A Toyota apresentou nesta terça-feira (5) no Japão o SUV compacto Raize. Ele é baseado no modelo apresentado no Salão de Tóquio pela Daihatsu, marca de entrada que pertence à Toyota.
Ainda que tenha sido lançado apenas no mercado japonês, o Raize pode ser a solução para a Toyota no mercado de SUV compactos no Brasil. A fabricante é a única das grandes marcas presentes por aqui que não tem um representante nesta categoria.
Por que o Raize é o favorito para o Brasil
- Ele utiliza uma plataforma simplificada, que reduz os custos de produção e venda
- A Toyota é a única das grandes marcas que não tem um SUV compacto no Brasil
- A marca japonesa vai investir R$ 1 bilhão para fazer um novo carro no país
- Há 2 anos, o 'chefão' da Toyota disse que o conceito do Raize "serviria muito bem ao mercado brasileiro"
Qual é a do Raize
O Raize é um pouco diferente dos SUVs compactos vendidos no Brasil atualmente. Com 4 metros de comprimento, ele tem porte semelhante ao de um hatch compacto, como o Chevrolet Onix ou o Volkswagen Polo.
São pelo menos 20 cm a menos do que os modelos mais vendidos do país, como Jeep Renegade, Hyundai Creta, Nissan Kicks e Volkswagen T-Cross, por exemplo.
O entre-eixos, de 2,53 m, também é inferior, assim como o porta-malas, de 370 litros.
Ele traz motor 1.0 turbo de 98 cavalos e 14,3 kgfm de torque e transmissão automática do tipo CVT. A tração pode ser dianteira ou integral. A potência, apesar de parecer baixa, não deve ser um problema, afinal o Raize pesa menos de 1 tonelada.
No entanto, é possível que ele possa ganhar adaptações para atender ao mercado brasileiro.
Mesmo sendo menor do que os concorrentes, o Toyota é bem equipado. A versão japonesa pode ser equipada com quadro de instrumentos digital, ar-condicionado digital, bancos com aquecimento, central multimídia, acesso e partida por chave presencial, rodas de 17 polegadas, câmeras 360º, controle de velocidade adaptativo, alerta de colisão frontal e frenagem automática de emergência.
Vem para o Brasil?
O Raize pode ser uma boa opção para o Brasil exatamente por ter sido desenvolvido pela Daihatsu, usando uma nova plataforma, chamada de DNGA. Ela é uma versão simplificada da base TNGA, da Toyota. Até por isso, possibilita um produto de custo mais amigável.
No Salão de Tóquio, o G1 conversou com Yusi Shibuya, engenheiro-chefe de planejamento de produtos da Daihatsu.
Na ocasião, Shibuya afirmou que o modelo "com certeza" seria vendido em outros países. Mas fez algumas ressalvas. "O Brasil é um mercado muito difícil. Por causa do etanol, precisaríamos nos adaptar a essa condição", disse.
Procurada nesta terça-feira, a Toyota afirmou que "não comenta sobre produtos e projetos futuros". Em setembro, a empresa anunciou um investimento de R$ 1 bilhão para a produção de um modelo inédito na fábrica de Sorocaba (SP) a partir de 2021.
Tudo indica que será um SUV. Seguindo a lógica, o Raize pode ser considerado um forte candidato.