Suzuki chega às lojas em novembro (Divulgação/Suzuki)
A Suzuki anunciou os preços do novo Jimny Sierra. O jipinho chega em três versões: 4You (manual), R$ 103.990; 4You (automático), R$ 111.990 e 4Style, R$ 122.990.
O SUV compacto que é a quarta geração do jipinho conhecido simplesmente por Jimny, no Brasil, começa a ser vendido no início de novembro.
A adição do nome Sierra se justifica pelo fato de que o novo modelo (exemplar de quarta geração) não vai substituir o antecessor (de terceira geração).
Na quarta geração, jipinho ganhou novo visual e equipamentos (Divulgação/Suzuki)
No Brasil, o Jimny Sierra que virá importado do Japão vai coexistir com o Jimny, que é produzido na fábrica da HPE (Mitsubishi e Suzuki), em Catalão (GO).
No Japão também existem duas versões Jimny e Jimny Sierra, mas o Jimny de lá também é novo só que em versão mais simples.
O Jimny japonês é menos equipado que o Sierra, não tem molduras nas caixas de rodas e seu motor tem apenas 660 cc. Ele entra na categoria dos kei cars, para carros de menor porte que gozam de isenções fiscais.
Modelo não aposenta o antecessor, que segue em linha (Divulgação/Suzuki)
Por aqui, a diferença entre as versões 4You e 4Style está no conteúdo. A 4 Style é mais completa.
Desde as versões 4You (manual e automática), o Suzuki já conta com sistemas eletrônicos como ESP, Hill Hold e Hill Descente Control.
No que diz respeito à segurança, o Sierra traz ainda os obrigatórios ABS e duplo airbag de série.
Na versão 4Style, SUV traz ar-condicionado digital (Divulgação/Suzuki)
Além desses itens, há computador de bordo, volante ajustável em altura, bancos bipartidos, central multimídia com tela touch de 7 polegas e compatibilidade com sistemas Apple Carplay e Android Auto, e ar-condicionado manual.
A 4Style acrescenta à lista piloto automático, faróis led com projetor, ar-condicionado digital, caixa porta-trecos no porta-malas e volante revestido em couro.
Visualmente, a versão 4Style se diferencia nos detalhes com maçanetas na cor da carroceria e espelhos retrovisores externos na cor preto brilhante.
Instrumentos foram inspirados no modelo da segunda geração (Divulgação/Suzuki)
O Jimny Sierra tem o mesmo porte do antecessor. Suas medidas de comprimento (364,5 cm) e distância entre-eixos (225 cm) são idênticas.
Mas o Sierra ficou um pouco mais alto (172,5 cm ante 170,5 cm) e mais largo (164,5 cm congra 160 cm).
E houve também mudanças na geometria de suspensão. O ângulo de entrada aumentou de 35 para 37 graus. E o de saída foi de 45 para 49 graus.
O vão livre subiu de 20 para 21 cm.
Central multimídia é compatível com Apple Carplay e Android Auto (Divulgação/Suzuki)
O Jimny Sierra mantém a construção robusta com chassi separado da carroceria, tração integral e suspensões de eixos rígidos. Mas ganhou a opção do câmbio automático de quatro marchas (a manual tem cinco marchas) e motor 1.5 no lugar do 1.3.
Tecnicamente, o motor 1.5 não configura um avanço em relação ao 1.3. Os dois têm as mesmas características construtivas (bloco de alumínio, 4 cilindros, 16 válvulas, comando de válvulas variável na admissão), mas o 1.5 gera mais força.
O motor 1.5 tem 108 cv de potência e 14,1 kgfm de torque enquanto o motor 1.3 entrega 85 cv e 11,2 kgfm.
Essa força extra faz toda diferença no comportamento do carro no asfalto e também nas trilhas, como pudemos experimentar.
Na transmissão, além da opção do câmbio automático, houve outra mudança que os donos dos modelos atuais vão repara. Trata-se do engate de tração mecânico.
Engates de tração 4×4 e 4×4 reduzida são mecânicos (Divulgação/Suzuki)
Segundo a Suzuki, esse foi um pedido dos jipeiros que confiam mais nas alvancas do que nos botões de engates elétricos.
Mas também existe um argumento técnico em favor da troca de sistema que é a ausência de fios (chicote elétrico) sob o carro que podem ser danificados nas trilhas
No dia-a-dia, a direção do Suzuki ficou mais leve com a assistência elétrica, mas continua a exigir um giro maior do volante nas curvas em razão do tradicional sistema de esfera recirculantes, mais comum em veículos mais pesados.
Novos coxins de chassi deixaram o Jimny mais confortável (Divulgação/Suzuki)
Já no que diz respeito à suspensão, não houve alteração no conjunto, mas a troca dos coxins entre o chassi e a carroceria tornou a vida a bordo mais confortável, uma vez que os coxins filtram parte das irregularidades do piso que chegam à cabine.
Nas trilhas, o amortecimento do chassi deixou a carroceria mais solta, oscilando com maior amplitude quando o carro passa por obstáculos.
Mas no asfalto essa característica não comprometeu a estabilidade e nem deixou o veículo mais sensível a ventos laterais, por exemplo.
Capacidade do porta malas vai de 85 a 377 litros (com bancos rebatidos) (Divulgação/Suzuki)
Segundo a Suzuki, o Jimny com carroceria antiga segue sem alterações na oferta, em quatro versões (4Work, 4All, 4Sport e Desert), com preços entre R$74.490 (4Work) e R$ 92.990 (Desert).
O novo modelo ficou mais caro que o antecessor e até mesmo que o SUV Suzuki de maior porte, o Vitara, na versão 1.6 16V 4All (R$ 97.490) mas ainda custa menos que o rival Troller T4 (R$ 136.674) – mais robusto e movido a diesel.