Novidades

22 OUT
Combustível adulterado: saiba como detectar e como (tentar) fugir

Combustível adulterado: saiba como detectar e como (tentar) fugir

Será que o combustível no seu tanque segue as exigências? (Reinaldo Canato/Quatro Rodas)

Combustível adulterado é uma assombração para o motorista brasileiro.

Tem sempre aquela pontinha de desconfiança se o que você pôs no tanque segue as especificações exigidas por lei. O bom é que o carro dá sinais se o produto é ruim ou não. Basta ficar atento aos sintomas.

A primeira recomendação é medir o consumo, válida para todo tipo de combustível. Sempre que abastecer o carro, zere o computador de bordo e observe a média em km/l que seu carro costuma fazer. Na próxima parada, em outro posto, repita o procedimento.

Se você manteve a rotina dos trajetos do dia a dia e registrou diferença entre 15% e 20% a mais no consumo, desconfie. No caso de uso de gasolina, é um forte indício de que ela estava com etanol a mais.

Por lei, a gasolina pode ter até 27% de etanol anidro na composição. Mas alguns postos vendem o produto com álcool acima do permitido – há registros de fraude com mais de 70% de etanol!

“O ideal é deixar o nível de combustível o mais perto da reserva, completar, zerar o sistema e acompanhar o consumo médio do carro. Em caso de mais etanol, o próprio motorista consegue identificar variações grosseiras na média no simples trajeto casa–trabalho”, explica o engenheiro Erwin Franieck, da SAE Brasil.

A mistura maior de álcool pode provocar falhas na partida nos motores a gasolina.

Já nos flex, não implica em problemas mecânicos, apenas para o bolso. Mas o uso de solventes para fazer a gasolina render mais é frequente e ataca diferentes componentes do carro.

“Os solventes mais comuns são os de borracha, que danificam principalmente as vedações, gerando desgaste e até quebra das peças emborrachadas. Além de afetar outros componentes”, alerta Franieck.

Por isso, cheque regularmente se há vazamentos, que podem ser provocados pelo ressecamento prematuro das mangueiras, mas também fique atento ao desempenho do motor.

Engasgos nas marchas mais baixas e demora na resposta ao acelerador, principalmente nas retomadas, podem ser indícios de gasolina batizada.

É que as substâncias estranhas carregam muitas impurezas, que podem fazer a bomba de combustível perder a vazão e provocar o entupimento dos filtros.

O etanol não está livre de adulterações. A mais comum é o “álcool molhado”, com mais água do que o permitido (7%). Isso tende a acelerar corrosão e desgaste de peças do motor.

Sair água do escapamento quando o veículo está abastecido com etanol é normal, mas fique de olho nessa quantidade.

Se estiver pingando muito, especialmente se o motor estiver ligado há mais de 15 minutos, é forte indício de “álcool molhado”.

Assim como com a gasolina, a central eletrônica do carro pode detectar problemas no combustível e no conjunto. Por isso, se aquela luz laranjinha da injeção no painel acendeu depois que você abasteceu, pode ser outro indício de adulteração.

Assim, é bom manter os olhos abertos… e ouvido aguçado também. Sabe aquele som de batida de pino que vem do capô?

Pois bem, pode ser a perigosa adição de metanol, tanto na gasolina como no álcool – a substância é altamente tóxica e proibida por lei. “Metanol gera muita detonação no motor, o que pode provocar a batida de pino”, explica Franieck.

O diesel é outro que não passa ileso dos espertalhões. Ele deve estar límpido e isento de impurezas.

Com o advento do S-10, que tem menos teor de enxofre, a fraude mais comum agora é com o excesso de biodiesel. Por lei, esse índice não pode passar de 10%, mas há casos com mais de 40% de biodiesel.

Esse excesso causa danos ao próprio diesel, que oxida mais rapidamente e contribui para a formação de depósitos, em especial nos filtros. A causa imediata é a perda de desempenho. Em casos mais graves, o motor pode vir a parar totalmente.

O Gás Natural Veicular (GNV) é mais difícil de adulterar. Como o combustível vem por tubulação, a logística para adulterá-lo é complexa e cara.

Contudo, os criminosos sempre dão um jeitinho: eles repetem uma prática com o GNV que se tornou comum nos demais combustíveis e lesa o bolso do consumidor a curto prazo.

É a chamada “bomba baixa”, que altera a quantidade do combustível colocado no veículo em relação ao que está registrado na bomba.

Os fraudadores põem um gatilho no equipamento, que informa volume maior do que realmente entrou no cilindro/tanque. Em alguns casos, o roubo chega a 30% do registrado.

Assim, se você é daqueles que costumam só colocar R$ 50, tente fazer isso sempre com o nível do reservatório em uma posição comum: 1/4 ou meio tanque.

Passe a observar quanto rodará depois, até o marcador voltar àquele ponto. Se os R$ 50 passarem a durar menos quilômetros, você pode ter sido vítima da “bomba baixa”.

Lembre-se de que combustível adulterado detona as peças e que isso se refletirá no custo de manutenção do veículo. Em oficinas pesquisadas, reparos no sistema de injecão eletrônica têm orçamentos entre R$ 800 e R$ 1.5000.

Nos modelos nacionais de entrada, só os bicos custam, no mínimo, R$ 400.

Vedações de borrachas e mangueiras também são as principais afetadas pelo combustível batizado. Tomando-se por base o Chevrolet Onix, líder de vendas, só a mangueira de combustível varia de R$ 150 a R$ 200 (sem mão de obra).

Já o filtro de combustível, que pode entupir e ficar inutilizado, custa em média R$ 25.

A dica principal é manter o abastecimento em quatro ou cinco postos de confiança.

Se ficar cismado, peça o teste determinado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Por lei, o local deve comprovar na frente do cliente o teor de etanol na gasolina em uma demonstração que não leva mais que cinco minutos.

Já o etanol é verificado pelo termodensímetro, a peça transparente que fica colada na lateral da bomba. Nela, deve-se verificar se o nível indicado pela linha vermelha está no centro do medidor – não pode estar acima da linha do etanol.

Desconfie também de postos com preços muito abaixo do mercado. Além disso, verifique as bombas abastecedoras: elas devem ter o selo do Inmetro e, nos postos sem bandeira, a etiqueta com o nome do fornecedor dos combustíveis.

Caso o estabelecimento se recuse a fazer o teste da proveta, não tenha termodensímetro ou haja qualquer desconfiança de irregularidades, o consumidor deve encaminhar denúncia à ANP, no telefone 0800 970 0267 ou no site oficial da ANP

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

22 JAN
Segredo: picape VW Tarok será a cara do SUV Tarek, mas está sob risco

Segredo: picape VW Tarok será a cara do SUV Tarek, mas está sob risco

VW Tarok (Volkswagen/Divulgação)Muito frisson se criou em cima da picape Volkswagen Tarok, mostrada como conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018 e desenvolvida sob medida para encarar a Fiat Toro.QUATRO RODAS obteve mais algumas informações sobre o projeto, em parceria com o site Autos Segredos e também contando com algumas pistas dadas por Pablo di Si, presidente da marca na América Latina.As duas primeiras informações: Tarok ainda não é seu nome definitivo e o... Leia mais
22 JAN
Renault Kwid é febre de vendas no Uruguai como o Chevrolet Onix no Brasil

Renault Kwid é febre de vendas no Uruguai como o Chevrolet Onix no Brasil

No Uruguai, vendas do Kwid estão aceleradas (Christian Castanho/Quatro Rodas)O Renault Kwid foi o veículo mais vendido de 2019. A notícia seria excelente para a marca francesa no Brasil, mas o feito aconteceu em um país vizinho, o Uruguai.Lá, o subcompacto registrou 2.980 emplacamentos no ano passado, desbancando os 2.402 do Chevrolet Onix, os 1.806 do Suzuki Alto e os 1.717 do Volkswagen Up!.No geral, o Kwid foi responsável pouco mais de 7% dos 42.322 veículos vendidos entre janeiro e... Leia mais
22 JAN
Exclusivo: donos de Onix Plus incendiados ganham Cruze R$ 50.000 mais caro

Exclusivo: donos de Onix Plus incendiados ganham Cruze R$ 50.000 mais caro

Donos de Chevrolet Onix Plus que pegaram fogo ganharam um Cruze Premier (Arte/Quatro Rodas)Os dois casos de incêndio do Chevrolet Onix Plus no Piauí e no Maranhão resultaram em uma série de ações por parte da General Motors.Antes mesmo de anunciar causa e solução para o fogo, a fabricante iniciou uma campanha de recolhimento de todas as unidades que estavam nas ruas.Depois, com a atualização do software ainda em desenvolvimento, convocou um recall para 19.050 unidades das versões... Leia mais
22 JAN
Supercomparativo: os 10 melhores sedãs para clientes PcD do Brasil

Supercomparativo: os 10 melhores sedãs para clientes PcD do Brasil

O segmento PCD é o que mais cresce no mercado brasileiro (Sérgio Bergocce/Quatro Rodas)O mercado de veículos PcD,  que inicialmente era reservado a pessoas com deficiências (daí a sigla), não para de crescer.O avanço dos modelos agora destinados a todos os portadores de diversos tipos de dificuldades de locomoção, incluindo enfermidades como diabetes e lesões por esforço repetitivo (LER), se reflete nas vendas e também na oferta de modelos.Lançamentos recentes como o Chevrolet... Leia mais
22 JAN
Caoa Chery divide lojas com Hyundai para acelerar expansão da rede

Caoa Chery divide lojas com Hyundai para acelerar expansão da rede

Revenda Hyundai cede parte de seu espaço à Caoa Chery no Engenho Novo, Rio de Janeiro (RJ) (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)A Caoa Chery terminou 2018 com uma meta ousada: expandir de 85 para 142 o número de concessionárias entre novembro de 2019 e o final de 2020. Um crescimento de 67% ou dois terços em relação à rede existente até novembro.Onze novos pontos já foram oficialmente inaugurados em dezembro do ano passado, em cidades como Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Belém... Leia mais
21 JAN
Honda registra SUV alternativo ao CR-V no Brasil com visual de Civic

Honda registra SUV alternativo ao CR-V no Brasil com visual de Civic

Desenho do Honda Breeze é registrado no Inpi, embora modelo não venha para o Brasil (Honda/Inpi/Reprodução)A Honda registrou no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) o SUV Breeze.O modelo, produzido e vendido atualmente na China, é um SUV com visual do Civic e porte parecido com o do CR-V, embora um pouco maior.O carro é vendido no oriente com duas opções de motor: 1.5 turbo de 193 cv de potência e 24,8 mkgf de torque ou 2.0 aspirado de 215 cv e 32 mkgf. Ambos vêm... Leia mais