A Volkswagen lançou na última segunda-feira (4) seu primeiro carro híbrido no Brasil. É o Golf GTE, que custa salgados R$ 199.990. Mas, bem antes desta estreia, ainda no ano passado, um funcionário da empresa passou a ter um contato bem mais próximo com o hatch médio que pode ser carregado na tomada.
24 mil km e 11 estados
André Luis Faustino, engenheiro de desenvolvimento de produto da empresa, percorreu cerca de 24 mil km a bordo de um Golf GTE. Tudo isso para colocar à prova a estrutura de recarga disponível no Brasil.
Em duas viagens, Faustino passou por 11 estados diferentes: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Infelizmente, não há registros de imagens dessas viagens.
Quase todos funcionam
O procedimento, explica o engenheiro, foi sempre o mesmo. “A primeira análise é de verificação da conexão do veículo com o conector. Após a conexão, fazemos o acompanhamento da recarga e controle de parâmetros que são registrados e analisados por nossos técnicos”, conta.
O passo a passo foi repetido nos cerca de 50 pontos analisados. Faustino garante que praticamente todos funcionaram. “Como curiosidade, encontramos dois wallboxes que não puderam ser avaliados pois tinham sido alvo de vandalismo e furto de componentes internos”, afirma.
Mas, como é o planejamento de uma viagem que busca locais de abastecimento? O engenheiro explica:
“Elaboramos um mapeamento dos pontos, considerando as regiões do Brasil e os principais eixos de ligação entre elas. Além de alguns pontos específicos no entorno dos grandes centros”.
Questionado sobre a infraestrutura do país, o funcionário da Volks acredita que há carência de pontos em algumas regiões do país. Durante a passagem pela região Nordeste, Faustino relatou ter rodado aproximadamente 350 km sem encontrar postos de recarga.
Missão não acabou
Como é um híbrido plug-in, o Golf GTE não depende exclusivamente da energia elétrica para funcionar. Segundo a Volkswagen, ele pode rodar cerca de 900 km sem depender desta matriz.
Até por isso, Faustino afirmou que, mesmo com a ausência de pontos de recarga, não ficou sem combustível em momento algum destes 24 mil km.
E, se você pensa que com o lançamento do carro a missão foi concluída, está errado. “Com a expansão da estrutura de carregamento, viagens para novos trechos e revisita a outros, pelos quais já passamos, serão planejadas”, completa. Então, boa viagem.