SpaceFox vinha sendo vendida em apenas uma versão (Divulgação/Volkswagen)
Não há mais Volkswagen SpaceFox à venda no Brasil, pelo menos no mercado de zero-quilômetro.
A morte da perua compacta foi consumada com a retirada do modelo do configurador de veículos novos no site oficial da fabricante.
A perda não chega a ser inesperada, visto que a produção do modelo na Argentina já havia sido encerrada no início deste ano, para dar lugar ao SUV intermediário Tarek (cujo lançamento deve ocorrer em 2020).
Traseira da SpaceFox (Divulgação/Volkswagen)
Na verdade, chegou até a surpreender a resistência da SpaceFox no catálogo de carros novos da marca durante tantos meses.
Isso foi fruto da formação de um estoque que demorou a ser esgotado nas concessionárias brasileiras.
Nos nove primeiros meses de 2019 a pequena perua teve 1.736 unidades emplacadas, segundo a Fenabrave (associação nacional dos concessionários). Entretanto, apenas 21 exemplares foram vendidos em agosto e três em setembro, o que indica o fim dos estoques.
Em seus últimos meses de vida, a SpaceFox vinha sendo vendida em uma única versão, Trendline, equipada com o velho motor 1.6 8V de 104 cv e câmbio manual. O preço era de R$ 66.190.
5º lugar – Volkswagen SpaceFox – Quantidade de roubados/furtados em 2012: 810; Frota em 2012: 82.048; Frequência de roubos/furtos: 0,987% (divulgação/Volkswagen)
A SpaceFox nasceu em 2006 como perua do primeiro Fox. Chegou a ser vendida em outros mercados e com nomes diferentes, como Suran (Argentina) e Sportvan (México).
Fabricada sempre em General Pacheco, Argentina, com motor 1.6 de oito válvulas, com opções de câmbio manual ou automatizado i-Motion, notabilizava-se pelo bom porta-malas de 440 litros. Chegou a ser produzida em São José dos Pinhais (PR), junto com Fox.
A primeira reestilização veio em 2010 (Divulgação/Volkswagen)
Em 2010, acompanhou o facelift já aplicado ao irmão hatch, com arestas menos arredondadas nos faróis e grade horizontalizada, integrando o conjunto óptico.
Um ano mais tarde, ganhou a configuração aventureira SpaceCross, aguardada havia cinco anos, já que fora apresentada como conceito no Salão de São Paulo de 2006. Ela trazia mais equipamentos e apliques plásticos que conferiam maior apelo visual.
Perua aventureira SpaceCross ganhou vida em 2011 (Marco de Bari e Chris Castanho/)
No ano de 2015, veio mais uma reestilização do Fox e da SpaceFox: faróis mais espichados, grade ainda mais afilada e um rearranjo no desenho do para-choque dianteiro.
A versão de topo Highline e a SpaceCross ganharam também motor 1.6 MSI 16V de 120 cv, aliado a câmbio manual de seis marchas ou i-Motion.
Nas opções mais caras também chegou a haver itens como controle eletrônico de estabilidade, controlador de velocidade de cruzeiro e luzes de conversão estática nos faróis de neblina.
Entre 2017 e 18, o preço de uma SpaceCross completa chegou a flertar com a casa de R$ 100.000.
No entanto, o modelo começou a perder espaço para os SUVs e teve suas vendas (e suas versões) desidratadas até o inevitável encerramento da produção.