Versão cupê 4.7 V8 foi usada de base para o projeto (Autoblog/Reprodução)
O Ford Mustang é uma lenda no mundo dos muscle cars. O ícone ganha agora uma nova configuração e se transforma em um SUV elétrico, com o nome Mach-E.
A empresa acredita que o projeto é o que realmente o consumidor dos dias de hoje quer. Mas será que essa é a primeira vez que o esportivo ganha uma versão mais “família”? A resposta é não!
Modelo foi projetado em meados da década de 1960 (Autoblog/Reprodução)
Um modelo projetado na década de 1960 mostra que a variação já era pensada pouco tempo depois de o esportivo chegar ao mercado.
O designer Robert Cumberford, conhecido por atuar em projetos do Chevrolet Corvette no fim dos anos 50, resolveu desenhar uma versão perua do Mustang.
Seu objetivo era vender o projeto à Ford, para que ela incluísse a configurações wagon no catálogo das versões do muscle produzidas em série.
Na derivação perua, Mustang ganhou três colunas (Autoblog/Reprodução)
Cumberford levou o projeto junto com um cupê branco, equipado com motor V8 de 4,7 litros, para a construtora italiana Intermeccanica – onde trabalhou por alguns anos.
Meses depois, a empresa devolveu a derivação perua com linhas exclusivas na traseira e carroceria pintada na cor vermelha. Depois, o protótipo ainda seria pintado de verde escuro, conforme ele aparece nas imagens desta reportagem.
O veículo ganhou uma terceira coluna no fim do balanço traseiro, os bancos da segunda fila podiam ser rebatidos e o porta-malas ficava ainda mais extenso, parecido com o da nossa Chevrolet Caravan, a perua do Opala.
A tampa traseira, quando aberta, alinhava-se ao assoalho do compartimento de carga.
Abertura do porta-malas se parecia com o de caçamba de picapes (Autoblog/Reprodução)
Cumberford apresentou o projeto à Ford, mas a empresa não quis o carro, alegando que, se fosse fabricar uma perua do esportivo, ela teria de ser desenhada pelos projetistas da marca.
O designer seguiu na tentativa de vender o projeto, desta vez, para empresas menores, mas não teve sucesso porque ninguém teria dinheiro suficiente para financiá-lo, já que a instalação era considerada cara.
O veículo seguia atraindo atenção por onde passava, mas sem sua produção em linha, tornou-se um protótipo único e excêntrico.
Foi vendido para um dentista em Portland, Estados Unidos, e não é visto por décadas. Segundo o site Autoblog, o projetista ainda tentou rastrear o modelo, a fim de comprá-lo e restaurá-lo, mas não conseguiu descobrir seu paradeiro.
A Ford chegou a projetar o modelo Wagon do esportivo, mas ficou no papel (Autoblog/Reprodução)
Durante esse tempo, a Ford seguiu trabalhando o Mustang nas versões cupê, fastback e conversível.
Em 1976, os desenhistas da marca chegaram a trabalhar em um modelo wagon para a sua terceira geração, mas não há evidências de que ele tenha saído dos papéis.