Motos de grande cilindrada já usam cânister e outros recursos anti-poluição (Divulgação/Honda)
Motocicletas precisam de cânister? – Felipe Casarini, Cuiabá (MT)
Sim, mas esse equipamento, um filtro de carvão ativo que evita a saída do combustível evaporado do tanque para a atmosfera, é mais comum nas motos de maior cilindrada.
Por serem leves, as motocicletas precisam de motores menores, que, por consequência, poluem menos.
É por esse motivo que recursos de redução de consumo e emissões, como injeção eletrônica, catalisador e cânister, demoram mais a ser implementados nas motos.
Vale destacar que as motocicletas precisam atender à mesma legislação antipoluição que rege os automóveis e que o aumento gradual das exigências de emissões também ocorre com os veículos de duas rodas.
Por isso, motos como a Honda CRF Africa Twin, com motor 1.0, já contam com esse recurso.
Os freios ABS das motos precisam ser projetados para não prejudicar as curvas (Continental/Divulgação)
Mas há diversos aspectos técnicos em que as motos diferem dos veículos. O controle de estabilidade convencional, por exemplo, não pode ser aplicado nas motocicletas, ainda que elas possam usar controle de tração, ABS e até airbag.
A principal diferença é que os motociclistas alteram o balanço de freio entre os eixos da moto para otimizar a dinâmica dela em frenagens e curvas.
Como o carro tem na maior parte do tempo quatro pontos de apoio, é possível deixar esse ajuste para a eletrônica (ou válvulas equalizadoras em modelos mais antigos).
Naturalmente que isso impede uma moto com controlador de velocidade adaptativo e qualquer outro sistema de condução semi-autônoma.
Isso não significa que as motos vão ficar paradas no tempo: já há tecnologias capazes de fazer com que uma moto se mantenha sempre equilibrada, reduzindo o risco de quedas em paradas.
Esses sistemas ainda estão em desenvolvimento, mas podem ser aplicados a médio prazo nos modelos de produção.
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