O visual é de carro conceito, mas esse é o Defender de produção com alguns acessórios (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Depois de 70 anos, o Land Rover Defender enfim tem uma nova geração.
Desta vez não há rebites ou pontos de solda à mostra, mas toda a carroceria (agora monobloco, três vezes mais rígida) é feita de alumínio. Esse é apenas um dos sinais de evolução do jipe inglês.
Do antigo modelo restou apenas o formato da carroceria, que está disponível nas versões 90 (duas portas) e 110 (quatro portas).
O porte também é maior: é maior do que um Discovery Sport e menor que um Discovery. E seu posicionamento de preço no Brasil será justamente esse.
Altura livre do solo é de quase 30 cm (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
A nova geração do Defender será lançada no país no segundo trimestre de 2020, inicialmente na versão 110. O Defender 90 chegará depois. A gama de versões e de mecânicas para o Brasil, porém, não foi definida.
Na Europa, há cinco versões de acabamento (S, SE, HSE, First Edition e a topo de linha, Defender X) e quatro opções de motores, sendo três deles 2.0 da família Ingenium.
Há duas opções de mecânicas a diesel (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
As D200 e D400, a diesel, têm 43,8 mkgf, mas desenvolvem 200 e 240 cv, respectivamente. A gasolina, P300, oferece, claro, 300 cv e pode chegar aos 100 km/h em apenas 8,1 segundos.
Outra opção é o Defender P400 MHEV, com o 3.0 de seis cilindros turbo twin-scrool combinado a um sistema elétrico de 48V, somando 400 cv de potência e 56 mkgf.
Defender 90 chegará ao Brasil mais tarde (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Já está confirmada para o futuro uma versão híbrida plug-in, que poderá ter sua bateria recarregada em tomadas.
Talvez a experiência de sete décadas tenha ajudado a Land Rover a pensar nas soluções do novo Defender. Por exemplo, seu assoalho é todo emborrachado e possui drenos, o que permite que ele seja lavado.
– (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
O porta-malas e a parte traseira do encosto dos bancos são revestidos por placa de fibra que imita aquele alumínio usado em chão de ônibus. Essa tampa esconde um compartilhamento para pequenos objetos.
O tapete esconde o assoalho todo forrado de borracha (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Como acessório, é possível instalar as mesmas placas no capô, como havia no antigo Defender. O jipe tem até mesmo previsão para a instalação de compartimentos na altura dos vidros traseiros e pode receber, também, teto de tecido dobrável.
Porta traseira tem abertura lateral (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
O painel tem sua estrutura de magnésio aparente, misturada às placas de plástico, e também pode ser usada como alças pelos ocupantes – que podem ser até sete.
O Defender 110 tem configurações de quatro, cinco, ou cinco + dois assentos e o Defender 90 pode levar até seis.
Porta-malas esconde um alçapão (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Para isso ser possível, uma das estratégias é pagar a mais pelo banco central dianteiro. Sua existência só foi possível, pois a alavanca seletora do câmbio – sempre automático de oito marchas, da ZF – está posicionada bem no meio do painel.
Estrutura do painel é de magnésio e fica aparente (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
A tração 4×4 tem duas velocidades, normal e reduzida, e agora trabalha em conjunto com o sistema Terrain Response 2, antigo nos Land Rover mas inédito no Defender.
Ele controla o deslizamento dos diferenciais de acordo com o terreno por onde o carro está passando.
– (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Outra novidade para o Defender é a suspensão a ar, disponível em algumas versões. Ela também se adapta às condições do terreno, interpretando os movimentos do carro 500 vezes por segundo e reagindo para garantir a estabilidade.
A altura livre do solo chega a 29,1 cm (2 cm a mais do que qualquer outro Land Rover) e sua capacidade de transposição de alagamentos é de 90 cm.
Janelinhas no teto ainda são funcionais (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Não parece, mas o capô é transparente. Melhor explicar: o Defender tem a tecnologia ClearSight Ground View – que revela na tela central pontos escondidos pelo capô, como a área à frente das rodas.
Portas têm lataria aparente (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
A central multimídia é nova, batizada de Pivi Pro, muito mais intuitiva e dotada de algorítimos de autoaprendizagem. Tanto ela como outros 14 módulos do carro podem receber atualizações remotamente, via internet.
É possível até mesmo controlar a temperatura, monitorar o combustível e travar o carro remotamente.
Encosto dos bancos dianteiros pode ter conexão USB extra (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
O quadro de instrumentos, por sua vez, foi substituído por uma tela de 12,3 polegadas. Como se não fosse tecnologia demais, o Defender ainda pode ter head-up display, piloto automático adaptativo, monitor de pontos cegos e monitor de tráfego traseiro.
Isso tudo em um carro que foi criado para ser apenas uma ferramenta de trabalho.