Novidades

23 OUT
Novo Mercedes GLC turbodiesel é equipado, silencioso e suave — até demais

Novo Mercedes GLC turbodiesel é equipado, silencioso e suave — até demais

As principais mudanças externas estão nos para-choques, rodas, grade do radiador, faróis e lanternas. (Divulgação/Mercedes-Benz)

A Mercedes-Benz foi a primeira marca premium a buscar um novo entendimento da legislação que rege os modelos a diesel no Brasil para oferecer um SUV com essa tecnologia sem ser equipado com a tradicional tração 4×4 com reduzida. A porta aberta pelo pioneiro Classe M foi aproveitada pelo restante da gama da marca e seus concorrentes, todos interessados em oferecer uma alternativa econômica em relação aos motores a gasolina.

O último a surfar nessa onda é o novo GLC linha 2020, versão reestilizada do SUV médio de entrada da Mercedes. O modelo chega às lojas em novembro equipado somente com um inédito 2.0 quatro-cilindros turbodiesel de 194 cv e 39 mkgf, com câmbio automático convencional de nove marchas e tração integral.

Lanternas e para-choques também foram alterados (Divulgação/Mercedes-Benz)

Inicialmente serão ofertadas em duas versões: Off-road (R$ 294.900) e Enduro (R$ 329.900). Apesar do nome desta última, elas se diferem basicamente em equipamentos, e possuem a mesma aptidão (moderada) ao fora-de-estrada. Junto com a dupla virá o novo GLC Coupé, que terá somente o trem de força a gasolina já usado no C300, composto por um 2.0 turbo de 258 cv e 37,7 mkgf, com a mesma transmissão do modelo turbodiesel. O modelo de apelo esportivo terá somente uma versão, por R$ 362.900.

Versão com perfil cupê virá apenas com motor a gasolina (Divulgação/Mercedes-Benz)

O pacote de equipamentos é farto desde o pacote inicial, com quadro de instrumentos digital, faróis totalmente em leds, sensor e câmera de ré, rodas de 19?, chave presencial e ar-condicionado de duas zonas. O GLC 220 d Enduro soma controlador de velocidade adaptativo, carregador de celular por indução, sistema de som Burmester, câmeras 360º, assistente de estacionamento automático e teto-solar panorâmico duplo.

Versão Coupé tem rodas maiores e suspensão mais firme (Divulgação/Mercedes-Benz)

Com apelo esportivo, o GLC 300 Coupé se diferencia pelas rodas de 20?, suspensão esportiva e dianteira exclusiva, como já ocorria na versão anterior do modelo.

No interior o destaque fica por conta do novo painel digital e da central multimídia MBUX (Divulgação/Mercedes-Benz)

Entre os equipamentos do novo GLC o destaque fica por conta do sistema multimídia MBUX, que usa inteligência artificial para se adaptar ao motorista e permitir funções que vão além de “troque a estação do rádio”.

A assistente eletrônica pode ser ativada falando “Oi, Mercedes” ou uma expressão à sua escolha, mas normalmente depende de acesso à internet para ter sua plena eficácia. Como o MBUX não oferece conexão própria à internet no Brasil, o recurso possui as mesmas limitações já vistas nos novos Classe A.

O porta-malas manteve o bom volume de 550 litros (Divulgação/Mercedes-Benz)

Em nosso teste, por exemplo, ela teve dificuldade em entender o que pedíamos e não foi possível sequer abrir as cortinas do teto-solar panorâmico duplo (exclusivo da versão Enduro) ou acionar as luzes de leitura. O que é uma pena, já que o sistema possui um excelente reconhecimento de voz e até de quem fez o pedido.

Quando o passageiro solicita a alteração da temperatura do ar-condicionado, por exemplo, somente o lado dele será ajustado no controle de duas zonas.

O carregador de celular por indução é exclusivo da versão Enduro (Divulgação/Mercedes-Benz)

A interface do MBUX pode ser controlada por três comandos distintos: no touchpad, entre os bancos, na tela central de LCD ou por meio de pequenos botões sensíveis ao toque embutidos no novo volante. A curva de aprendizado íngreme pode dificultar os proprietários no início, mas nada que alguns dias de uso contínuo para se habituar.

O motor 2.0 turbodiesel de quatro cilindros faz sua estreia no Brasil (Divulgação/Mercedes-Benz)

Um dos quesitos levados em conta durante o desenvolvimento de um carro é o NVH. A sigla em inglês se refere a ruído, vibração e aspereza. E o novo GLC consegue se destacar com excelência nos três, mesmo equipado com um motor turbodiesel.

Tanto em marcha-lenta quanto parado o silêncio na cabine é destaque, seguida pela total ausência de vibrações. Na realidade, só dá para lembrar que estamos em um turbodiesel pela faixa do conta-giros se iniciando a 5.000 rpm e pelo forte efeito giroscópio (que faz a carroceria inclinar no sentido oposto ao do giro do motor) ao acelerar o carro parado.

As rodas são sempre de 19?, alterando o desenho entre as versões Enduro e Off-road (Divulgação/Mercedes-Benz)

Esses atributos caem como uma luva com a calibração da suspensão independente nas quatro rodas. Mesmo sem terem bolsas infláveis, elas entregam um rodar suave, com absorção intensa de quase todas as imperfeições no asfalto. Naturalmente isso se reflete em uma rolagem maior da carroceria em curvas, mas é provável que muitos de seus clientes mal percebam isso.

O GLC leva o conceito suave e silencioso que marcou muitos Mercedes-Benz à risca. Nada dele é rápido ou brusco: o mapa do acelerador sempre dá um pequeno atraso na resposta, mesmo no modo de condução mais esportivo. As acelerações não vêm com trancos que empurram suas costas ao banco, e a direção mistura precisão alemã com uma desmultiplicação mais intensa (são mais de três voltas de batente a batente).

O GLC 220 d Enduro vem de fábrica com um engate elétrico retrátil atrás do para-choque traseiro (Divulgação/Mercedes-Benz)

Este não é o carro para quem busca esportividade — para eles haverá o GLC 300 Coupé, ou os rivais BMW X3 e Audi Q5. O foco do GLC é levar quatro adultos com conforto e silêncio, e isso ele faz como ninguém.

Neste ponto vale o destaque para a oferta do controlador de velocidade adaptativo (Distronic) de série na versão Enduro, acompanhado de monitoramento de veículo em ponto cego e assistente de manutenção de faixa. Os três sistemas, porém, não são integrados como no Classe E, e não permitem uma condução semi-autônoma completa, como o Volvo XC60 D5 dispõe por um preço muito menor (R$ 251.724).

Aí entra um item exclusivo do GLC: a estrela de três pontas na grade. O modelo entrega as principais qualidades de acabamento, silêncio e suavidade estimadas por muitos clientes que valorizam a marca. Resta saber se isso será o bastante para que os clientes abram mão de um rival mais completo, no caso do Volvo, e de um com sete lugares (Land Rover Discovery Sport), para botar na garagem o status de um SUV alemão.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

23 ABR
Correio técnico: posso rebocar um carro automático com o câmbio em P?

Correio técnico: posso rebocar um carro automático com o câmbio em P?

Rebocar carro automático em P é uma péssima ideia (Christian Castanho/Quatro Rodas)Nunca faça isso, pois há grande risco de avarias na caixa de câmbio (demandando até sua troca), nos freios e nos pneus. Isso porque essa posição provoca o travamento das rodas de tração. Em modelos com freio de estacionamento eletrônico, ainda há o perigo de as rodas estarem imobilizadas pela atuação automática dos freios. O ideal é sempre transportar um veículo automático sobre uma... Leia mais
22 ABR
As versões mais legais destes carros vendidos no Brasil não existem aqui

As versões mais legais destes carros vendidos no Brasil não existem aqui

 (Joaquim Oliveira/Quatro Rodas)Você provavelmente já desejou carros que nunca vieram ao Brasil, né? Mas esse sentimento é ainda pior quando os modelos já estão à venda por aqui, só que não com as configurações que realmente desejamos. Foi pensando nisso que separamos exemplos das versões que só ficarão nos sonhos. Confira as melhores versões que não temos dos carros vendidos no Brasil:O VW Polo GTS estreou há poucos meses com motor 1.4 turbo emprestado de outros modelos –... Leia mais
22 ABR
Por R$ 30 milhões, Bugatti Divo promete fazer o Chiron comer poeira

Por R$ 30 milhões, Bugatti Divo promete fazer o Chiron comer poeira

Bugatti Divo é um Chiron com algumas mudanças de desenho (Divulgação/Bugatti)Dois anos depois de apresentar o projeto ao público, a Bugatti enfim anunciou que as 40 unidades do Divo, hiperesportivo de caráter artesanal criado em cima do Chiron, enfim começarão a ser entregues.Mas não se anime muito. Além do valor inacessível para reles mortais – 5 milhões de euros ou quase R$ 30 milhões na conversão direta -, todos os exemplares já têm um comprador esperando para guardá-los... Leia mais
22 ABR
FCA adia SUV Fiat, Jeep 7 lugares e Renegade e Compass híbridos em um ano

FCA adia SUV Fiat, Jeep 7 lugares e Renegade e Compass híbridos em um ano

Líder do segmento, Jeep Compass terá versão híbrida importada a partir de 2021 (Nelson dos Santos/Quatro Rodas)A pandemia do novo coronavírus vem causando transtornos para a FCA, controladora de marcas como Fiat e Jeep.O grupo está com as fábricas no Brasil inoperantes desde 27 de março e na última semana fechou acordo para redução de salários e jornada de trabalho de seus funcionários.Em uma live transmitida nesta quarta-feira (22) pelo site Automotive Business, o CEO da marca... Leia mais
22 ABR
Nissan lança livro para colorir e convida público a desenhar na quarentena

Nissan lança livro para colorir e convida público a desenhar na quarentena

Linha esportiva da marca também foi passada para o papel (Reprodução/Nissan)A Nissan anunciou nesta semana o início do projeto #DrawDrawDraw (#Desenhe#Desenhe#Desenhe).A iniciativa foi criada pelos designers da marca que produziram um livro com 23 páginas de desenhos para colorir – que está disponível no site da empresa.De acordo com o vice-presidente de design global da Nissan, Alfonso Albaisa, o projeto foi inspirado no designer Giovanny Arroba, criador do Nissan Ariya Concept, que... Leia mais
22 ABR
Longa Duração: Chevrolet Onix Plus já acumula cicatrizes aos 10.000 km

Longa Duração: Chevrolet Onix Plus já acumula cicatrizes aos 10.000 km

Peça de caminhão perdida na estrada foi lançada contra a dianteira do Onix por outro caminhão, que viajava à frente (Fernando Pires/Quatro Rodas)Depois de um atraso na entrega por conta de um recall da central eletrônica, nosso Onix Plus não teve vida fácil. Já precisou visitar a rede Chevrolet para que fosse feita a troca de um derivador em Y da linha de combustível (que poderia vazar) e do led do câmbio (que não iluminava as marcas de posição da alavanca). Manutenções feitas... Leia mais