Novidades

26 NOV
Segredo: (falta de) força do Ford Territory 1.5 turbo preocupa engenheiros

Segredo: (falta de) força do Ford Territory 1.5 turbo preocupa engenheiros

Territory virá da China com motor 1.5 turbo flex de ciclo Miller (Divulgação/Ford)

A Ford já confirmou que vai lançar no Brasil em 2020 o SUV médio Territory, que virá inicialmente importado da China e, num futuro não muito distante, passará a ser produzido na Argentina.

O projeto é uma resposta rápida, quase uma dose de adrenalina aplicada pela fabricante, a fim de conter a brusca perda de participação e rentabilidade no mercado brasileiro nos últimos anos.

Mas a imposição da matriz sobre a filial sul-americana quanto ao lançamento do modelo, potencializada pela pressão de concessionários, tem causado muitas dores de cabeça internas.

Isso porque, segundo fontes ouvidas por QUATRO RODAS, o Territory parece não estar no patamar que os engenheiros locais gostariam para encarar rivais como Jeep Compass, VW Tiguan, Hyundai Tucson, Caoa Chery Tiggo 7 e afins.

O SUV disputará a faixa de preço acima dos R$ 120 mil (Divulgação/Ford)

Um informante apontou há algum tempo que “havia detalhes que estavam deixando os engenheiros preocupados quanto às limitações do modelo”, sem detalhar em que área do projeto teria sido detectado o problema.

Outra fonte pode agora ter desfeito o enigma: “O motor é o mesmo 1.5 turbo a gasolina da China, que aqui transformaram para flex. Os engenheiros que estão fazendo os testes dizem que ele é fraco demais. Estão apavorados”, relatou.

QUATRO RODAS já testou em primeira mão o Territory 1.5 turbo na China. Ele rende 145 cv de potência e 22,9 mkgf de torque, e está acoplado a um câmbio CVT. Tais dados devem aumentar ligeiramente após a preparação para receber etanol.

Já testamos o Territory na China (Marcello Oliveira/Quatro Rodas)

São números inferiores aos 150 cv e 25,5 mkgf do VW Tiguan 250 TSI, por exemplo, assim como em relação aos 166 cv do Jeep Compass 2.0 flex, embora este último renda apenas 20,5 mkgf de torque.

A grande questão é que o propulsor do Territory não opera em ciclo Otto, comum em qualquer veículo a combustão. Seu ciclo, na verdade, é o Miller.

Nele, o tempo de acionamento das válvulas de admissão é retardado para que elas se fechem quando o pistão já está voltando em direção ao cabeçote, e não quando chega ao ponto-morto inferior. Já explicamos aqui o conceito.

Com isso, parte da mistura volta ao coletor de admissão e a expansão fica maior que a compressão. Isso contribui para uma maior eficiência energética, mas compromete o desempenho.

Territory flagrado na região norte do país pelo parceiro Autos Segredos (Julio Max/Auto Realidade/Internet)

Estamos falando de uma espécie de meio termo entre Otto e Atkinson, e cuja sobrealimentação por turbo funciona quase que como uma compensação.

A Ford da China aplicou tudo isso em um motor baseado na família Orion, da Mitsubishi, lançada no final dos anos 70. É um motor conhecido no Japão pela longevidade.

No caso de um SUV de 1,5 tonelada que custará acima de R$ 100.000, em que economia em consumo não fala tão alto quanto em segmentos inferiores, ganhar a pecha de carro “manco” pode não ser um bom cartão de visitas. Esta é a grande preocupação dos engenheiros.

Por isso mesmo, e também para evitar qualquer falha similar à que ocorreu com o Chevrolet Onix Plus, o time de desenvolvimento da Ford tem rodado com protótipos do Territory em regiões quentes e secas do país, como o estado do Piauí (justamente onde dois Onix Plus pegaram fogo).

A ver se a fabricante conseguirá driblar a questão até a produção regional do utilitário, quando a Ford talvez tenha mais liberdade para aplicar outras configurações ao modelo, como o 2.0 Duratec de 176 cv do EcoSport Storm e do extinto Focus.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

12 ABR

Tesla começa a vender versão mais barata do Model 3 na China

A Tesla disse nesta sexta-feira que começou a receber pedidos na China por uma versão mais barata do Model 3, o carro elétrico mais barato da marca. A configuração básica deu a fama ao modelo, considerado um elétrico "popular" por ter sido promovido pelo preço de US$ 35 mil (o equivalente a R$ 136 mil), mas ela só começou a ser vendida nos Estados Unidos neste ano - o Model 3 foi lançado naquele país m 2017, em versões mais caras. Na China, ela custará 377 mil iuanes... Leia mais
12 ABR

Europeus rejeitam Ford Ka, mesmo sendo melhor que o brasileiro

Ford Ka+ sairá de linha da Europa ainda neste ano (Divulgação/Ford)O Ford Ka brasileiro é bem mais pelado que o europeu. Só que isso está prestes a mudar, e não porque nosso carro ficará melhor: na verdade, o hatch não será mais vendido no Velho Continente.Segundo a revista L’Automobile, a aposentadoria do Ka está prevista para setembro. Com isso, o modelo continuará à venda na América Latina e na Índia (que hoje exporta para a Europa).Além das baixas vendas, o modelo tem... Leia mais
12 ABR

BMW X7: SUV grandalhão de luxo chega ao Brasil no 2º semestre

BMW X7 chegará ao mercado para batalhar com principal função? Batalhar com outros grandes: Mercedes-Benz GLS e o Audi Q7 (Divulgação/BMW)Uma das grandes – literalmente – novidades da BMW para 2019 chegou. O BMW X7 estreia nas ruas americanas em março deste ano e se mostra pronto para disputar (muito) espaço com Mercedes-Benz GLS e Audi Q7.Inspirado no conceito X7 iPerformance, divulgado no Salão de Los Angeles do ano passado, o SUV grandalhão será lançado no Brasil no segundo... Leia mais
12 ABR

Fiat vai lançar Grand Siena movido a GNV; é a volta do Tetrafuel?

Lançado em 2012, é basicamente o mesmo até hoje (Marco de Bari/Quatro Rodas)A Fiat vai relançar no mercado brasileiro o sedã Grand Siena movido a gás natural veicular (GNV). A informação é do jornal mineiro O Tempo. QUATRO APUROU que a marca fará o anúncio da chegada do modelo no início da semana que vem.De acordo com outra mídia de Minas Gerais, o site Auto Papo, o Grand Siena GNV utilizará motor quatro-cilindros 1.4 Fire Evo, 8V e flexível, tal qual acontecia com o antigo... Leia mais
12 ABR

Peugeot e Citroën dobrarão número de lojas no Brasil; DS pode voltar, mas Opel está descartada

Peugeot e Citroën divulgaram um plano de expansão para o Brasil. De acordo com o grupo, a principal ação será dobrar o número de concessionárias no país nos próximos quatro anos. As marcas, porém, mantêm em segredo futuros lançamentos. A empresa promete que serão 364 lojas ao final do prazo, mas que até o final de 2019 o número já passará de 189 para 245. O conceito dos novos pontos permanecerá como o dos atuais: Peugeot e Citroën dividirão a mesma estrutura... Leia mais
12 ABR

Produção de motos deve chegar a 1,1 milhão de unidades em 2019, diz Abraciclo

A produção de motos no Brasil deve fechar 2019 com o total de 1,1 milhão de motos produzidas, estima a associação das fabricantes de motos, a Abraciclo. Após alta de 6,6% no primeiro trimestre do ano, a entidade elevou a estimativa de crescimento no ano para 6,1% sobre o resultado de 2018, quando o setor chegou a 1.036.846 unidades produzidas. Honda anuncia investimento de R$ 500 milhões para fábrica de motos em Manaus A expectativa anterior, apresentada em dezembro do... Leia mais