Dezenas de milhares de ambientalistas protestaram neste sábado (14) no Salão do Automóvel de Frankfurt (IAA). No primeiro dia em que os portões da feira foram abertos ao público, os manifestantes usaram o evento como uma plataforma para exigir que ao setor automobilístico assuma sua responsabilidade como indústria poluidora do meio ambiente.
As estimativas do número de participantes das manifestações variaram entre cerca de 15 mil, segundo a polícia, para 25 mil, na contagem dos organizadores. Mais de 10 mil compareceram de bicicleta, tomando parte numa passeata de ciclistas que bloqueou temporariamente duas estradas da região.
Os manifestantes reivindicaram o fim do motor de combustão e uma reforma da política de transporte que incentive veículos com baixa emissão de carbono, como bicicletas, ônibus e trens.
Outras acusações levantadas pelos manifestantes é que a indústria automobilística não está se movendo rápido o suficiente em direção a um meio transporte livre de emissões. Muitos também exigem medidas para desencorajar a compra de SUVs, considerados veículos especialmente prejudiciais ao meio ambiente. Alguns setores políticos alemães têm proposto ultimamente medidas para sobretaxar veículos utilitários esportivos ou mesmo proibi-los nos centros das cidades.
Os manifestantes exibiram faixas pedindo uma "transição do transporte" ou "Verkehrswende", em uma aparente referência à planejada "Energiewende", como o governo da Alemanha chama a transição para fontes renováveis de energia.
No dia anterior, sexta-feira, participantes do movimento ambientalista Fridays for Future e ativistas do Greenpeace promoveram um ato de protesto dentro da IAA no momento em que a chanceler federal alemã, Angela Merkel, visitava a feira. Manifestantes invadiram o estande da Volkswagen e subiram nos carros, portando cartazes com a inscrição "Klimakiller" (assassino do clima).