O lavador dos faróis é obrigatório a partir de uma determinada potência (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Já me disseram que a legislação só permite faróis de xenônio vinculados com lavadores. Então como a FCA conseguiu colocar essas lâmpadas no Renegade e Compass sem usar limpadores? – Flavio Fraga, por e-mail
Porque o farol baixo desses carros tem fluxo luminoso inferior a 2.000 lúmens.
Segundo a resolução 227/07 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), somente veículos cuja luz baixa supera esse índice devem ser equipados com o sistema de lavagem automático.
Essa regra é inspirada na legislação europeia, onde a neve nos faróis é um problema grave em veículos equipados com luzes mais fortes.
Não à toa, o reservatório de água desses modelos fica próximo a partes quentes do motor, para manter o líquido aquecido e facilitar o derretimento do gelo nos faróis e no para-brisa.
Com a tecnologia de led, entretanto, a tendência é que os lavadores automáticos percam ainda mais espaço, já que os veículos como Civic Touring conseguem se enquadrar na categoria abaixo dos 2.000 lúmens.
Os carros europeus vendidos nos EUA tinham que adotar faróis exclusivos (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Não é de agora que a legislação afeta as luzes dos automóveis. Um dos casos mais notórios foi os sealed bean (faróis selados, em inglês) norteamericanos.
No século passado as leis dos EUA exigiam que os veículos usassem apenas esse tipo de equipamento, com apenas dois tipos de formato (retangular ou circular) e durou de 1940 a 1984.
Essa exigência gerou diferentes dificuldades para as fabricantes europeias, que precisaram adaptar o design de seus carros para receberem os faróis padronizados dos Estados Unidos.
Não que agora os carros vendidos na terra do Tio Sam sejam iguais aos outros.
Por lá ainda há peculiaridades em relação às luzes de direção. Na traseira devem ser da cor vermelha e podem usar a mesma lâmpada de freio, enquanto na dianteira a cor obrigatória é o âmbar.
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