Novidades

20 SET
Clássicos: por que o Alfetta GT é um dos Alfa Romeo mais amados até hoje

Clássicos: por que o Alfetta GT é um dos Alfa Romeo mais amados até hoje

Um dos desenhos mais belos de Giugiaro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Giulia Sprint GT de 1963 foi um dos mais belos carros criados por Giorgetto Giugiaro para a Alfa Romeo, mas estava longe de ser prático: o espaço era limitado a um casal e duas crianças (bem) pequenas.

Foi pensando nisso que o fabricante de Milão apresentou o versátil Alfetta GT em 1974.

Também obra de Giugiaro, o cupê trazia uma bonita carroceria de dois volumes com queda suave do teto para acomodar quatro adultos e um considerável espaço para bagagem.

Essa racionalização do espaço interno era resultado da plataforma dividida com o Alfetta Berlina, moderno sedã lançado em 1972.

O conta-giros é o único instrumento por trás do volante. Câmbio e pedais perfeitamente posicionados (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Tecnicamente, era mais refinado que o badalado Alfa Montreal: o câmbio junto ao eixo traseiro melhorava a distribuição de peso entre as rodas e o defasado eixo rígido deu lugar a um tubo DeDion acoplado a um paralelogramo de Watt.

A redução do peso não suspenso era reforçada pelos discos de freio internos, ao lado do câmbio. Já a suspensão dianteira trazia braços duplos paralelos e barra de torção.

Teto em queda suave: ótima aerodinâmica e espaço interno (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas o motor tinha 20 anos de estrada: o 1.8 com duplo comando de válvulas e câmaras hemisféricas de 122 cv levava o Alfetta GT a 188 km/h. Esse motor deu lugar, em 1976, ao 1.6 de 108 cv (GT) e ao 2.0 de 122 cv (GTV 2000).

A aerodinâmica eficiente garantia boa velocidade final: 180 km/h para o GT 1.6 e 194 km/h para o GTV, que ia de 0 a 100 km/h em 9,7 s e oferecia acabamento mais requintado.

Motor de quatro cilindros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Um pedido do importador alemão levou em 1977 a divisão Autodelta a fazer 20 unidades do GTV 2.6 V8.

Usando o motor do Montreal, os 200 cv atingiam 230 km/h e um 0 a 100 km/h de 7,5 s. Melhor que o GTV 2000 L de 1978, recalibrado para 130 cv.

Em 1979, o GTV tornou-se o primeiro carro italiano com turbo: foram produzidas 400 unidades do 2000 Turbodelta, só para homologá-lo no Grupo 4 da FIA.

Com a turbina KKK, seu 2.0 chegava a 175 cv, mas o resultado nas pistas não foi satisfatório devido à baixa confiabilidade mecânica.

A segunda fase do cupê se inicia em 1980 com para-choques de plástico preto e o abandono da denominação Alfetta: o GTV 2.0 passa a ser o modelo de entrada e o GTV6 2.5 recebe o sonoro V6 com injeção eletrônica e 160 cv.

O bom torque de 21,7 mkgf a 4.000 rpm colaborava para o 0 a 100 km/h de 8,8 s e a máxima de 209 km/h.

Em teoria, há espaço para quatro adultos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O retorno da Alfa à F1 foi celebrado em 1981 com o GTV 2000 Grand Prix, sempre vermelho, com apêndices aerodinâmicos e rodas Campagnolo aro 15 em pneus 195/60. Dos 650 carros, 250 foram para a Itália, 200 à França e 200 ao resto da Europa.

O GTV6 teve séries memoráveis: em 1982, a Balocco e a Maratona, só para os EUA, além da Grand Prix, para Alemanha, França e Suíça.

Apesar das virtudes, o mais rápido dos GTV6 nunca foi fabricado na Itália. Isso ficou a cargo da África do Sul, que, com a Autodelta, produziu em 1984 cerca de 200 GTV6 3.0.

Destinado a corridas, o V6 Busso cresceu para 3 litros e seis carburadores para render 186 cv. O desempenho era notável: 0 a 100 km/h em 8,3 s e velocidade máxima de 225 km/h.

As últimas unidades do cupê deixaram a fábrica de Arese em 1987. Ainda hoje ele é saudado pelos puristas: foi um dos últimos Alfa com a reverenciada tração traseira, característica eliminada após a Fiat assumir o controle da marca, em 1986.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

09 OUT
Alfa Romeo Tonale, SUV irmão do Compass, é menos ousado em versão final

Alfa Romeo Tonale, SUV irmão do Compass, é menos ousado em versão final

Fotos da versão de produção vazaram na rede (Reprodução/Internet)Depois de ser apresentado como conceito no Salão de Genebra deste ano, o Alfa Romeo Tonale começa a aparecer na sua versão de produção em fotos vazadas na rede.As imagens do SUV compacto foram postadas em fóruns na internet e reproduzidas por sites especializados, como o perfil do Instagram All Car News, que supostamente publicou a primeira foto do interior. Faróis ficaram mais largos que no... Leia mais
09 OUT
Os Eleitos 2019: os hatches compactos premium mais queridos pelos donos

Os Eleitos 2019: os hatches compactos premium mais queridos pelos donos

O Fiat Argo roubou a liderança do Volkswagen Polo neste ano entre os hatches compactos premium (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)A vitória do Argo é duplamente curiosa. Por um lado, porque ele era o segundo colocado em 2108 mesmo tendo uma nota mais alta do que agora: perdeu 0,5 ponto. Por outro, porque faturou o título da categoria tendo sido o melhor em apenas cinco critérios dos 23 pesquisados, muito pouco considerando que o Polo ganhou em 11 e o Yaris em seis.E o que explica, então, o... Leia mais
09 OUT
Projeto de lei quer banir carro a combustão no Brasil a partir de 2060

Projeto de lei quer banir carro a combustão no Brasil a partir de 2060

Carregamento de carro elétrico (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)Está em tramitação no Senado Federal o Projeto de Lei nº 454/17, que proíbe, a partir de 2060, a venda de veículos zero-quilômetro que utilizem motor a combustão.O projeto, de autoria do Senador Telmário Mota (PTB-RR), já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos e está agora na Comissão de Meio Ambiente, com relatoria do Senador Jean Paul Prates (PT-RN).Arrizo 5e: pelo projeto, modelos elétricos e... Leia mais
09 OUT
Raio X: quanto custa manter um Toyota Yaris?

Raio X: quanto custa manter um Toyota Yaris?

Versão XLS é a topo de linha e custa R$ 83.990 (Divulgação/Quatro Rodas)Posicionado entre o Etios e o Corolla, o Toyota Yaris preenche um espaço que, no passado, foi do próprio Corolla.Basta ver que um Yaris XLS, topo de linha, custa R$ 83.990. De série, o XLS tem central multimídia, bancos de couro, comandos para trocas de marchas no modo manual no volante, luzes de posição led, sete airbags e até teto solar.A sorte dele é ter peças baratas, o prêmio do seguro baixo,... Leia mais
09 OUT
Longa Duração: Caoa Chery Tiggo 5X revela segredos, especialmente os ruins

Longa Duração: Caoa Chery Tiggo 5X revela segredos, especialmente os ruins

Tiggo visita Ouro Preto (MG). Viagem tranquila e críticas ao auto-hold e à central multimídia (Sofia Chiurciu/Quatro Rodas)O tempo passa, o convívio aumenta e o Caoa Chery Tiggo 5X vai tendo seus segredos desvendados – os bons e, principalmente, os ruins.A ausência de ajuste de temperatura do ar-condicionado é, disparada, a falta mais criticada. Mas, à medida que o número de usuários do chinês aumenta, a lista de observações negativas também cresce.“Não gostei do fato de o... Leia mais
08 OUT
Exclusivo: novo Renault Kwid nacional será mais simples que o indiano

Exclusivo: novo Renault Kwid nacional será mais simples que o indiano

Nem Outsider, nem indiano. O novo Kwid nacional terá visual próprio (Montagem/Divulgação/Renault)Quem esperava ver o visual ousado do novo Renault Kwid indiano no Brasil pode tirar o cavalo da chuva.Imagens divulgadas pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) antecipam que o modelo feito em São José dos Pinhais (PR) terá uma atualização muito mais discreta.Ao invés dos faróis duplos derivados do elétrico K-ZE, o novo Kwid brasileiro manterá o conjunto mais simples... Leia mais