Novidades

12 SET
O homem que constrói sozinho carrinhos a pedal de até R$ 40.000

O homem que constrói sozinho carrinhos a pedal de até R$ 40.000

Ronaldo com um dos seus xodós: a Ferrari American Retro Race da década de 60 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Executivo de uma grande empresa de soluções de impressão 3D, Ronaldo Prado, 53 anos, é um apaixonado por carros. Seu trabalho consiste em tirar do papel criações da indústria automotiva e transformá-las em realidade.

“Aqui fazemos protótipos de modelos que serão lançados daqui a cinco anos”, explica ele.

Mas seu hobby são veículos bem menores e mais antigos do que está acostumado a construir: em casa, em Ribeirão Preto (SP), seu negócio é restaurar ou construir carrinhos a pedal, os pedal cars.

Tudo começou há 16 anos com a chegada da filha, Luiza Prado. “Comprei para ela um Fusca Bandeirante. Mas nunca entregaria do jeito que veio. Tinha que personalizar e deixar do jeito que eu queria.”

E assim começou a brincadeira. Ano a ano, ele iniciava um novo projeto para presentear a filha.

O Fusca Bandeirante imita uma antiga viatura de polícia: o primeiro da coleção (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Nesse período, ele passou do pedal car para o minicarro elétrico, o skate, o patinete e tudo mais que você imaginar com rodas. “Depois que minha filha não cabia mais nos pedal cars, continuei comprando e ganhando carrinhos e fui guardando.”

Hoje, com mais de 40 pedal cars, Ronaldo montou uma pequena oficina nos fundos de sua casa e passa os finais de semana entre amigos trabalhando em projetos de restauração e customização dos brinquedos.

Ali tudo é feito à moda antiga, com ferramentas e processos clássicos de fabricação. Não tem nada de tecnológico. Até tampa de panela já foi usada como roda de carrinho.

Os exemplares da sua coleção vêm do mundo todo: Itália, Inglaterra, Argentina, Uruguai e Austrália, muitas vezes trazidos por parentes e amigos.

Em seu ateliê, em Ribeirão Preto, as restaurações podem demorar até 4 meses (Fernando Pires/Quatro Rodas)

“Em uma dessas aventuras, meu cunhado encontrou em uma barbearia na Itália uma Ferrari. Aqui do Brasil, entrei em contato com o barbeiro, que depois de muito custo me vendeu o carro, que ficou guardado em um hotel até que minha irmã, que mora em Portugal, foi buscá-lo”, narra.

“De Portugal, ela despachou para Manaus (AM). Já no Brasil, o carro passou por Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro e finalmente veio para São Paulo. Foram oito meses de espera”, continua.

O hobby atraiu clientes que tentam comprar os carrinhos do Ro-naldo, que oficializou sua oficina: agora ela se chama Elegance Ateliê Mecânico.

Ele não gosta de vender suas pequenas criações, mas, se você insistir muito, Ronaldo, que é coração mole, acaba cedendo. Custam em média R$ 3.000, porém as mais raras chegam a R$ 40.000.

Ele também restaura pedal cars que amigos levam, mas deixa bem claro que isso não é um negócio: “Não faço pelo dinheiro. É tudo pela paixão ao carro”.

Carrinhos a pedal variam dos anos 30 aos 80 (Arte/Quatro Rodas)

A história do pedal car se confunde com a do carro

Os pedal cars foram uma evolução dos triciclos no fim do século 19, ainda rústicos e caros. Até que Ettore Bugatti fez, em 1927, uma réplica do lendário Bugatti 35 para seu filho Roland – tinha motor elétrico e chegava a incríveis 15 km/h.

Foram construídos 500 exemplares, que depois foram vendidos. Hoje, restam menos de 100, e são considerados o Santo Graal dos carrinhos a pedal – há uma unidade no Museu do Automóvel de Turim (Itália).

Os Bugatti 35, versão original e míni, feitos por Ettore (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Muitas montadoras entraram nessa onda, para venda ou por promoção. Levavam o nome do carro original, às vezes com o sobrenome “Jr.”.

Na Segunda Guerra, o pedal car desapareceu das lojas, mas virou mania nos anos 50 e 60, em especial nos EUA: toda casa tinha um na garagem.

Havia diversos fabricantes, com réplicas dos antigos pedal cars e de carros modernos, criando uma cultura que dura até hoje. No exterior, alguns chegam a custar R$ 40.000.

No Brasil, tudo começou com a Brinquedos Bandeirante (1952), que produziu dois modelos: Fusca e Jipe.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

13 NOV

Salão do Automóvel: como são as áreas VIP do evento?

Salão do Automóvel 2018 (Salão do Automóvel/Divulgação)O Salão do Automóvel de São Paulo tem mais de 540 veículos expostos nos 110.000 m² e até o teste gratuito de veículos elétricos e híbridos na área organizada pela QUATRO RODAS.Os preços dos ingressos variam de R$ 40 a R$ 370. Mas o dinheiro não garante acesso a todas as partes do São Paulo Expo: em boa parte das áreas VIP, a entrada é restrita a poucos.SUV elétrico E-tron está exposto apenas na área VIP da... Leia mais
13 NOV

Renault quer aprender com Zoe para vender Kwid elétrico no Brasil

A Renault terá o carro elétrico mais "barato" do Brasil. O Zoe, que começa a ser entregue em fevereiro, já está em pré-venda por R$ 149.990. Apesar de custar menos do que os rivais, ele está longe de ser acessível. No entanto, mais do que alcançar algum volume de vendas, a montadora espera usar o Zoe como uma espécie de “escola” para adquirir experiência com esse tipo de veículo e poder vender outros elétricos no futuro. Aprender e melhorar Para o presidente da... Leia mais
13 NOV

De Jeep da guerra até primeiro Porsche, marcas revivem clássicos no Salão do Automóvel

Nem só de novidades vive um Salão do Automóvel. Na edição deste ano, que vai até o próximo domingo (18), além das centenas de veículos novos, estão expostas algumas raridades. Pelo menos 5 fabricantes colocaram veículos clássicos em seus estandes durante todo o evento. Porsche e Toyota, por exemplo, decidiram expor carros antigos para comemorar marcas históricas. No caso da fabricante alemã, a comemoração é dos 70 anos da fundação da empresa. Como celebração,... Leia mais
12 NOV

Comparativo: Audi RS Q3 e Porsche Macan se enfrentam

Chama atenção a proximidade da chegada de mudanças no visual (Leo Sposito/Quatro Rodas)Tecnicamente, o rival direto do Macan GTS na Audi é o SQ5 – os dois têm o mesmo porte e motor –, mas escolhemos o RS Q3 pela similaridade da situação de ambos em nosso mercado: a proximidade da chegada de mudanças no visual.Diferentemente do que se vê em outros modelos, como o TT e o A3, por exemplo, a Audi pegou leve demais ao aplicar o tratamento RS no Q3, o seu SUV de entrada. No que se... Leia mais
12 NOV

QUATRO RODAS fará mais de 1.400 test-drives de eletrificados no Salão

– (Estudio WTF/Internet)Além de conhecer de perto as belas máquinas expostas nesta 30ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo, que abre as portas amanhã, os visitantes poderão dirigir uma série de modelos elétricos durante o evento.Os test-drives serão realizados em uma área externa do pavilhão e serão gratuitos. Os interessados deverão se cadastrar antes em um balcão de atendimento em frente ao local dos testes. A curadoria da ação é feita por QUATRO... Leia mais
12 NOV

Produção de motos cresce e pode fechar o ano com 1 milhão de unidades

O mercado de motocicletas continua apresentando forte expansão em 2018 e pode fechar o ano acima de 1 milhão de unidades fabricadas. Com exceção das exportações, as fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) mantiveram em outubro uma tendência de crescimento que começou em setembro do ano passado e só registrou uma pequena queda em julho, efeito da greve dos caminhoneiros em maio. Na comparação anual, a produção de motos cresceu 26,1%, somando 99,2 mil... Leia mais