalhes desta... Leia mais
31 MAR
Teste do especialista: qual renovador de bancos de couro funciona melhor?

Teste do especialista: qual renovador de bancos de couro funciona melhor?

– (Paulo Bau/Quatro Rodas)Assim como a pele humana, o couro requer cuidados específicos, principalmente em lugares onde o sol é forte.Para recuperar bancos danificados, um bom renovador de couro é o mais recomendável, segundo especialistas como a nossa convidada Maria Rennó.Ela comparou as marcas Auto Shine, Centralsul Química e Tecbril e alertou:“Ao público entusiasta que não pode arcar com um serviço profissional, recomendo atenção na hora de direcionar o jato aerossol, para... Leia mais
31 MAR
Longa Duração: Mitsubishi Outlander tem conforto mesmo com lotação máxima

Longa Duração: Mitsubishi Outlander tem conforto mesmo com lotação máxima

Revisado, e mais silencioso, Outlander viajou pelo Brasil (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)Durante recente passagem por Brasília (DF), o Mitsubishi Outlander fez uma visita não programada à concessionária Nara. Lá, adquirimos (por R$ 30) uma presilha lateral do cinto de segurança, que havia quebrado, e pedimos a troca da película dos vidros (a que estava no carro era demasiadamente escura), além de uma verificação do microfone do sistema multimídia.Após um dia em serviço, pegamos... Leia mais